Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

27/10/2014 – Aécio responderá a três investigações Desse jeito, o Ayres Britto vai ficar rico …

O Conversa Afiada deu divulgação a documento que descreve a montagem de um consórcio (sic) que teria levantado a bagatela de R$ 166 milhões para financiar atividades eleitorais de Aécio Neves em 2012 e 2014.

Então, o Conversa Afiada revelou que o documento tinha sido enviado pelo MPF-MG à Procuradoria Geral da República, já que envolvia personagens com privilégio de foro.

Nesta quarta-feira (22/10), o Conversa Afiada informa a seus amigos navegantes que, de fato, a investigação já corre na Procuradoria Geral da República, sob sigilo.

Ou seja, por admitir que há fumos de verdade, o Ministério Público Federal passou a examinar o impressionante documento.

O amigo navegante se lembra de, num ímpeto de ódio, o Machista do Leblon, no debate no SBT – quando assustou evangélicas e mulheres das Classes C e D – anunciar que, no dia 1º de janeiro de 2015, a Presidenta da República ia ter que procurar emprego.

Segundo o Datafalha, que deu para plagiar o DataCaf, quem terá o prazer de voltar a trabalhar (sic) no Senado será ele.

Só que agora, diante do dissabor de acompanhar três investigações.

Essa, na Procuradoria Geral da República – onde já não trabalha o saudoso Gurgel… -, acima mencionada.

E outras duas.

A do MP-MG que investiga por que ele desviou dinheiro da Saúde quando Governador e considerou vacina para cavalo como gasto de Saúde.

E outra do MPF-MG que investiga se ele cometeu improbidade administrativa ao construir um aeroporto em Claudio e dar chave só para o Titio.

A R$ 56 mil o parecer, Ayres Britto, o Big-Ben de Propriá, vai ficar rico …

(A menos que repasse a causa ao ex-presidente Joaquim Barbosa – hipótese prevista em “Ministro Dirceu vai para casa no dia 4”.)


Paulo Henrique Amorim

Pernambucanas mandaram um alô para o Machão do Leblon (Imagem publicada no Twitter de Rodrigo 13)

terça-feira, 21 de outubro de 2014

MP abre ação contra Aécio por aeroporto de Cláudio

:

Ministério Público Federal em Minas Gerais decidiu abrir investigação para apurar se o ex-governador mineiro cometeu improbidade administrativa na construção de um aeroporto no município de Cláudio (MG); o aeródromo custou R$ 14 milhões em recursos públicos e foi construído em um terreno desapropriado que pertenceu ao tio-avô de Aécio Neves; segundo denúncia da Folha de S. Paulo, as chaves do aeroporto ficavam em poder da família do hoje presidenciável; tucano nega irregularidades e defende que obra beneficiou a população local 

Minas 247 – O Ministério Público Federal em Minas Gerais decidiu investigar se o ex-governador Aécio Neves (PSDB) cometeu improbidade administrativa ao utilizar R$ 14 milhões de recursos públicos para construir um aeroporto no município de Cláudio, interior do estado.

O aeródromo foi feito em uma área desapropriada que pertencia ao seu tio-avô. Segundo denúncia da Folha de S. Paulo, as chaves ficavam em poder dos familiares do tucano na região, que davam autorização para seu uso. O hoje candidato à presidência nega qualquer irregularidade e defende que a obra beneficiou a população mineira.

A parte criminal de uma representação apresentada pelo PT contra Aécio foi arquivada no início do mês pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Ele enviou o restante da representação, no entanto, para Minas Gerais, a fim de que fosse investigado se houve crime de improbidade administrativa.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

O que perguntar na padaria, no botequim, na feira…

rouparei

Existe uma guerra no Brasil.
Jornais, rádios, televisões, o poder financeiro, a grande maioria dos políticos, a elite burra (com o beneplácito de parte da auto proclamada “inteligência, mas que se tornou mentalmente preguiçosa e intelectualmente covarde, ao ponto de ver os pit-bulls da direita avançando e silenciar) , todos se uniram numa máquina medonha que procura convencer-nos que um cidadão que não tem rigorosamente nada de popular e austero em sua biografia é o personagem que há de restaurar a moralidade e desenvolver um programa de obras, investimentos e transformações que ele mesmo nunca fez.

Pois, tirante o aeroporto do tio, o que realizou Aécio Neves senão a construção de um imenso Palácio de Governo, ao custo, em dinheiro de hoje, de mais de R$ 2 bilhões?

E que, pior ainda, representa todas as forças políticas responsáveis por uma das piores eras da vida brasileira que está ali, pertinho, apenas a um dúzia de anos para trás.

O povo brasileiro, instintivamente, sabe que há algo errado nisso, mas como  faziam às roupas do rei da fábula, há os que aplaudem, porque todos os “grandes” e todos os “sabidos” aplaudem.

Cada um de nós, porém, pode muito ou pode nada contra isso.

Pode nada se ficarmos, apenas e somente, falando entre nós.

Mas pode muito, se perguntar na rua, a toda e qualquer pessoa simples, se ela acha hoje emprego mais facilmente agora ou há dez anos.

Ou se é mais fácil comprar um apartamento modesto, para viver.

Ou se podia comprar um carro, mesmo caidinho, daqueles que os gaiatos bota um adesivo de “é velho mas está pago”.

Ou se ele ou algum parente viajou de avião.

Ou se um filho ou alguém da família pôde entrar na Universidade.

E a TV, o DVD, o celular bacana, a geladeira melhor, não vieram antes porque ele é que era incompetente?

A verdade, meus queridos amigos,  é a realidade tem uma força imensa quando não nos esquecemos dela.

O povo brasileiro precisa ser chamado a olhar a si mesmo um pouco mais e olhar um pouco menos para o que lhe mostram.

No “Brasil da crise” há trabalho e há possibilidades de progresso. No Brasil dos sonhos que nos apresentam há o pesadelo que vivemos.

A eficácia da comunicação não está em sua sofisticação, mas em sua capacidade simples de apontar o benefício daquilo que você quer transmitir.

O resto é só propaganda.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

DILMA: AÉCIO, POR QUE TITIO TINHA A CHAVE DO AEROPORTO? Bláblá, quem é o dono do jatinho?




A Presidenta Dilma Rousseff respondeu, nesta sexta-feira (26), as críticas do candidato à presidência Aécio Neves (PSDB) quanto às denuncias de corrupção do governo da petista. “Aécio deveria responder antes sobre a questão do aeroporto, em vez de fazer acusações genéricas”, afirmou Dilma em coletiva. “Ele tem que responder porque quem tinha a chave do aeroporto de Claudio era o tio de Aécio”, completou.

Questionada sobre a avaliação de Marina Silva (PSB) sobre o programa de energia do Brasil, Dilma afirmou: “Não é especialidade da Dona Marina a questão da energia no Brasil. A candidata talvez não saiba o quanto nós ampliamos e investimos em energia nos meus 4 anos de governo. Fiz o dobro das linhas de transmissão do que os 8 anos de governo do FHC”, lembrou. E prosseguiu: “Nós garantimos que não houvesse racionamento durante a seca que o Brasil passou. Essa seca foi maior do que a de 2001/2002. De lá pra cá, o país teve um aumento de geração de energia e linhas de transmissão”.
A petista também anunciou um conjunto de medidas para combater a impunidade: 

1. Modificação da legislação eleitoral para criação do crime de prática de “Caixa Dois”, punindo todos os que se utilizarem de tais procedimentos;

2. Aprovação, por lei, de crime que puna com rigor agentes públicos que apresentem enriquecimento sem justificativa ou sem demonstração da origem dos ganhos patrimoniais;

3. Criação de uma nova espécie de ação judicial – “ação civil pública de extinção de domínio” -  que permita declarar a perda da propriedade ou da posse de bens adquiridos por atividades ilícitas, ou de bens sem comprovação de procedência lícita;

4. Ateração da legislação processual para agilização do julgamento de processos judiciais que digam respeito a desvio de recursos públicos, respeitando o contraditório e o mais amplo direito de defesa; 

5. Criação de uma nova estrutura no poder judiciário, em especial junto aos tribunais superiores, que permita agilização e  maior eficácia da investigação e dos processos contra agentes que possuem foros privilegiados.



