Fernando Henrique, há tempos, aproveitando-se do “emparedamento” de José Serra, que vê se esfarelar sua base de apoio em São Paulo, está reconstruindo seu papel no partido e , sobretudo, lustrando seu ego ferido pelo tratamento de “lazarento” que teve nas últimas campanhas presidenciais.
Como um homem de sua genialidade, brilho e quase divindade pôde ter sido deixado quase escondido por suas criaturas? “Assim não pode, assim não dá”, para lembrar o bordão humorístico com que se o caricaturava.
Agora, ele abraça Aécio, proclamando-o favorito na disputa interna do parti.
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E tentou, ontem, partindo ao ataque com declarações de que Dilma teria “desperdiçado” o primeiro ano de governo, por não enviar ao Congresso as “reformas” que o PSDB quer, aquelas que retiram direitos dos trabalhadores.
Mas Aécio não tem o perfil de pit-bull que a tucanada deseja. Os seus heróis, agora, são figuras do tipo de Sérgio Guerra e Álvaro Dias, cujo ódio figadal aos governos Lula-Dilma dispensa palavras, está expresso nos seus rostos.
Aécio não é homem de rupturas, é de pontes em todas as direções, desde que ele seja o centro É só olhar sua história de alianças em Minas.
Vai esperar para ver o que acontece em São Paulo, por isso diz que a sua candidatura presidencial não está lançada. Um “racha” na direita paulistana, como se desenha, imobiliza a tucanagem de São Paulo na difícil missão de salvar seu ninho em 2014 e deixa Aécio de dono da bola emplumada.
Porque, como se sabe, 2014 será em Itaquera, não no Morumbi.
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