Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

História: tucano é contra o Bolsa Família, sim ! Começou com o “Bolsa Esmola” … É tudo burro, FHC ?



O Conversa Afiada publica a opinião dos tucanos – e do PiG (ver no ABC do C Af) – sobre o Bolsa Família, desde 2004:

2004


José Serra, Folha de S.Paulo, em 16 de fevereiro de 2004:


“Outro sucesso publicitário tem sido o Bolsa-Família, que, em sua maior parte, agrega os programas de transferência de renda herdados do governo passado”.


“Essa área, que prometia ser prioridade do atual governo, tem sido alvo de constantes retrocessos. (…) O Bolsa-Família, cuja nova prioridade é a periferia das grandes cidades, não vai chegar aos grotões e lugares como carvoarias, plantações de sisal e pedreiras. Essas crianças voltarão ao trabalho, pois os especialistas são unânimes em alertar que o auxílio mensal não pode ser interrompido. Mas, infelizmente, o atraso é constante”.


Arthur Virgílio, em 9 de março de 2004:


É do conhecimento público que o Planalto possuía um cadastro com mais de 8 milhões de beneficiários. Por que o Bolsa-Família só atendeu 3,6 milhões de famílias?”.


Editorial do PSDB, Bolsa Esmola, em setembro de 2004:


“Para um governo comandado por um partido que historicamente se fortaleceu sob a bandeira da redenção dos pobres de todo o país, o balanço das políticas federais de inclusão social tem sido profundamente desapontador. (…) O programa Fome Zero, eixo central do discurso de campanha do então candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, sofre de inanição desde a sua festejada criação e atabalhoada execução. (…) Trata-se de um símbolo tristonho da negligência governamental para aquela que seria prioridade absoluta da atual gestão. Os entraves dos programas sociais do governo federal são a evidência clara de uma política embotada pelo apego a números que podem render dividendos políticos musculosos, porém com eficácia social bastante questionável. São 4,5 milhões de famílias beneficiadas, orgulha-se o Palácio do Planalto. O risco é que, ao fim do mandato petista, boa parte delas continue à espera da esmola presidencial”.


Em 16 de setembro, o então senador Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL), hoje governador de Alagoas:


Esse descompromisso termina transformando os programas (…) em mero assistencialismo, esterilizando por completo todo seu vasto potencial de transformação social. Virou esmola. Virou assistencialismo puro”.


O líder do PSDB na Câmara, deputado Alberto Goldman, em 2004:


“Qual não minha surpresa quando o ministro Patrus veio a público defender a inoperância no controle da assiduidade escolar sob a justificativa de que mais importante do que garantir a frequência seria assegurar às famílias uma fonte de renda”.


Rodrigo Maia (PFL-RJ):


“Esse programa de transferência de renda da história do Brasil tem mostrado suas falhas e mazelas

(…)


Fernando Henrique Cardoso, em entrevista à revista IstoÉ Dinheiro:


“O Fome Zero é o maior gol contra que eu já vi. Mexeram errado na área social. Tiraram do Bolsa Escola a característica que era dar o dinheiro para as famílias manterem seus filhos na escola. Na Educação, estão dando abatimento fiscal para escolas privadas e abandonaram a ênfase no ensino básico. Na Saúde, o que foi feito de novo? Nada”.



2005


Senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), da tribuna do Senado


“O governo se apóia, na área social, em iniciativas demagógicas e assistencialistas que visam, tão-somente, a criar uma relação de dependência entre Estado e os elementos mais pobres da população. Esse assistencialismo antiquado é mais conhecido pelo nome de Bolsa-Família. (…) O Bolsa-Família, tal como foi desenhado, é incapaz de combater a pobreza e de promover a inclusão social dos mais pobres, como apregoa. (…) O atual Governo, lamentavelmente, além de manter práticas atrasadas em diversas áreas, também o faz no campo da assistência social. O que se viu até agora foram projetos de cunho populista fracassados, como o Bolsa-Família, denominado pelo jornalista Demétrio Magnoli, como “O Mensalinho dos Pobres”.