“Nós, ao longo do governo, tivermos várias iniciativas que podiam ser feitas por envio de lei ou medidas administrativas”,afirmou. “Caixa 2, por exemplo, no Brasil não é crime. Quem tem propriedades adquiridas de forma ilícita pode ficar com elas contanto que pague imposto”, comentou a Presidenta.

“Consideramos isso o centro do combate à impunidade. É como se fosse uma nova etapa, levar às últimas consequências o processo de combate à corrupção, tornando o processo de combate à corrupção mais rápido e eficiente e tipificando o crime”, prosseguiu Dilma aos jornalistas.

“Temos que ter garantias de que órgãos públicos não sejam usados em favor deste ou daquele candidato. Por isso tem que ter isenção da Polícia Federal”, finalizou.


Alisson Matos, editor do Conversa Afiada


Leia mais:

DILMA NÃO QUER MAIS MONOPÓLIO DA GLOBO”


BLÁBLÁ MENTE SOBRE O BNDES

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

CHOQUE DE IN DI GESTÃO EM MONTEZUMA - MG- POR VIOMUNDO


20 anos de vida pública. O que Bláblá fez ? E o Aecioporto do Titio ? Qual o legado deles ?

De Pedala Direita no face. Sugestão de Odete Jaburu


Do amigo navegante Quincas:


Está mais que provado que os nossos meios de comunicação criaram uma Marina virtual, um produto velho numa embalagem nova para ser devorado numa onda de consumismo, como estas novidades que aparecem na TV: as sandálias da Xuxa, as bandeiras nacionais que superlotam as lojas durante jogos da copa do mundo, cornetas que surgem como epidemias na época de carnaval, chocolates no tempo de Páscoa. A onda de consumo do produto Marina está passando e tem que passar, porque quem o analisa vê claramente que não tem conteúdo, não só por ela, mas principalmente por aqueles que estão com ela, que nada somaram quando estiveram no governo. Marina durante 24 longos anos como deputada estadual, senadora e ministra e Aécio durante 33 longos anos esteve no jogo político como secretário do avô Tancredo, deputado estadual e federal, governador de Minas e Senador e onde estão os seus legados de fato. Se os tem, porque não mostram em seus programas ao invés de passar o tempo todo malhado Dilma e o PT? Esta campanha deveria ser decidida no primeiro turno para o bem de todos e felicidade geral da nação.




Leia mais:

Bláblá viajou no jatinho 10 vezes


Olha o 1º. turno aí!

terça-feira, 26 de agosto de 2014

O Brasil espremido entre dentaduras e dentadas


Enquanto a dentadura da boca sertaneja é tratada como um escândalo, a dentada rentista desfruta o espaço de uma pauta séria nos seus espaços midiáticos.

por: Saul Leblon
 
Arquivo

O Brasil espremido entre dentaduras e dentadas

A dentadura que devolveu o sorriso à boca de uma sertaneja pobre de Paulo Afonso, na Bahia, foi transformada pela mídia isenta em um escândalo eleitoral.

As escolhas que ela envolve são mais sérias do que esse factoide.

Oito incisivos, 4 caninos e 20 molares de resina da sertaneja Nalvinha receberam da mídia um tratamento equivalente ao dispensado ao aeroporto de R$ 14 milhões que Aécio construiu com dinheiro público na fazenda do tio Múcio.

Mereceram a mesma gravidade atribuída ao misterioso jatinho Cessna, de R$ 24 milhões, cuja queda matou Eduardo Campos e abriu uma cratera de dúvidas quanto à origem, a legalidade e os interesses que embalam a candidatura do PSB.

Não importa que os trinta e dois dentes novos façam parte de um amplo programa federal lançado em março de 2004, destinado a devolver o sorriso a milhões de brasileiros cujo único vínculo com a saúde bucal era o velho boticão.

Não é uma miragem.

Ao completar uma década, o ‘Brasil Sorridente’ já entregou quase 500 mil próteses dentárias parecidas com a de Nalvinha. Estendeu o direito a tratamento dentário a 79,6 milhões de adultos e crianças em 4.971 municípios brasileiros.

A julgar pelo martelete midiático, tudo não passa de uma fraude.

A tola e/ou ingênua decisão de providenciar a prótese da sertaneja Nalvinha na véspera da visita da Presidenta Dilma a sua casa, também equipada de cisternas –o governo federal já financiou 481 mil delas em 1.426 municípios do semiárido nordestino e liberou R$ 1 bilhão este ano para chegar a 750 mil até dezembro— alimentou o banzeiro.

Foi o suficiente para que o maior programa de saúde bucal do mundo evaporasse na conveniência da narrativa conservadora.

O episódio seria só mais um embate em torno de um programa social, não fosse tão representativo da imensa dificuldade que é mover a fronteira da inclusão social no Brasil à margem do Estado e das políticas públicas.

Entre outras coisas, a polêmica da ‘dentadura eleitoral’ sonegou ao eleitor alguns paradoxos de uma matriz conhecida.

Por exemplo, o fato de o Brasil ser o país com o maior número de dentistas do mundo.

Tem-se aqui quase 20% dos profissionais de odontologia do planeta.

São cerca de 250 mil dentistas de um total pouco superior a um milhão no mundo; um contingente que mesmo em termos relativos impressiona. Com população superior a nossa, os EUA, por exemplo, dispõem de pouco mais que 170 mil dentistas; a Alemanha tem 70 mil deles; França, México e Argentina contam com 40 mil cada.

A dianteira pelo jeito veio para ficar.

A Associação Brasileira de Odontologia (ABO) informa que quase 15 mil novos dentistas chegam ao mercado brasileiro a cada ano, formados pelas 203 faculdades de odontologia existentes no país.

O segundo paradoxo: esse superlativo arsenal está longe de se refletir no sorriso de boa parte da população que não tem acesso ao cuidado odontológico.

Até entrar em campo o ‘Brasil Sorridente’, um contingente da ordem de 30 milhões de brasileiros nunca havia sentado em uma cadeira de dentista.

A razão é a mesma que levou o governo a importar mais de 14 mil médicos cubanos para levar assistência a 50 milhões de brasileiros pobres, através do ‘Mais Médicos’.

A mesma que gerou o Bolsa Família. A mesma que levou à criação do Prouni. A mesma que promoveu a instituição de cotas na universidade. A mesma que impulsionou o crédito subsidiado à agricultura familiar. A mesma que leva o BNDES a carrear recursos do Tesouro para áreas do interesse estratégico do país. A mesma que fez o governo Lula instituir uma regulação soberana para o pré-sal. A mesma que encorajou a Petrobrás a impor um índice de nacionalização de 60% nas encomendas de serviços e equipamentos necessários à exploração.

A razão é que o capitalismo deixado à própria sorte é incapaz de construir uma sociedade. E menos ainda uma democracia social como a que se pretende no Brasil.

O sorriso devolvido à sertaneja Nalvinha não é fruto das forças de mercado.

Ele só ressurgiu no rosto da sertaneja de Paulo Afonso porque os governos Lula e Dilma tomaram a decisão política de resgatá-lo investindo R$ 10 bilhões no ‘Brasil Sorridente’.

Vem daí a pergunta incomoda, abafada pela pauta dos operadores e herdeiros da alta finança.

