Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 18 de abril de 2012

CPI da Veja e do PSDB. O que Cerra pensa disso

O Padim Pade Cerra acha que os comissários do PT flertaram com a ideia de criar uma CPI da Veja para abafar o mensalão.

(Clique aqui para ler sobre a foto do escárnio.)

Em poucos dias, os comissários do PT descobriram que estavam enganados.

Por mais que adiem a faxina, os comissários do PT têm um encontro marcado com as malfeitorias dos seus comissários.

Não adianta dobrar a aposta e ir para cima da CPI.

Não conseguirão contaminar o Supremo.

E, rodou, rodou a CPI se transformou num julgamento da “mãe do PAC”, já que a empreiteira Delta é “a tia do PAC”.

Esse é centro da colona (*) de Elio Gaspari, na pág. A10 da Folha (**) e no Globo.

Como Paulo Francis, ele consegue escrever nos dois, simultaneamente.

Só falta a GloboNews para ser o GPS do PiG (***).

(Não confundir com o Farol de Alexandria, que já aderiu à CPI da Veja.)

Elio Gaspari, como se sabe, usa múltiplos chapéus.

Entrou para o Historialismo Brasileiro (não é História nem Jornalismo) com a tese de que Ernesto Geisel e Golbery fizeram e desfizeram o regime autoritário quando bem entenderam, e, com isso, se tornaram o George Washington e o Thomas Jefferson da Democracia Brasileira.

(Quando é que ele vai abrir aos estudantes de História os arquivos que herdou do Heitor Aquino Ferreira ?)

As teses de Gaspari não tem novidade nenhuma.

A Seleções do Reader’s Digest já tinha dito coisa parecida sobre a intervenção militar no Brasil.

No artigo desta quarta-feira, Gaspari  se filiou à escola do Ali Kamel/Policarpo, que já defende isso tudo desde que explodiram as relações entre Cachoeira e Demóstenes, a Veja e Perillo e se estabeleceu o vínculo entre toda a mixórdia e o mensalão – clique aqui para ler “TV Record melou o mensalão”.

(Quando a ANJ vai defender o Robert(o) Civita ? Por que o Gaspari não o defende ?)

O dos muitos chapéus tem uma utilidade.

Desvendar o que pensa o Padim Pade Cerra.

No Governo Fernando Henrique, por exemplo, quando o Cerra queria detonar o Malan, o de múltiplos chapéus, por coincidência, passou a dinamitar o que chamava de “ekipekonomica”, ou seja, o Malan.

O de múltiplos chapéus é dos colonistas (*) do PiG (***) que tratam o José Serra de “Serra”.

São muitos, especialmente em São Paulo, onde ele é considerado “a elite da elite”,  como disse a Veja.

Como não dormem, é possível que Cerra e o de múltiplos chapéus, de madrugada, troquem receita de veneno.

Vamos supor que a peça do PiG desta quarta-feira seja, outra vez, o reflexo das ideias que o Cerra acalenta e compartilha com o articulista – e só ele.

Não que o de múltiplos chapéus não tenha ideias próprias.

Tem e muitas.

Em múltiplos volumes.

O Cerra, também.

Genéricos, programa anti-AIDs, multiplicação das escolas técnicas – todas essas, como se sabe, são originalmente dele, Cerra.

Sem falar na Privataria Tucana, onde ele e seu clã aparecem de forma hegemônica.

(Por que o de múltiplos chapéus não comenta o “Privataria” na seção de Livros que publica aos domingos ?)

Mas, vamos supor que o artigo desta quarta feira seja produto de tertúlia na calada da noite.

Se for – e essa é uma suposição -, é revelador.

O que Cerra quer é dinamitar a Dilma.

Fazê-la sangrar no delta do rio São Francisco, derramar sangue até a eleição – e ele, docemente constrangido, abandona a Prefeitura para se candidatar a Presidente e derrotar a exangue coitada.

É uma atualização da “Teoria do Sangramento”, que o Farol tentou aplicar ao Nunca Dantes, exatamente por causa do mensalão.

Deu com os burros n’água antes, dará, depois.

Tão simples quanto isso, amigo navegante.

Condenar o Dirceu, abafar a CPI e eleger o Cerra.

A madrugada abriga os demônios.


Paulo Henrique Amorim


(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (***) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta  costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse  pessoal aí.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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