Deputada Luiza Erundina, do PSB, classifica de farsa o apoio do partido a Aécio e se retira em protesto da reunião da executiva que deliberou sobre o tema: Não vou subir no palanque de quem é contrário ao nosso projeto.
Nova política: a Rede de Marina está rachada e dificulta a baldeação da candidata que quer apoiar Aécio a qualquer custo; Marina já ameaça não acatar a orientação da maioria
Epitáfio: Às vezes o reacionário serve de avanço (Roberto Amaral, presidente do PSB, ao justificar a aliança do partido com o PSDB de Fernando Henrique, Serra e Aécio, para derrotar o PT de Lula e Dilma).
PSOL rechaça voto em Aécio e deixa o apoio a Dilma a critério de seus militantes.
Armínio nauFraga é o Ministro da Fazenda eleito no PiG.
O PiG cheiroso, o Valor, dessa quinta-feira (8/10) lhe concede uma página inteira de entrevista-púlpito.
Nada de novo: tripé com transparência.
“Tripé” a gente conhece: são os parvos do tripé, uma mercadoria que os colonizados pegam nas gôndolas dos super-mercados de Princeton e não percebem que a validade se expirou.
O que há de novo também não é novo.
É a política de “tirar os sapatos”.
Diz o Ministro-eleito:
- é preciso ir abrindo a economia aos poucos;
- atrelar o Brasil a acordos comerciais bi-laterais;
- e integrar o Brasil às “melhores cadeias produtivas do mundo”.
Tradução livre.
Abrir é abrir para os Estados Unidos.
Acordos bilaterais é como o do Chile-Pinochet com os EUA.
Ajoelhar-se nas melhores cadeias produtivas significa incinerar o Mercosul na Terra do Fogo e entrar de joelhos no “Pacto do Pacífico”, que reúne os EUA e todos os países asiáticos adversários da China.
Além operar moedas – arte que aprendeu com o patrão George Soros – e jogar golfe no Gávea Golfe, NauFraga era dono do banco Gávea.
Vendeu-o ao banco americano JP Morgan, e a sua “administradora de capitais”, a Highbridge.
É o que pretende fazer com o Brasil.
Em tempo: sobre a transparência: O NauFraga serve ao Governo do Engavetador Geral da República e ousa falar em “transparência”. Quá, quá, quá !
Paulo Henrique Amorim
De novo, o México |
O Brasil de hoje já tem problemas suficientes para serem discutidos no debate em curso, que nos separa da votação do segundo turno. |
No último dia 25 de setembro, há apenas alguns dias, portanto, um grupo de alunos de uma escola rural de segundo grau do Estado de Guerrero, resolveu realizar um protesto contra as más condições de ensino.
Perseguidos, atacados e presos por policiais, e levados para um quartel, por ordem do Chefe de Polícia, Francisco Salgado Valladares, e do Prefeito, Jose Luis Abarca - que se encontra foragido - foram entregues a um grupo de narcotraficantes conhecido como “Guerreros Unidos”, comandado por um tal de “El Chucky”, e levados para local desconhecido.
Poucos dias depois, 28 corpos foram encontrados, queimados, em uma fossa coletiva na periferia de Ayala, e 43 estudantes - que estavam se formando como futuros professores para dar aulas na zona rural - continuam desaparecidos.
De que trata essa história? De um novo roteiro cinematógráfico, prestes a ser filmado por Hollywood ? De um “triller”, recentemente publicado nos EUA, que, no final, levará aos motivos do crime e à punição dos culpados?
Ou, simplesmente, de mais uma notícia, envolvendo uma nação cuja renda, segundo a OCDE, é de menos de sete dólares por dia; um país que tem o menor salário mínimo da América Latina, equivalente a 10.99 reais por jornada; no qual apenas 25% das pessoas tem acesso à internet; que acaba de cair seis posições no ranking de Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial, ficando por trás do Brasil; e, segundo a OIT, 60% da força de trabalho está na informalidade; mais de 75% da população não tem cobertura previdenciária, e, segundo a CEPAL, 13% dos habitantes são indigentes e 40% da população está abaixo da linha de pobreza?
Quem responder que país é esse ganha um taco ou uma empanada no primeiro restaurante mexicano da esquina.
Esse é um país que quase nada fabrica, mas que monta muita coisa produzida por terceiros, a ponto de ter tido, devido à importação de peças e componentes, um déficit de 51 bilhões de dólares com a China no ano passado.
Um país que importa comida de nações como os EUA e o Brasil, porque não é autosuficiente sequer em alimentos, e que, embora tenha feito dezenas de tratados de livre comércio, dirige 90% de “suas” exportações para apenas dois lugares, o Canadá e os EUA, país a cujo ritmo de crescimento econômico está totalmente atrelado, e que é sede das maiores empresas instaladas em seu território e o principal, quase único, destino, das mercadorias “maquiadas” e dos lucros gerados, graças aos baixíssimos salários, por sua economia - um trabalhador da industria automobilistica mexicana recebe um terço do que ganha, em dólar, um brasileiro pelo mesmo trabalho.
Lembramos, de novo, esse país, porque ele continua a ser citado, agora por lideranças do Partido Socialista Brasileiro, como exemplo de país bem sucedido na América Latina.
O Brasil de hoje já tem problemas suficientes para serem discutidos no debate em curso, que nos separa da votação do segundo turno.
Citar o México nesse contexto, e ainda por cima como paradigma de desenvolvimento, só pode ser fruto de má fé ou desinformação.
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