Se nem mesmo uma dentadura chega à boca do brasileiro pobre, sem a ação do Estado, como conceber que um novo ciclo de desenvolvimento associado à justiça social possa florescer por força da lógica estrita da ‘racionalidade dos mercados’?

Aquela que inclui entre os seus preceitos a ideia de que a moeda de uma nação deve ser entregue à administração de um banco central independente do governo e da democracia.

A diretriz anunciada tanto pelo operador tucano Armínio Fraga, quanto pela coordenadora do programa do Partido Socialista, Neca do Itaú, vende como ciência aquilo que é a essência da dominação financeira no capitalismo: o manejo dos juros na economia.

Trata-se de ‘proteger’ as decisões monetárias das pressões originárias do mundo político, alega-se.

Por mundo político entenda-se o conflito de classes, ilegítimo aos olhos de quem enxerga a política como excrescência e o seu interesse como uma segunda natureza, e não parte de uma correlação de forças que disputa o destino da economia e o da sociedade.

A repartição do ônus gerado pela maior crise do capitalismo dos últimos 80 anos demonstra a pouca aderência dessa visão à realidade.

Seis anos após o colapso de 2008, a lucratividade dos bancos norte-americanos registrou lucros recordes nesse segundo trimestre.

Em contrapartida, a subutilização da força de trabalho –indicador que soma emprego parcial e desistência de buscar vaga- atinge assustadores 13%.

Na maior economia capitalista da terra, metade das vagas criadas no pós-crise é de tempo parcial, com salários depreciados.

Não é um aquecimento de motores. É o padrão de uma economia desossada em seus esteios produtivos , por obra da desregulação financeira promovida pelo ciclo neoliberal, a partir de Reagan.

É esse subenredo de uma recuperação tíbia que leva a criteriosa presidente do BC de lá, Janet Yellen, a resistir às pressões dos interesses rentistas para elevar as taxas de juros do mercado.

Pressões políticas, como se vê, partem muitas vezes de onde menos esperam os defensores da independência do BC por essas bandas.

Um dos maiores gargalos do Brasil nesse momento é justamente a ausência de espaço para a discussão madura dessas interações entre política e economia, entre opções, custos, concessões, salvaguardas e requisitos à ordenação de um novo ciclo de crescimento, que só virá por força de uma repactuação democrática da sociedade.

A eleição deveria servir para isso.

Mas enquanto a dentadura da boca sertaneja é tratada como escândalo, a dentada rentista subjacente ao BC independente desfruta do privilégio de pauta ‘séria’.

Sob a pressão desse maxilar ideológico o passo seguinte do desenvolvimento brasileiro gira em círculos que sonegam futuro ao país e esclarecimento à sociedade.

Não é uma combinação promissora. E a história já evidenciou isso algumas vezes. A ver.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Avião e aeroporto geram “caos aéreo” a Marina e Aécio

O chão mole de Aécio se liquefaz: tucano sofre erosão de votos para Marina, vê o dinheiro grosso flertar com a substituta de Campos e já sente o cheiro da traição nas fileiras do PSDB.

Lições pedagógicas que vem da França: economia francesa patina no arrocho neoliberal e governo afunda na crise; Hollande demite primeiro ministro e promove nova reforma em seu ministério

Econeoliberalismo junta conservacionismo e conservadorismo; preservação da natureza e congelamento da economia; juro alto e atividade econômica baixa: o rentismo vibra.

Venda de papelão de embalagem, indicador que antecipa a atividade na economia, cresceu 11% em julho sobre junho; na comparação com julho de 2013 o avanço foi de 3%.

Dieese: com inflação em declínio, 93% dos acordos salariais fechados no 1º semestre tiveram ganho real de salário

Brasil criou 1,490 milhão de empregos com carteira assinada em 2013, 3% mais que em 2012; a renda dos assalariados cresceu 3% acima da inflação (RAIS)

Mercado de trabalho brasileiro reúne hoje cerca de 49 milhões de empregos formais: trata-se de um estorvo ou de um patrimônio do desenvolvimento a ser preservado das receitas de arrocho?

Blog Cidadania

Não deixa de ser irônico que se possa usar uma metáfora “aérea” para descrever o enrosco em que os dois principais candidatos de oposição a presidente da República se meteram. Um enrosco que pode lhes custar a derrota para Dilma Rousseff.
A ironia, por óbvio, reside em que o setor aeroportuário foi, durante anos, um dos principais cavalos-de-batalha da oposição a Lula e a Dilma. Devido à forte inclusão social nos governos petistas, a “nova classe média” chegou a aeroportos pensados exclusivamente para a elite e causou superlotação que a mídia apelidou de “caos aéreo”.
A Copa do Mundo de 2014 resolveu o problema. Hoje, o país tem aeroportos capazes de atender a uma demanda vitaminada pela distribuição de renda da era petista, ainda que a elite e a mídia se recusem a reconhecer os méritos da nova malha aeroportuária.
Ironicamente, porém, Aécio Neves e Marina Silva podem ser derrotados, respectivamente, por um aeroporto e um avião. Está ficando claro ao país que o moralismo com que esses dois atacam os governos petistas dos últimos 12 anos não passa da mais deslavada hipocrisia.
A candidatura de Aécio Neves foi praticamente inviabilizada por um fato que ele achou que passaria batido: ter usado dinheiro público para construir um aeroporto dentro de fazenda de sua família que ele frequenta o tempo todo.
Aécio tentou fazer o país de trouxa ao negar o que só cego não enxerga: o seu escandalosamente evidente interesse pessoal na execução da obra milionária.
Mídia e aliados de Aécio disseram que as pesquisas não registraram prejuízo eleitoral para ele por conta desse episódio, mas a rápida desintegração de sua candidatura que pesquisas internas dos partidos (inclusive do PSDB) vêm revelando, comprova esse prejuízo.
Aécio pode até não ter perdido votos – a crer nas pesquisas e, sobretudo, em suas “margens de erro” –, mas parou de ganhar. Estancou. Por conta disso, foi o principal prejudicado pela morte de Eduardo Campos.
O fato é que, à exceção da direita mais radical, todos estão vendo o pretenso novo “príncipe da República” se esboroar contra o solo.
Eis que surge Marina, herdeira política da “santificação” instantânea que a morte concede no Brasil. Contudo, passados alguns dias a justificada gritaria dos que perderam seus imóveis com a queda do avião de Campos começa a fazer as pessoas acordarem.
Chega a ser estupefaciente que, passados mais de dez dias, não se tenha chegado ao dono de um avião que o político morto usava de modo tão intenso. O jogo de empurra vai deixando claros os interesses obscuros que financiavam Campos e que continuarão financiando Marina.
As suspeitas de ilegalidade no uso da aeronave ainda não chegaram ao eleitorado, mas já estão sob escrutínio da Polícia Federal e da Justiça Eleitoral. A cada dia se entende cada vez menos a origem daquele avião e que tipo de acordos o colocaram à disposição de Campos.
Mesmo que os adversários de Marina não tenham coragem de explorar o escândalo que vai nascendo – e, no que diz respeito ao PSDB, seus blogueiros e colunistas amestrados já exploram o caso –, a Justiça Eleitoral dificilmente vai se contentar com explicações vagas.
De quem é o avião que Campos usava como seu? Quem pagou? Quanto foi pago? Foi declarado à Justiça Eleitoral?
Marina, segundo já admite a mídia, pode ter a candidatura impugnada por esse caso.
Mesmo que a Justiça Eleitoral não tenha coragem de chegar a tanto, as obscuras contas de campanha do PSB já revelam que Marina não tem as diferenças que apregoa em relação a outros políticos.
Tanto Marina quanto Aécio são daqueles políticos que quanto mais forem conhecidos, pior para eles.
No caso de Marina, até mesmo o tal “mercado” já começa a perceber que um seu governo seria fraco por falta de base política sólida. Ela teria que bater às portas do PSDB e do PMDB ou deste e do PT.
Estadão, Época e Reinaldo Azevedo saíram na frente na pancadaria contra Marina. Ou seja, o PSDB saiu na frente contra Marina – até por ela prejudicar mais os tucanos, ao menos no momento.
O PT parece menos preocupado com Marina do que com o bombardeio da mídia.
No terceiro programa de Dilma no horário eleitoral, o PT alternou a estratégia de acusar a mídia com a estratégia que esta chama de “nós contra eles”, ou seja, mostrar como o povão passou a desfrutar do que antes era exclusividade da elite, como acesso a universidades, a casa própria, a aeroportos.
Lula, no horário eleitoral, é uma bomba atômica. Deve ser um dos políticos que menos perdeu com as manifestações de junho do ano passado, apesar de Dilma ter sido quem mais perdeu. O chamamento à reflexão que o ex-presidente tem feito dificilmente deixará de produzir efeitos eleitorais.
A vantagem de Dilma é a de que ela não precisa melhorar muito as suas intenções de voto. Se ganhar meia dúzia de pontos nas pesquisas pode até liquidar a fatura no primeiro turno. Já Marina e Aécio precisam de muito mais.
Ameaçados por um avião e um aeroporto, Mariana e Aécio podem ter perdido o voo que conduziria um deles à Presidência da República. Mais ironia do que isso, impossível.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