José Serra, no Estadão:


“Quem torna o povo cativo da falsa caridade, transformando recursos públicos em demagogia eleitoreira, não é ético”.


José Agripino:


“A única obra em andamento é a Bolsa-Família, por ser um programa paternalista com o intuito de barganhar votos nas eleições gerais do ano que vem”.


FHC, na revista Agenda 45:


“As políticas de transferência de renda do tipo Bolsa Escola, agora rebatizada de Bolsa Família, dão um alívio imediato, mas também não são suficientes”.


Senador Cássio Cunha Lima (PSDB):


“Os programas de bolsas não resolverão as dificuldades às quais os segmentos mais carentes estão submetidos”.


Alberto Goldman, à IstoÉ:


“As famílias entram nesse sistema assistencialista sem perspectiva de sair. É quase condenar o cidadão a viver o resto da vida na dependência do Estado.”


2006


Álvaro Dias:


“Os programas sociais no Brasil estão sendo utilizados indevidamente, o que configura má aplicação de dinheiro público. Não podemos ficar indiferentes a essa questão.”


Arthur Virgilio:


“(O governo) limitou-se a distribuir dinheiro a fundo perdido, sem nenhuma exigência de contrapartida educacional, sem nada, quase que uma esmola eleitoreira.”


FHC ao Correio Braziliense:


“Na área social, o Bolsa-Família juntou o que já havia antes, mas tirou o nervo. Quando se faz um programa dessa natureza, não é só dar o dinheiro. É dar dinheiro para melhorar. Mas os requisitos diminuíram”.


Carta aos Eleitores do PSDB, às vésperas das eleições presidenciais:


“(…) não devemos temer a Bolsa-família. Ela não apenas resultou de programas que nós criamos (inclusive a preparação técnica para a unificação dos programas) como vem sendo desvirtuada pela velocidade eleitoreira com que cresce e pelo descuido na verificação da satisfação de requisitos para sua obtenção. E sobretudo porque tem sido feita no embalo da pura propaganda eleitoral, tornando um propósito saudável, pois inauguramos estes programas como um ‘direito do cidadão’, numa benesse do papai-Presidente. Na verdade por este caminho formar-se-á uma nova clientela do governo. Se a ela somarmos a clientela dos assentados pela reforma agrária que não são emancipados, quer dizer, que não produzem para pagar seus compromissos e dependem a cada ano de novas transferências de verbas orçamentárias, estaremos criando o maior exército de reserva eleitoral da história. Aí sim caberá o “nunca se viu neste país…!”


2007


Aécio Neves, ao Estadão:


O Bolsa-Família precisa ter portas de saída tão estimulantes quanto as de entrada.


(…)


Não quero crer que a ampliação do Bolsa-Família possa ser o grande projeto de um governo. Ele foi essencial num dado momento, mas tão ou mais importante do que ele é criar condições, através da qualificação, de novas oportunidades de trabalho para as famílias que hoje dependem do programa”.


Geraldo Alckmin:


“Sou favorável aos programas de complementação de renda. Mas eles não podem virar moeda de troca com o voto. Eu disse na campanha que o Bolsa-Família é transitório e que precisamos gerar empregos. Tanto bati na tecla certa que ficou na agenda nacional”.


Deputado Duarte Nogueira, hoje presidente do PSDB:


“Criamos uma rede de proteção social formada por programas de complementação de renda – como o Bolsa-Alimentação, o Bolsa-Escola, o Vale-Gás, espertamente apropriados pelo governo Lula – que os herdou, os rebatizou e os transformou em um sustentáculo do seu projeto de poder”.


FHC, em 6 de junho, no site do partido:


“Se quisermos projetar um futuro que não seja de esmolas para os pobres disfarçadas em bolsas e de concentração de renda ainda maior, temos que assegurar à maioria condições para competir e obter emprego, com melhor educação e mais crescimento econômico. Caso contrário seguiremos no rumo do apartheid moderno, que transforma o Estado em casa de misericórdia e o mercado em apanágio dos bem educados”.


Tasso Jereissati


“Fizemos o projeto São José [de assistência social], aqui no Ceará, que guarda semelhanças como Bolsa Família, mas não dava esmolas”.



