Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 21 de março de 2012

Brasil passa a França e é o 7º maior mercado na internet

MARIANNA ARAGÃO 

O Brasil já é o sétimo maior mercado de internet no mundo, segundo um relatório da consultoria comScore divulgado ontem. O número de pessoas com mais de 15 anos que acessam a internet pelo computador de casa ou do trabalho chegou a 46,3 milhões em 2011, um crescimento de 16% em relação ao ano anterior. O país ultrapassou a França no ranking, mas ainda  está atrás de China, Estados Unidos, Japão, Rússia, Alemanha e Índia.

Os brasileiros também estão passando mais tempo conectados à rede. Em dezembro passado, os internautas passaram em média 26,7 horas online, duas horas a mais que no ano anterior. "O Brasil já é uma das maiores audiências online do mundo", diz Alex Banks, diretor da comScore no Brasil. "Para os anunciantes, isso demonstra que a internet deixou de ser um mercado alternativo e se tornou de massa."

Os portais foram a atividade que mais ocupou o período gasto pelos usuários na rede, com 39,2% do total de minutos em dezembro de 2011. Em seguida, estão as redes sociais, onde os usuários gastaram 23% do total de tempo conectado - um crescimento de 6,3 pontos percentuais no ano.

O Facebook, por sua vez, se tornou a mídia social mais acessada. Em dezembro, a rede de Mark Zuckerberg tomou a dianteira entre os destinos de redes sociais no Brasil, deixando para trás o Orkut, líder nos últimos anos.

Outra atividade que ganhou relevância no hábito do internauta foi a visualização de vídeos. Em dezembro, os brasileiros viram mais de 4,7 bilhões de vídeos online, um aumento de 74% em relação a 2010. A visitação de sites de comércio eletrônico cresceu 30% e o número de buscas feitas em portais de comparação de preços se expandiram 37% no mesmo período.

Ainda de acordo com o relatório, apenas 1,5% do tráfego digital no Brasil em dezembro foi feito via celulares e tablets. Desse universo, 42% foram originadas em tablets.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Ilha onde Napoleão ficou exilado quer ajuda do Brasil para ter banda larga

 
Ilha de Santa Helena. Foto: Jonathan Clingham/Divulgação
Ilha onde Napoleão ficou exilado espera tirar proveito da internet, gerando empregos
Habitantes da remota ilha de Santa Helena, no Oceano Atlântico, estão fazendo uma campanha para que o cabo submarino de fibra ótica que vai ligar a África ao Brasil, o South Atlantic Express, seja desviado e passe pelo local.
Para isso, o território ultramarino britânico onde Napoleão ficou exilado vai precisar de apoio financeiro e de uma parceria com uma empresa de telecomunicações brasileira ou sul-africana, que aceite atuar como "provedor de internet" para a ilha.
O projeto do South Atlantic Express, liderado pela empresa sul-africana eFive e pela GlobeNet, no Brasil, prevê a ligação entre Fortaleza, Luanda, em Angola, e Cidade do Cabo, na África do Sul, através de cabos de fibra ótica submarinos com cerca de 10 mil quilômetros de comprimento e capacidade de 12,8 Tbps.
As companhias dizem que a conexão submarina vai aumentar a conectividade entre América do Sul e África, e suprir parte do aumento na demanda de transmissão de informações criada pela Copa do Mundo, em 2014, e pela Olimpíada de 2016, no Brasil.
Von der Ropp afirma que, se o projeto for modificado para englobar também a ilha, Santa Helena se beneficiaria imensamente.
O ativista argumenta que o acesso a banda larga levaria mais recursos para a educação, ajudaria no diagnósticos e tratamento de doenças - já que o hospital mais próximo fica a 2 mil quilômetros de distância - e aumentaria a ligação cultural da ilha com a Grã-Bretanha, através do acesso à mídia.

Turismo e negócios

Segundo a campanha "Connect St. Helena", a principal vantagem da conexão à internet de alta velocidade seria econômica.
"Poderiam ser abertos negócios baseados na internet, centrais de telemarketing... Vários habitantes que migraram para a Grã-Bretanha e Estados Unidos dizem que voltariam à Ilha de Santa Helena e abririam uma empresa, se houvesse a conexão de banda larga. Além disso, haveria muitos benefícios para a indústria de turismo."
Hoje, um único satélite fornece toda a conexão de internet e telefonia internacional da ilha.
Ilha de Santa Helena. Nasa
Com 4,2 mil habitantes, Santa Helena tem pouco apelo comercial para empresas de comunicação
Segundo Von de Ropp, a velocidade máxima de 10 Mbps é reservada para apenas alguns poucos usuários, enquanto o restante da capacidade de transmissão é dividida por todos os outros usuários da ilha, resultando em uma conexão lenta, "comparável à velocidade dos modems analógicos do fim dos anos 90".
Além disso, os preços seriam muito altos.
"Em mercados ocidentais, a média de consumo de dados por assinante de banda larga ficaria entre 10 e 20 GB mensais. No entanto, consumir um volume de 10 GB em Santa Helena em um mês custaria 790 libras (R$ 2,1 mil)", diz o website da campanha.

Custo

A mudança no trajeto do cabo para incluir a Ilha de Santa Helena aumenta o comprimento do cabo em apenas 100 quilômetros, segundo os organizadores da campanha, mas envolve custos que chegam a casa dos milhões de dólares.
O presidente da empresa eFive, Lawrence Mulaudzi, disse à BBC Brasil que já aceitou alterar a rota dos cabos, apesar das dificuldades logísticas que isso adicionaria ao projeto.
Os organizadores da campanha tentam agora conseguir apoio financeiro do governo britânico e da União Europeia, além de patrocinadores privados, para cobrir os custos da mudança de trajeto.
O fato de Santa Helena ter apenas 4,2 mil habitantes faz com que o projeto não tenha apelo comercial para as empresas.
"Santa Helena poderia ter um papel pioneiro. Seria um evento sem precedentes a indústria de telecomunicações escolher ligar estes cabos a uma ilha tão remota e com uma comunidade tão pequena, puramente por razões sociais e de caridade", diz Von de Ropp.
"A ilha pode virar um exemplo de como o desenvolvimento social e econômico pode ser criado através da conexão com cabos submarinos, mesmo em regiões desconectadas, com comunidades carentes, que não oferecem perspectivas de grandes lucros."