BLÁBLÁRINA VAI FAZER UM ESTRAGO. NA DIREITA ! Sem Eduardo, Bláblá, Cerra, Aecioporto e FHC – quem sobra do lado de lá ?​

O ansioso blogueiro localizou o Profeta Tirésias numa de suas perambulações na região da Papuda.

- E aí, Profeta, e a sórdida pesquisa da Fel-lha (*) ?

- Cara, esse Bessinha vai matar o Otavinho … pesquisa de boca de túmulo …

- É verdade. Já, já vão dizer que a Bláblá é a quarta menina do Milagre de Fátima…

- Calma, você consegue ser impiedoso.

- Impiedoso é o Otavinho, Profeta. Mas, e daí ? O Otavinho diz que ela ganha no segundo turno …

- Fogo de palha.

- Não dura ?

- Não dura.

- Por que ?

- Porque ela e o Eduardo não tinham consistência.

- Era um casamento de conveniência, de fachada.

- Mais do que isso: não tinha e não tem base social, não se sustenta em nada. Tanto que ela não fundou a Rede e ele não conseguiu mais de um minuto no horário eleitoral.

- Quem perde com ela ?

- O Aécio.

- Quem mais ?

- O Serra.

- Quem mais ?

- O PSB.

- Mas, o PSB tanto faz como tanto fez …

- Não, não, caro, os candidatos majoritários do PSB estão fritos com a Marina…

- Bláblárina, por favor, ou se preferir, Antonia Conselheira.

– Prefiro Fadinha da Floresta.

- Também serve.

- Pois é: a Fadinha da Floresta ferra todos os candidatos do PSB a cargos majoritários, a governador e ao Senado, escolhidos pelo Eduardo.

- O que são “todos” ?.

- Todos.

- O de Pernambuco também ?

- Esse está mal, com ou sem Eduardo.

- Então, o PSB vai morrer.

- Morreu no Guarujá.

- E a carta compromisso do Roberto Amaral ?

- Ela vai devolver sem abrir.

- Não sobra ninguém, então.

- Quem ia sobrar percebeu a fria e foi embora a tempo: os irmãos Gomes do Ceará.

- Que clarividência !

- Eles viram que Eduardo ia para a Direita.

- E eles sumiriam junto, afogados na Direita.

- Quem vai perder é a Direita.

- Por que essa certeza, Profeta ?

- Eduardo morreu. A Fadinha vai perder. Aecioporto submergiu no aeroporto do Titio. Serra talvez não se eleja senador. O FHC, como diz você, é um espécime de zoologia fantástica e só existe no PiG (**). Se perder em Minas e ou em São Paulo, o PSDB vira um PFL… 

- E daí, Tirésias ?

- Quem sobra do lado de lá ?

O Profeta desliga abruptamente, porque a Fel-lha (*) pode identificar o celular …

Pano rápido.


Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Arrocho Neves não é nada. Ele é o anti-PT O ódio ao PT sempre produzirá um candidato – ainda que seja esse aí do Bessinha.

O ansioso blogueiro se deixou envolver pela plúmbea nuvem  da perplexidade e não viu alternativa: era preciso achar o Oráculo de Delfos, a qualquer custo.

Encontrou-o numa sala remota do Instituto Mauricio de Nassau, em Recife, onde o Dias descobriu que o Lula é um canhão e surgem indícios de que o Dudu vai perder a eleição para presidente, governador e senador – um prodíjio !

(Clique aqui para ler sobre a crise que o Dudu previu e o Tombini desmonta.)

- Caríssimo Oráculo, quer dizer que o Dudu vai mal, aí …

- É, meu filho, ele se convenceu de que ganhou a eleição de todas as prefeituras em 2012 …

- Mas, não é esse o centro da minha perplexidade, caro Oráculo…

- Qual é o centro ?

- O Arrocho Neves.

- O do aeroporto do Titio.

- Precisamente. Veja bem, Oráculo, ele só faz besteira.

- Foi sempre assim. A gente é que não dava atenção.

- É uma atrás da outra. Vai acabar com o salário mínimo, com o Bolsa Família, com o Mais Médicos, vai fechar o Ministério da Previdência Social.

- Você está exagerando…

- Sim, maneira de dizer. Mas veja bem: e o balança, balança, mas não cai ?

- Pois é, ele balança, diz que era o vento, mas as folhas das arvores estavam imóveis …

- E a questão da cocaína ?

- Sem dúvida: o Serra tem razão…

- Cerra com “C”, por favor, de Padim Pade Cerra.

- Tá bom. O Cerra, com “c”, tem razão. Esse tema tem que ir para o centro …

- Centro direita …

- Sim, para o centro das discussões na eleição.

- Pois, é isso, caro Oráculo. Como é que ele faz essas besteiras todas, comete imprudências cavalares e quer se eleger Presidente ?

- Meu filho, o Aécio não existe.

- Como assim ? O pessoal do Leblon jura que ele existe !

- Não é isso o que eu quero dizer. Ele pode fazer qualquer coisa. Pode sair pelado na Lagoa Rodrigo de Freitas ou vestido de odalisca na Savassi. Tanto faz.

- Mas, e os efeitos eleitorais ?

- Nenhum. Ele é um poste … apagado.

- Calma, Oráculo, não capto.

- O Aécio é apenas o anti-PT. Com o invariável, sanguinário apoio do PiG (*), sempre haverá um anti-PT.

- E sempre terá esses 30%.

- Sempre. Pode ser o maníaco do Parque, Frankenstein ou a Maitê Proença.

- Não é melhor a Cristiane Torloni ?

- Como você quiser. Pode ser qualquer um, qualquer uma…

- Que o sentimento anti-PT se sobrepõe ao instrumento desse ódio.

- Exatamente. O ódio é maior que seus mensageiros.

- Então, ele tem chance …

- Nenhuma !

- Como assim, Oráculo ? Não acompanho sua linha de raciocínio.

- É tortuosa, mesmo. Pergunte ao Édipo.

- Fala serio …

- Com todo o apoio do PiG, do Itaú…

- Itaúúú, por favor.

- Do Itaúúú , da elite banca, da Chevron, do João Dória ….

- Quem ?

- Você não conhece. Seja lá com o apoio de quem for, ele é muito fraco. Não convence nem a irmã.

- Aí, você exagera.