2008



FHC ao Estadão:


“[A Bolsa Família] é paliativo, se não for conjugada a uma política de geração de empregos. Aumentar consumo, essas bolsas aumentam. Mas toda política social compensatória precisa ter porta de entrada e de saída, do contrário é ruim. A Bolsa-Escola, por exemplo, tinha uma clara porta de saída: terminou a escola, terminou a bolsa. No caso das gestantes, terminou a gravidez, terminou a bolsa. No Bolsa-Família, isso ficou confuso. Como vai ser a saída? Não está pensado. Agora ampliaram a faixa de atendimento do programa. É preciso ver se não há duplicação no atendimento. Eu não ando pela periferia de São Paulo, mas a Ruth (Cardoso, antropóloga e ex-primeira-dama) anda. E constata que há uma oferta grande de bolsas sociais – a do município, a do Estado, a do governo federal. Isso, num primeiro momento, pode ser bom. A longo prazo, pode criar uma camada de dependentes do Estado”.


Arthur Virgílio:


“O governo Lula é absolutamente inepto e não cria portas de saída desses programas, tornando as pessoas dependentes a vida inteira. “


2010


Tasso Jereissati:


“Vai acabar todo mundo no Bolsa Família e ninguém produz mais nada.”


José Serra, durante a campanha presidencial:


“Aliás, o Bolsa-Família é uma criação do governo FHC – uma junção do Bolsa-Escola e do Bolsa-Alimentação”.


Mônica Serra, espora do hoje senador eleitor por São Paulo:


“As pessoas não querem mais trabalhar, não querem assinar carteira e estão ensinando isso para os filhos”.



2011


FHC:


“A Bolsa Escola, por exemplo, foi a origem de todas as bolsas. Distribuímos 5 milhões de bolsas e eu não usei isso como se fosse dádiva”.


“As políticas compensatórias iniciadas no governo do PSDB – as bolsas – que o próprio Lula acusava de serem esmolas e quase naufragaram no natimorto Fome Zero – voltaram a brilhar na boca de Lula, pai dos pobres, diante do silêncio da oposição e deslumbramento do país e… do mundo! (…)


José Serra, em O Globo:


“Oito anos depois, eis que ressurge do esquecimento com um novo nome, “Brasil sem Miséria”, num relançamento que também deveria ter sido retumbante.”


Álvaro Dias, no Roda Viva:


“[O Bolsa Família] mantém na miséria porque estimula a preguiça. Inclusive, há gente que não quer trabalhar porque não quer ter carteira assinada e perder o benefício”.


Aécio Neves:


“Posso adiantar para vocês que o PSDB fará em outubro o seu primeiro grande evento nacional, onde vamos resgatar o nosso legado, as principais figuras que construíram a estabilidade econômica e o maior plano de inclusão social do Brasil, que não é o Bolsa-Família, é o Plano Real”.


2013


Aloysio Nunes, na tribuna do Senado:


“(…) É preciso que se pergunte à Presidente que contas são essas, porque o número de miseráveis no Brasil aumenta e diminui ao sabor dos governos do PT. O objetivo do PT quando era oposição e mesmo quando assumiu o Governo Federal era, segundo o Presidente Lula, garantir, nos seus primeiros quatro anos de Governo, três refeições diárias a 9,3 milhões de famílias, ou seja, 44 milhões de pessoas. E os 16 milhões do lançamento do Brasil sem Miséria? Os 19 milhões que são anunciados nas estatísticas oficiais e repetidos pela Srª Presidente, que já teriam saído da miséria nos últimos dois anos? Ou, ainda, 22 milhões, dentre os quais a Presidente diz que ainda precisam ser resgatados 2,5 milhões da situação de miséria?”.


José Serra ao Jornal da Cidade 2ª Edição, na Rádio Metrópole


“Bolsa Família não é a solução. Ele estaciona. Para a pessoa subir na vida precisa mais do que isso. Não se fez inovação nenhuma”.


Aécio Neves:


“O Brasil não pode viver exclusivamente desse benefício. Um pai de família não pode querer deixar de herança para o seu filho um cartão do Bolsa Família.”



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