Cheiro de Francischini no ar ! Tinha que ser ele. Estava demorando a aparecer a cagada !
                              
                   
            
Juiz Sergio Moro, responsável pelo 
inquérito da Operação Lava Jato, que prendeu o doleiro Alberto Yousseff e
 Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, tornou públicos todos os 
documentos da ação empreendida pela Polícia Federal; com isso, ele visa 
evitar vazamentos seletivos que, segundo se suspeita, vinham sendo 
feitos pelo deputado Fernando Francischini (SDD-PR), com foco apenas em 
adversários políticos; rotina dos vazamentos era organizada, com 
sincronização entre Veja, Folha e Globo.
Paraná 247 - Uma decisão tomada pelo juiz
 federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, democratiza o
 acesso às informações da ação empreendida pela Polícia Federal e mina o
 poder do deputado Fernando Francischini (SDD-PR). Moro tornou públicas 
as informações do inquérito – são mais de cinco mil páginas em papel e 
outras nove mil digitalizadas – e isso deve evitar que os vazamentos 
seletivos prossigam.
Suspeita-se, entre os responsáveis pela Operação Lava 
Jato, que Francischini, ex-delegado da PF, seja o principal responsável 
pelo "vazoduto" que tem instrumentalizado as manchetes de jornais, capas
 de revistas e longas reportagens nas TVs, que visam desgastar o governo
 Dilma, a Petrobras e o PT. Isso porque, logo após as prisões da 
Operação Lava Jato, Francischini recebeu por sete horas advogados dos 
doleiros presos, que lhe pediram apoio e lhe entregaram todo o 
inquérito, até então desconhecido da imprensa. São quase 5 mil paginas 
em papel  e outras 9 mil paginas digitalizadas.
Experiente no trato dessas informações, Francischini teria
 fatiado o inquérito, selecionando os "capítulos" mais importantes e 
distribuindo o material a veículos como Veja, Folha, jornal O Globo e TV
 Globo. O primeiro alvo foi o deputado André Vargas (PT-PR), que passou a
 balançar depois que um pedido de um jato emprestado ao doleiro Alberto 
Yousseff veio à tona. Francischini teria até montado uma lógica de 
distribuição de informações. Veja recebia o trecho do inquérito na 
quinta-feira, com o compromisso de não publicar na sua edição online. 
Folha e a TV Globo recebiam as informações na sexta-feira. Era a 
garantia de que todo os temas selecionados por ele renderiam também no 
fim de semana.
Coordenação
Foi assim que, no mesmo sábado, Veja e Folha saíram com a 
tabela de Paulo Roberto Costa sobre "soluções" de empreiteiras para 
operações de compras da Petrobras. Ou as insinuações em todos os jornais
 de que haveria indícios de relação de Alberto Yousseff com o ministro 
Paulo Bernardo, das Comunicações, e a senadora Gleisi Hoffmann, ambos 
adversários de Francischini no Paraná.
Foi também assim, através do "vazoduto" montado por 
Francischini que, ontem, minutos depois de a Justiça ter quebrado o 
sigilo do processo, as edições online de Veja, Estado de S. Paulo e 
Folha de S. Paulo vieram com as insinuações de envolvimento do 
ex-ministro Alexandre Padilha com o doleiro. Todos juntos, em menos de 
30 minutos, conseguiram localizar a citação a Padilha no inquérito – o 
que demonstra a organização dos vazamentos.
Com a decisão do juiz Sergio Moro, o caso fica, agora, 
aberto ao público, evitando que os vazamentos sejam manobrados por um 
político oposicionista especializado em ações do tipo. Naturalmente, a 
imprensa familiar continuará selecionando as informações que atinjam o 
governo, o PT e a Petrobras, mas não poderá também ignorar se o 
inquérito contiver informações contra políticos de outros partidos.
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