- Nem o Perrella pai, naquelas feéricas recepções que organizava em Brasília, nem ele levava o Aécio a sério…

- Calma, Oráculo.

- Ele vai ter menos votos que o Cerra em 2010.

- Você acha ?

- Sem dúvida. Menos que o Cerra em 2010 e o Dudu …

- Bom, o Dudu tem o apoio da Bagróloga.

- O Dudu vai ter menos votos do que a Bagróloga em 2010.

- Mas, e a onda de pessimismo, a rejeição crescente à Dilma …

- No Satãder, você quer dizer.

- Então, o Aécio e o Dudu vão ter menos em 2014 do que tiveram seus congêneres, em 2010. Como é que você sabe dessas coisas, Oráculo ?

- O pessoal do Datafalha me contou.

Pano rápido.


Em tempo:
o Conversa Afiada reproduz post e imagem do site SGA Notícias:

Aécio é recebido em Curitiba com chuva de aviões de papel lançados dos prédios



Os estrategistas da campanha de Aécio Neves decidiram colar a imagem do presidenciável à dos governadores tucanos. E resolveram começar esta nova tática pelo Paraná de Beto Richa. O resultado foi desastroso. O pior governador da história do nosso Estado mostrou que não tem competência nem para organizar uma passeata. O que o candidato a presidente pelo PSDB viu foi muita desorganização e meia dúzia de gatos pingados¹, todos funcionários comissionados do governo, segurando com má vontade alguns cartazes.

(…)



Paulo Henrique Amorim



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

domingo, 3 de agosto de 2014

O esforço da Veja para varrer o aecioporto para debaixo do tapete

bessinha09876
Que a Veja se tornou um fenômeno antes psiquiátrico do que propriamente midiático, disso já sabíamos.
No entanto, ela se supera a cada dia.
Do psiquiátrico ela tem migrado para o escatológico.
O novo “escândalo” fabricado por ela revela o desespero de varrer o aecioporto para debaixo do tapete.
Do que se trata o escândalo?
Um vídeo com parlamentares aliados passando instruções ou apenas conversando com figuras aliadas, num preparativo para uma CPI.
CPI é um evento político. Tem situação e oposição.
A situação defende os aliados do governo.
A oposição ataca os aliados do governo.
Escândalo seria se flagrássemos Alvaro Dias tentando ajudar Graça Foster. Aí sim, todos ficariam espantados!
Tentar criar uma CPI da CPI corresponde ao apogeu do ridículo. É como ver um tucano devorando a própria cauda.
Ora, se a oposição tem espaço garantido na CPI, mesmo minoritário, então ela que faça as perguntas que quiser fazer.
Como fizeram, aliás.
A oposição fez perguntas incômodas a Graça Foster, a Sergio Gabrielli, a Nestor Cerveró.
Eles já foram diversas vezes ao Congresso. Porque há uma redundância. Há duas CPIs, sobre o mesmo tema, acontecendo ao mesmo tempo.
Cada vez que Graça Foster vai a CPI, para repetir a mesma coisa, ela deixa de trabalhar, e isso atrapalha a Petrobrás.
Petrobrás cuja produção tem batido recorde e cujas ações se valorizaram mais de 70% nos últimos meses.
Foster, Gabrielli, Cerveró, estiveram várias vezes no Congresso, em CPIs.
Os tucanos é que nunca dão as caras em CPIs que os investigam.
Como eles são blindados e protegidos pela mídia, quase não há CPI investigando tucano.
E quando há, a mídia faz de tudo para abafá-la, até porque, sempre que se investiga tucano, a mídia entra na história. Como réu.
Foi o caso da CPI do Cachoeira. Mais um pouco, e se tornaria uma CPI da mídia, porque o Brasil estava descobrindo as relações íntimas entre a bandidagem e o jornalismo.
É hora de chamar Aécio Neves numa CPI para explicar porque construiu aeroporto na terra de seu tio, e porque este foi o aeroporto mais caro do Brasil.
É hora de chamar os chefões da Globo para explicar a sonegação de R$ 615 milhões, feita através de uma “intrincada engenharia financeira para ludibriar a Receita”, segundo as palavras do auditor fiscal responsável pelo processo.
A Petrobrás é importante demais para ser alvo de abutres que sempre quiseram destruí-la.
A Petrobrás é uma empresa mista regulada, supervisionada, monitorada, por diversos órgãos, nacionais e internacionais.
Se existe uma coisa a ser investigada na CPI da Petrobrás é o afundamento da plataforma P-36.
Era a maior plataforma do mundo. O prejuízo foi incalculável.
Morreu gente.
Brasil quer saber como afundou a P-36
Enquanto Gabrielli e Graça Foster compraram refinarias, construíram outras, e apostaram no crescimento da produção de petróleo bruto de um lado e refinado de outro, os tucanos venderam metade da Petrobrás para fundos abutres da Bolsa de Nova York.
Não descobriram petróleo. Não fizeram nem compraram refinarias.
Apenas privatizaram, sucatearam e afundaram a maior plataforma do mundo.
Hoje uma boa parte do lucro da Petrobrás vai para bilionários estrangeiros.
Esses mesmos bilionários fazem pressão, através da mídia, para que a Petrobrás dê lucro rápido e fácil, para eles gastarem em festinhas, iates e… jatinhos.
Jatinhos que pousam em aeroportos particulares construídos, no caso de Minas Gerais, com dinheiro público.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Aécio, quem é o Oswaldinho ? “Público” e “privado” – tudo num jatinho só …


O do Aécio é legal, mas perde para o Bombardier do Agnelli
Amigo navegante mineiro pede que se republique aqui um post do Conversa Afiada de 22/04/2011: Quem é o dono do jatinho do Aécio ?

​Será que é nesse jatinho que ele desce no Aecioporto do Titio ?

Porque ele não confessa, por escrito, de novo, que o Oswaldinho é contra-parente e foi presidente de uma empresa do Estado, no Governo dele ?

Quem é o dono do jatinho do Aécio ?


Os Amigos do Presidente Lula: “Dono do jato “AeroAécio” foi aparelhado na presidência de estatal do governo de Minas”

Saiu no Blog dos Amigos do Presidente Lula:

Dono do jato “AeroAécio” foi aparelhado na presidência de estatal do governo de Minas



Depois que repararam que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) anda em carro Land Rover da frota de carros de luxo de sua rádio, caiu na boca do povo que ele voa no jato prefixo PT-GAF (foto), avaliado em R$ 24 milhões.

A assessoria de imprensa do senador tucano explicou que o “Aeroaécio” pertence à empresa de táxi aéreo da família do banqueiro Gilberto de Andrade Faria, ex-dono do Banco Bandeirantes, padrasto de Aécio por cerca de 25 anos e falecido há 2. E que a aeronave é utilizada eventualmente, sem custos, por familiares.

O jato compõe a frota da empresa Banjet Táxi Aéreo Ltda.


Os donos da Banjet são Clemente de Faria (filho do ex-banqueiro) e Oswaldo Borges da Costa Filho.


Até aí é esquisito, mas ainda é problema particular.

A coisa complica quando o então governador Aécio nomeou um dos donos da Banjet, Oswaldo Borges da Costa Filho, para a presidência de uma estatal mineira: a CODEMIG (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais).


Para piorar, a CODEMIG atua também junto a mineradoras, e Oswaldo Borges da Costa Filho foi empresário de mineração: diretor-presidente da Companhia Mineradora do Pirocloro de Araxá, e diretor-presidente da Companhia Mineradora de Minas Gerais.


Tem muita coisa errada por aí… onde o governo tucano de Minas parece viver, não numa república, mas numa côrte imperial, numa mistura de família com estado, com cargos e negócios para amigos, que emprestam bens, misturando o público com o privado.



(Não deixe de ler, a seguir, reportagem irretocável de Conceição Lemes, no Viomundo, sobre a dupla mineira.)

