Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
Mostrando postagens com marcador fujimori. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador fujimori. Mostrar todas as postagens

sábado, 9 de março de 2013

NEOLIBERALISMO DEU CADEIA. "POPULISMO" GEROU UM MITO


quarta-feira, 13 de julho de 2011

Onde o PSDB errou?

luisnassif


Onde PSDB errou?
Errou quando acompanhou FHC no seu sonho megalômano de voltar ao poder.
FHC já havia sonhado antes com o terceiro mandato.
FHC no Brasil, Menen na Argentina e Fujimori no Peru eram os “latin gold boys” do Consenso de Washington, nos anos 90.
Fujimori, ao seu jeito, já havia conquistado o terceiro mandato, Menen tentou.
FHC se mostrava docemente constrangido com esse assunto, mas, de modo algum desautorizava as articulações nesse sentido que corriam soltas.
As derrocadas de Fujimori e Menen castraram a oportunidade de FHC se re-re-candidatar.
1º erro.
No post anterior comentei como FHC sonhou a eleição de Lula como a sua passagem de volta a presidência.
O problema é que para chegar a isso o PSDB deveria fazer oposição figadal ao governo Lula e ao PT. Só que, para mal dos pecados, o governo Lula veio com um programa de governo perfeitamente defensável pelo PSDB, e mais, botou para fora seus “radicais” e se mostrava aberto a alguma forma de diálogo.
O PSDB poderia ter feito uma oposição propositiva, negociado cada aprovação de medidas lulistas no congresso, botado sua marca no governo Lula. Mostrado que o governo Lula só obtivera sucesso porque foi “filtrado” pela racionalidade administrativa dos tucanos que o depuraram dos seus erros.
Ao invés disso partiu para as agressões destemperadas de Agripinos, Virgílios e que tais.
Quem orientava o PSDB?
FHC.
2º erro
Ocorre que o sucesso de Lula era veneno nos planos de FHC, o impeachment era uma jogada que já havia funcionado com Collor. Impeachment de Lula, pressão para José Alencar chamar eleições antecipadas e FHC de volta nos braços do povo.
Nos últimos dias de funcionamento do congresso em 2005, após todo o show de horrores que a oposição apresentou nas três CPI´s simultâneas que investigaram o escândalo do mensalão e com Lula já calejado, o PT consegue assinaturas para acabar com as CPI´s. A vitória era tão frágil que a retomada da CPI´s dependia apenas da retirada da assinatura de um deputado que apoiara a suspensão dos trabalhos.
Se o PSDB tivesse usado a lógica política essa retirada já mais teria sido tentada. O escândalo já havia dado o que tinha de dar. Deixar as CPI´s se acabarem colocaria nos ombros de Lula a responsabilidade pelo fim das investigações por parte do congresso. Teria sido o “trator lulista” passando por cima da oposição e acobertando os mal feitos do seu governo.
Mas era preciso deixar Lula sangrar, pressionaram um dos deputados, a retirada da assinatura foi comemorada como vitória da oposição e humilhação do PT e de Lula.
Logo no reinicio dos trabalhos explode o “Fator Azeredo”. Ou seja, o PSDB mineiro mancava da mesma perna da qual acusavam o PT de claudicar. Marcos Valério já tinha prestado seus bons serviços para Eduardo Azeredo, então presidente do PSDB.
As CPI´s acabaram em uma cena vexaminosa onde deputados eram condenados no conselho de ética com voto aberto e absolvidos em plenário com voto fechado.
FHC declarou publicamente que o PSDB errara ao não jogar Azeredo ao mar.
Que importava a FHC a sorte de Azeredo, importava lhe sim o fim do seu sonho.
Dali para frente Lula era imbatível.

Resposta do Amoral:
Ao existir!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

FHC foi o único aliado

O Farol de Alexandria condecora o encarcerado


O Conversa Afiada reproduz discurso de Jilmar Tato, vice-líder do PT na Câmara:

FHC, Fujimori e as extravagâncias da atuação tucana


Jilmar Tatto (*)

Dia 8 de junho último tivemos mais uma demonstração de como é difícil para os tucanos conviverem com os sucessos dos governos Lula/Dilma na esfera internacional. Desta vez, foi o líder do PSDB que comandou  mais uma ação extravagante no plenário da Câmara dos Deputados ao pedir para ser apreciado um requerimento solicitando a aprovação de um “voto de repúdio à presidenta Dilma Rousseff por não receber a Senhora Shirin Ebadi, Prêmio Nobel da Paz, advogada iraniana de Direitos Humanos”.


Diante deste impetuoso requerimento, alguns pensaram que ele estava apresentando sua candidatura ao cargo de “agendeiro” da presidenta Dilma, mas outros lembraram ao deputado que a ordem natural das coisas é outra: primeiro é preciso ganhar as eleições para presidente da República para em seguida construir-se a agenda diplomática do país.


Curiosamente, aqui no Brasil, uma oposição reiteradamente derrotada se arvora em responsável pela agenda diplomática do país e quer enfiá-la a ferro e fogo na garganta presidencial. Talvez até sem consultar a senhora Shirin Ebadi, cujos respeitáveis interesses certamente não passam por arrombar a porta do gabinete da presidenta, nem pelo atropelo de sua agenda. Isso se depreende de repetidas declarações de Shirin Ebadi de respeito e consideração por Dilma Rousseff e por suas tomadas de posição em matéria de direitos humanos.


Mas não bastasse o requerimento descabelado, para exibir seus profundos conhecimentos sobre diplomacia contemporânea, o líder do PSDB precisava despejar seu balaio de impropérios contra o ex-presidente Lula e suas supostas preferências por ditadores.