“Se o Gurgel não abrir inquérito contra o Aécio, estará prevaricando”

por Conceição Lemes

17 de abril de 2011. Madrugada de domingo, Leblon, Zona Sul carioca. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), dirigindo uma Land Rover, é parado pela polícia numa blitz de trânsito. Convidado a fazer o teste do bafômetro, ele se recusa. A carteira de habilitação, vencida, é apreendida. Leva duas multas.

A partir daí, o poderoso bunker montado para protegê-lo foi sofrendo alguns abalos.

O Movimento Minas Sem Censura (MSC), bloco de oposição que reúne parlamentares do PT, PMDB, PCdoB e movimentos sociais, descobriu fatos até então desconhecidos. Além de denunciá-los publicamente, fez representações a várias instâncias, pedindo que fossem investigados.

Essas ações não deram em nada até agora.

Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), as tentativas para instalar CPIs não prosperaram. Lá, como em São Paulo, vige a lei da mordaça tucana.

Alceu José Marques Torres, procurador-geral da Justiça de Minas até início de dezembro de 2012, arquivou as duas representações feitas contra o senador, a irmã Andrea Neves e a rádio Arco-Íris.



“Como o procurador nada apurou, nós entramos com a segunda representação”, diz o deputado estadual Rogério Correia (PT-MG), líder do MSC. “O promotor João Medeiros Silva Neto, do Ministério Público do Estado de Minas, abriu inquérito para investigá-la. Porém, o doutor Alceu avocou para si o processo e arquivou. O então procurador-geral prevaricou.”

Em 31 de maio de 2011, Rogério e os colegas Luiz Sávio de Souza Cruz e Antônio Júlio, ambos do PMDB, foram a Brasília.

Entregaram pessoalmente a Roberto Gurgel representação denunciando Aécio e a irmã dele, Andrea Neves, por ocultação de patrimônio e sonegação fiscal. A representação está na gaveta do procurador-geral da República há 22 meses e 17 dias.

“Como em 2010 Aécio se tornou oficialmente sócio da rádio Arco-Íris, cujo valor de mercado é de R$ 15 milhões, se tinha patrimônio total declarado de R$ 617.938,42?”, questiona Sávio Souza Cruz, vice-líder do MSC. “Como Aécio viajava para cima e para baixo em jatinho da Banjet, cujo dono preside a Codemig e é dono de empresas que prestam serviços ao governo de Minas? Por que Aécio indicou Oswaldinho para presidir a Codemig?”

Rogério Correia denuncia: “Há fortes indícios de ocultação de patrimônio e sonegação fiscal. Aécio se recusa a prestar esclarecimentos sobre o seu patrimônio. Andrea destinou dinheiro público para empresas da família. Isso é improbidade administrativa!”

“Em Minas, o Aécio tudo pode”, continua Souza Cruz. “Nós poderíamos ter copiado tantas coisas aprazíveis da Bahia, acabamos por reproduzir uma das menos positivas, o Aecinho Malvadeza.”

“Está tudo dominado”, ele sentencia. “A Assembleia Legislativa homologa tudo o que é do interesse do Aécio. O ex-procurador geral de Justiça de Minas virou o zagueiro do Aécio, nós passamos a chamá-lo de ‘Aéceu’.”

AS DENÚNCIAS MENOSPREZADAS PELA MÍDIA CORPORATIVA

Rádio Arco-Íris, Banjet, Oswaldinho, aplicação de verbas públicas em empresas da família, voos em jatinho do presidente da Codemig, suspeitas de ocultação de patrimônio e sonegação fiscal, blindagem.

Nenhuma dessas denúncias, praticamente desprezadas pela mídia corporativa, é novidade. Todas, desde 2011, têm sido feitas e reiteradas (confira aqui, aqui e aqui).

O ponto de partida, relembramos, foi o flagrante do teste do bafômetro, em 17 de abril de 2011, na cidade do Rio de Janeiro.

O carro que o senador dirigia na hora da blitz — Land Rover TDV8 Vogue, ano 2010, placa HMA 1003, valor mercado R$ 255 mil, comprado após as eleições de 2010 — pertencia à rádio Arco-Íris, de Belo Horizonte (MG), cujos sócios são Aécio, a irmã Andrea e sua mãe, Inês Maria Neves Faria.

Há anos é propriedade da família Neves. Em 1987, o então deputado federal Aécio Neves ganhou a concessão para explorá-la do à época presidente da República José Sarney, atualmente senador.

Por coincidência, Aécio votou a favor da ampliação do mandato de Sarney para cinco anos, o que lhe valeu entre adversários a alcunha de “Aecinco”. Antonio Carlos Magalhães, ministro das Comunicações naquele momento, assinou a outorga. Inicialmente a sede da emissora ficava em Betim, depois foi transferida para BH.




A matéria abaixo de Veja, publicada na seção Radar, em 1987, circulou muito após o teste do bafômetro. Ela diz que Aécio já seria proprietário de outras três rádios, em Cláudio, Formiga e São João Del-Rei. Investigação feita em 2011 revelou que oficialmente ele era sócio apenas da Arco-Íris. Estavam em nome de Andrea outra emissora e um jornal em São João Del-Rei.

Aécio, aliás, só passou a integrar legalmente a sociedade da rádio Arco-Íris dois meses após ser eleito senador.  Mais precisamente a partir de 28 de dezembro de 2010 com valor declarado à Junta Comercial de Minas Gerais de R$ 88 mil, o equivalente a 88 mil cotas. A mãe, dona Inês Maria Neves Faria, repassou-lhe a maior parte das suas.

Em consequência, as 200 mil cotas da empresa ficaram assim distribuídas:  Andrea, 102 mil (51%); Aécio, 88 mil (44%); e dona Inês Maria, 10 mil (5%).

Foi a sétima alteração contratual da empresa, que iniciou atividades em 1986. Abaixo a última página do contrato.


A rádio Arco-Íris, além da Land Rover, era proprietária em 2011 de outros 11 veículos registrados no Departamento de Trânsito de Minas (Detran-MG).

Dos 12 veículos, seis são carros de passeio de luxo, em geral não utilizados para fins empresariais.

Mais surpreendentes foram as frequentes autuações dos veículos da Arco-Íris no Estado do Rio de Janeiro. Afinal, ela é retransmissora da rádio Jovem Pan FM, tem sede em BH, não possui departamento de Jornalismo e se atém a músicas para jovens.

As multas aplicadas em 2011 no Toyota Fielder (HEZ1502) e na Land Rover TDV8 Vogue (HMA 1003) decorreram de excesso de velocidade nas cidades de Búzios, Rio Bonito e Rio de Janeiro e em rodovias fluminenses. A informação é do Detran-MG. Abaixo uma do Toyota Fielder (HEZ1502) .


MILAGRE DOS PEIXES

Aécio governou Minas de janeiro de 2003 a abril de 2010. Durante os dois mandatos, a irmã Andrea comandou o Núcleo Gestor de Comunicação Social da Secretaria de Governo, criado por decreto em 3 de abril de 2003, pelo próprio governador.

O setor tinha as funções de:

1) coordenar, articular e acompanhar a execução de toda a política de comunicação social do Estado, inclusive a das secretarias, autarquias, empresas públicas e fundações estaduais;

2) decidir a alocação de recursos financeiros de toda a publicidade do Estado de Minas Gerais, sua administração direta e indireta, até mesmo das empresas controladas pelo poder público mineiro, bem como o patrocínio de eventos e ações culturais e esportivas.

De 2003 a 2010, as despesas com “divulgação governamental” somaram R$ 489 milhões. No primeiro mandato, foram R$ 157 milhões; no segundo, R$ 325 milhões, de acordo com o Sistema Integrado de Administração Financeira do Tesouro (Siafi).

Nesses valores não estão incluídos os gastos com publicidade de empresas públicas ou de economia mista controladas pelo Estado, como as companhias  Mineradora (Codemig), Energética (Cemig), Saneamento (Copasa) e Gás (Gasmig), assim como as do Banco de Desenvolvimento de Minas (BMDG) e Loteria estadual (LEMG). Eles totalizaram mais de R$ 325 milhões de 2003 a 2009, conforme o Tribunal de Contas do Estado.

Pois era Andrea que orientava, determinava e supervisionava quanto, quando, como e onde aplicar todos esses recursos do Estado e suas empresas, diretamente ou via agências de publicidade.

No decorrer das gestões do irmão-governador, o seu núcleo aplicou, a título de publicidade, dinheiro de estatais mineiras e da administração direta estadual na rádio Arco-Íris e em outras empresas de comunicação dos Neves.

Exatamente quanto não se sabe, pois o ex-procurador-geral Alceu José Marques Torres nem ao menos  investigou quanto de dinheiro público a rádio Arco-Íris recebeu.

Por falar em patrimônio, em fins de 2010, quando Aécio passou a ser oficialmente sócio da rádio Arco-Íris, o capital social registrado não representava o valor real. Somente os 12 veículos em nome da empresa valiam aproximadamente R$ 714 mil em maio de 2011. Já o valor comercial da emissora, de acordo com fontes do mercado, era de aproximadamente R$ 15 milhões.

Contudo, no início de 2010, ao registrar a candidatura ao Senado, Aécio declarou à Justiça Eleitoral patrimônio total de R$ 617.938,42. Um decréscimo de cerca de 20% em relação ao de 2006. Apenas a parte dele no valor dos automóveis da rádio Arco-Íris seria de R$ 314 mil!  Um milagre dos peixes às avessas.

BANJET, CODEMIG, BANDEIRANTES, IM: RELAÇÕES FAMILIARES E COMERCIAIS

Em 2011, o Minas Sem Censura fez outra denúncia contra o senador tucano: Aécio usava gratuitamente os jatinhos da Banjet Taxi Aéreo Ltda, para deslocamentos no Brasil e exterior. “Uma cortesia da empresa”, justificou-se na época.

A Banjet fazia parte do grupo do extinto Banco Bandeirantes, sendo seus donos os empresários Clemente Faria e Oswaldo Borges da Costa Filho.

Oswaldinho (como Oswaldo Borges da Costa Filho é conhecido em Minas) é casado com Beatriz Faria Borges da Costa, filha do banqueiro Gilberto de Andrade Faria, que foi padrasto de Aécio. Gilberto, falecido em 2008, casou-se em segundas núpcias com dona Inês Maria, com quem viveu durante 30 anos.

Clemente, morto em acidente aéreo em julho de 2012, é o outro filho do primeiro casamento do banqueiro Gilberto Faria. Clemente, portanto, era cunhado do Oswaldinho, seu sócio na Banjet.

Pois Oswaldinho e Clemente eram sócios em outras empresas, entre elas a Star Diamante Ltda (nome fantasia Starminas), criada em setembro de 2003. Em 4 de fevereiro de 2004, Clemente transferiu todas as suas cotas para Oswaldo Borges da Costa Neto, que já era sócio, e Oswaldinho, a quase totalidade. Costa Neto é  filho de Oswaldinho e ficou com 259.999 cotas das 260 mil cotas da empresa. Abaixo fragmento da última página do contrato social de constituição dela.


A essa altura, Oswaldo Borges da Costa Filho  já presidia a Companhia Mineradora de Minas (Comig), como mostra nota publicada pelo jornal Estado de Minas  em 24 de setembro de 2003, página 17.
No final de 2003, a Comig teve nome e objeto social alterados para Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).

Codemig é uma empresa pública e como tal o diretor-presidente deve ser eleito pelo seu conselho. Mas, na prática, é quem o governador indicar. Em 2003, com Aécio no poder, Oswaldinho  – genro do padrasto de Aécio — passou a presidir a Comig, depois a Codemig, cargo que ocupa até hoje.

Não haveria aí conflito de interesses?

Explico. A mineração é uma das áreas de atuação da Codemig. Além disso, Oswaldo Borges da Costa Filho era sócio ou integrava a diretoria de várias empresas, segundo levantamento feito na Junta Comercial de Minas Gerais em 16 de maio de 2011. Entre elas, a Minasmáquinas S/A e a Bamaq S/A – Bandeirantes Máquinas e Equipamentos, que também pertenceram ao grupo do extinto Banco Bandeirantes e mantêm relações comerciais com o Estado de Minas Gerais, segundo o Minas Sem Censura.

Curiosamente, um dos endereços do liquidado Banco Bandeirantes — Avenida Rio de Janeiro, 600,  Belo Horizonte – era o mesmo da IM Participações e Administração Ltda.

Gilberto Faria, relembramos,  era dono do extinto Banco Bandeirantes e  foi padrasto de Aécio.

A IM, por sua vez, tem como sócios os irmãos Neves da Cunha — Aécio, Andrea e Ângela, a mais nova do clã.  A mãe é a administradora. Dona Inês Maria atuou também na gestão do Bandeirantes e foi sócia do marido, o banqueiro Gilberto Faria, em algumas empresas, como a Trevo Seguradora.

A investigação pedida pela oposição mineira poderia esclarecer, por exemplo, se houve alguma triangulação entre o Banco Bandeirantes e a IM.

ASSESSORIA DE AÉCIO: ”MOTIVAÇÃO MERAMENTE POLÍTICA”

Esta repórter buscou falar com o senador e a irmã, para saber o que teriam a dizer sobre as representações feitas contra ambos pelo Minas Sem Censura.

Foram muitos e-mails e  telefonemas para o gabinete de Aécio, em Brasília, com a secretária driblando: “os assessores de imprensa estão em Minas”, “estou tentando contatá-los, mas não consigo”.

Até que, depois de muita insistência, veio esta resposta:

A assessoria do senador Aécio Neves informa que se trata de antigas iniciativas de dois deputados de oposição ao PSDB de Minas Gerais, amplamente noticiadas à época e sobre as quais foram prestados todos os esclarecimentos. É nítida a motivação meramente política das mesmas. Registre-se que uma delas chegou a ser apresentada por duas vezes, tendo sido, nas duas ocasiões, investigada e arquivada por falta de fundamento.

De Andrea, nenhum retorno. Em 2003, o então governador Aécio Neves nomeou-a para a presidência do Servas (Serviço Voluntário de Assistência Social), cargo que ocupa até hoje. Está na terceira gestão. O site da entidade informa:

O Serviço Voluntário de Assistência Social – Servas é uma associação civil, de direito privado, sem fins econômicos, que tem como objetivo promover e executar ações sociais em Minas Gerais, dotado de autonomia administrativa, financeira e operacional. É reconhecido como entidade de utilidade pública nos níveis municipal, estadual e federal. Existe desde 1951.

Andrea Neves da Cunha permanece na presidência do Servas, de janeiro de 2011 até a presente data, dando continuidade aos programas já existentes, em parceria com o Governo de Minas, empresas e entidades de classe.

Após vários e-mails e telefonemas ao setor de Comunicação do Servas nos últimos 25 dias, a chefe do setor alegou: “Andrea está de férias, não posso encaminhar para ela”.

Em resposta a mais um e-mail enviado por esta repórter, ela respondeu nessa quinta-feira 14: “A senhora Andrea já retornou de férias, mas ainda não pude tratar com ela sobre seu pedido. Havendo um retorno, informo”.

DENÚNCIA CONTRA AÉCIO E ANDREA NA GAVETA DE GURGEL HÁ QUASE 23 MESES

Em 31 de maio de 2011,os deputados Sávio de Souza Cruz, Antonio Júlio e Rogério Correia entregaram nas mãos do procurador-geral da República, em Brasília, a representação contra Aécio e Andrea.

Gurgel fez questão de ir com os parlamentares até o setor de protocolo da Procuradoria Geral da República (PGR). Aí, a representação recebeu o número 1.00.000.006651/2011-19.

“Ligávamos de vez em para o setor de protocolo e a informação era de que não havia novidade”, diz  Correia. “Sabíamos apenas que a representação não havia sido arquivada nem inquérito aberto.”

“No dia 29 de janeiro, ligamos e nos disseram que no dia 18 de dezembro de 2012, a Coordenadoria de Comunicações Administrativas (CCA) remeteu a representação e um relatório para o doutor Gurgel”, acrescenta Correia. “Nos disseram que estão na mesa dele.”

Ao Viomundo, a Secretaria de Comunicação da PGR limitou-se a dizer antes do Carnaval: “O documento protocolado pelos deputados encontra-se em análise no gabinete do procurador-geral”.

Nesta sexta-feira 15, voltamos a contatar a Secretaria de Comunicação da PGR para saber se havia tido alguma mudança  nesse período. A resposta foi “não“.

Fontes da própria PGR nos disseram que até 28 de janeiro de 2013 — portanto, um dia após Correia ligar para lá — não havia sido dado qualquer despacho na representação protocolada em 31 de maio de 2011, que continua na gaveta do procurador.

Oficialmente não é da alçada da CCA dar parecer jurídico sobre qualquer representação. É um setor grande da PGR. Aí, ficam expediente, protocolo, arquivo, publicação.

Além disso, mesmo não existindo arquivamento, o status da representação dos deputados mineiros contra Aécio e Andrea estava gravado como “arquivado” no sistema. Isso sempre acontece quando o processo está parado há mais três meses.

“Diante de todas essas denúncias, não há outra saída para doutor o Roberto Gurgel a não ser abrir inquérito junto ao STF contra Aécio Neves”, espera Rogério Correia. “Do contrário, ele estará prevaricando.” Sávio Souza Cruz afirma: “Espero que o procurador-geral da República cumpra a Constituição”.

A propósito. Enquanto a representação contra Aécio e Andrea Neves dorme há quase 23 meses na gaveta de Gurgel, ele decidiu, em cinco meses, o destino das acusações feitas em setembro de 2012 pelo publicitário Marcos Valério de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria recebido vantagens financeiras do esquema do mensalão.

No dia 6 de fevereiro, o procurador-geral resolveu mandar para Minas o processo. Nessa quinta 14, o Ministério Público Federal (MPF), em Belo Horizonte, recebeu o depoimento de Valério contra Lula.

“A denúncia de Marcos Valério, réu já condenado, querendo benefício para reduzir pena, foi rapidamente remetida ao MPF  para investigação”, compara Correia. ” Já a de duas bancadas, representando 19 deputados estaduais, contra Aécio e Andrea está sem nenhuma providência desde maio de 2011.”

“Parece que o Marcos Valério, como fonte de denúncia, tem mais credibilidade para o procurador-geral do que as bancadas estaduais de Minas dos dois maiores partidos do Brasil”, diz Sávio Souza Cruz. Correia finaliza: “É o cúmulo do partidarismo”.

 

Amaral: Aécio mente !

E a Fel-lha finge que é independente.

 
Ilustração do Facebook do Partido dos Trabalhadores
O Conversa Afiada republica incontestável análise de Ricardo Amaral, autor de um imperdível perfil da Presidenta, “A Vida Quer é Coragem”.

Foi inicialmente publicado o Nassif:

No caso Cláudio, o piloto mentiu, por Ricardo Amaral



Ricardo Batista Amaral

No artigo que publicou na Folha de S. Paulo, o candidato tucano Aécio Neves procura reduzir o escândalo do aeroporto de Cláudio a um “equívoco”: ter utilizado uma pista de pouso sem saber se ela estava homologada pela ANAC. Gasta o tempo do leitor tentando explicar a disputa judicial pelo valor da desapropriação das terras do tio, como se isso fosse o mais relevante num caso de patrimonialismo escancarado. De quebra, confessa que, “por escrúpulo”, negou à população da paupérrima Montezuma o direito a uma estrada asfaltada, mas distraidamente deixou asfaltar uma pista de pouso que serve a ele e ao latifúndio de sua família no município. É comovente, mas voa longe da verdade.

Levando em conta a entrevista do candidato ao Jornal Nacional, as duas notas de sua assessoria e o artigo na Folha, o foco desse caso continua sendo:  Aécio Mente.

1)
Ele disse que era uma pista de terra que foi reformada. Falso. É só ver o edital para construção econferir a transformação da área pelo Google Earth.Foi feita uma pista novinha, de 14 milhões, sem aproveitar necas da velha.

2)
Ele disse que seu governo fez mais de 30 aeroportos no interior. Falso. Ele fez dois: o da Zona da Mata e o de Cláudio. E 8 reformas, de 14 anunciadas.

3)
Ele disse que Cláudio é um pólo com mais de 300 indústrias, produzindo para exportar. Falso.Claudio tem hoje  63 fundições de ferro e alumínio. É responsável por 0,002% das exportações do país.

4)
Ele disse que a obra foi decidida por critérios técnicos. Quais, numa cidade de 28 mil habitantes, localizada a menos de 70 quilômetros de dois aeroportos regionais?

5)
Ele disse que o aeroporto não beneficia a família. Falso, por óbvio. O que é melhor: ter uma fazenda perto ou distante da rodovia? Perto ou distante de um aeroporto? Com um aeroporto dentro (a cerca só isola o aeroporto da rodovia, não da fazenda), melhor ainda, não é? O valor da desapropriação é troco perto da valorização das terras.

6)
Ele levou onze dias para admitir o que todos desconfiavam: usou, sim, a pista. O nome mais suave para esse comportamento é dissimulação.


Aproveito para comentar uma pergunta que ronda a cabeça de muita gente:


Por que a Folha publicou a matéria do Aecioporto?

1)
Porque a imprensa brasileira vive sua maior crise de credibilidade desde o êxito da Copa. Atolou-se na pauta da oposição e precisa mostrar alguma independência ao público lesado. O custo-benefício da operação favorece o jornal, que não vai trocar de candidato.

2)
Porque a FSP sempre agiu assim: eventualmente bate em um aliado, mas não abre mão de cobrir o PT deforma sistematicamente crítica. Essa é a diferença de tratamento, disfarçada por matérias pontuais para sustentar suposta “isenção”.

3)
Porque precisa dizer ao seu  candidato (a quem considera o futuro presidente) que a FSP não é oEstado de Minas: “Tu és nosso, mas não somos tua”. É um chega pra lá preventivo em dona  Andréa Neves. Só quem pode mandar na Folha é o Serra, que por sinal também deve ter sido surpreendido, pois a  pauta veio de Minas.

4)
Porque pretendeu fazer uma operação cirúrgica sobre um tema explosivo. Deu manchete no impresso, mas escondeu o caso na home do UOL, que é a verdadeira metralhadora da casa. Manteve o assunto em pauta, mas não foi a Montezuma. O editorial ambivalente de domingo é apenas isso: um editorial ambivalente.

O PT pode esperar por pancadaria brava daqui em diante, mas ficou no direito de reivindicar isonomia: o espaço que a FSP e o Jornal Nacional deram para Aécio Neves se defender é maior do que tudo que já se deu aos petistas acusados de qualquer coisa nos últimos tempos.



Clique aqui para ler “Aécio, quem é o Oswaldinho ?”.

Aqui para ler “Aécio confessa por escrito !”.

E aqui para ler “Cerra vai ‘cristianizar’ Aecioporto ?”.