Depois dessa sessão de impropérios a palavra me foi concedida para falar, em nome do Partido dos Trabalhadores, contra a proposição estapafúrdia. Além de defender o ex-presidente Lula e de mostrar a impertinência da iniciativa do líder do PSDB, fiz um breve relato sobre as relações íntimas entre FHC e o ditador nipoperuano Alberto Fujimori, já que repentinamente o líder tucano estava dando mostras de inusitado zelo pelos direitos humanos.


Aproveitei o espaço para informar ao líder do PSDB que FHC foi o único presidente de toda a América do Sul que apoiou a tri-reeleição de Alberto Fujimori, antigo candidato a ditador perpétuo do Peru. E mais, que ele condecorou aquela figura sinistra com a Ordem do Cruzeiro Sul, comenda máxima concedida pelo Estado brasileiro a personalidades estrangeiras.


Felizmente o Senado brasileiro já aprovou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL), de autoria de Roberto Requião, anulando a concessão da Ordem do Cruzeiro do Sul ao ex-ditador peruano. Na Câmara, este PDL já foi aprovado na Comissão de Relações Exteriores, faltando apenas passar pela Comissão de Constituição e Justiça para ir ao plenário.


Este é um bom momento para concluir a tramitação do projeto,  até como forma de congratulação com o povo peruano que, elegendo Ollanta Humala, como presidente da República, no dia 5 de junho último, impôs uma derrota importante ao chamado fujimorato, que através da candidata Keiko Fujimori, filha do ditador, tentava reintroduzir a máfia comandada por seu pai no governo do Peru.


Como se isso não fosse suficiente, vale acrescentar que no ano 2000, quando ficou claro que o povo do Peru, nas ruas, derrubaria o ditador sanguinário e sua quadrilha, a diplomacia brasileira, sob a direção de FHC, colaborou na tarefa constrangedora de, enquanto Fujimori fugia para o Japão, arrumar um refúgio para o tenebroso Vladimiro Montesinos.


FHC ajudou a pressionar Mireya Moscoso, então presidenta do Panamá, para solicitar que aquela nação centro-americana concedesse asilo a Vladimiro Montesinos, íntimo companheiro de jornada de Alberto Fujimori, chefe de seu serviço de inteligência e coordenador do narcotráfico peruano.


Por último, me coube informar ao Líder do PSDB que o ex-ditador Alberto Fujimori, juntamente com Vladimiro Montesinos, hoje cumprem severas penas numa base naval de Callao e a hipótese de anistia, com a qual sonharam, evaporou-se no domingo, 5 de junho último, quando o povo peruano elegeu Ollanta Humala presidente de República. Aliás, Humala nos honrou escolhendo o Brasil como primeiro pais a ser visitado depois do triunfo popular. Foi recebido pela presidente Dilma Rousseff em Brasília e pelo ex-presidente Lula em São Paulo.


Diga-se a favor do líder do PSDB que, quando tomou conhecimento das informações acima citadas, tartamudeou alguma explicação incompreensível sobre sua percepção a respeito de Fujimori. Chegou até a perguntar ao presidente da sessão se era possível trocar o “repúdio” por algum termo legislativo mais brando. Informado de que isso não era possível, viu sua proposição esdrúxula receber minguados 60 votos.


Mas as extravagâncias da oposição comandada pelo PSDB não se limitam à pauta internacional. No dia da votação do Código Florestal o plenário e as galerias da Câmara puderam testemunhar, estarrecidos, o comportamento condenável de vários deputados da oposição que vaiaram o anúncio do assassinato dos extrativistas Júlio Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo, no Pará. Não escapou a ninguém que aquelas vaias equivaliam a um aplauso ao crime. Muito seguramente, não é com a apologia do crime que se consolida uma democracia.


Tudo isto mostra até onde pode chegar uma oposição isenta de base popular, carente de bandeiras, desprovida de um projeto nacional e, por último, mas não o menos importante, ideologicamente derrotada, sobretudo depois do colapso dos dogmas do consenso de Washington.


Esta orfandade múltipla explica um comportamento da oposição cada vez mais chegado ao do “modelito” Simão Bacamarte, criado por mestre Machado de Assis. Atualmente, só lhe resta se guiar por uma pauta impregnada por um moralismo tão suspeito, como falso e seletivo, de uma imprensa monopolista e cada vez mais irrelevante. À falta do lenitivo pseudomoralista da imprensa, só lhe restaria o caminho do manicômio do alienista.


(*) Deputado federal (PT-SP), vice-líder da Bancada do PT na Câmara

segunda-feira, 30 de maio de 2011

PERU, VOTO A VOTO


 "Matamos menos que nos anos 80″    (frase de Jorge Trelles, porta-voz informal  de Keiko Fujimori, a candidata da direita nas eleições presidenciais do Peru, que acontecem no próximo domingo, dia 5 de junho. O macabro cinismo de Trelles explodiu no colo da frente de direita  como uma soberba  admissão dos massacres registrados no governo do pai de Keiko, Alberto Fujimori --condenado a 25 anos de prisão como autor intelectual de crimes contra a humanidade cometidos em 1990 e 1991  pela grupo Colina, uma espécie de OBAN peruana engajada na repressão ao movimento maoísta Sendero Luminoso. O comentário insolente de Trelles, ao sugerir  que
 atrocidades ainda piores ocorreram antes, trouxe mais tensão ao último debate presidencial deste domingo na tevê peruana. O desempenho dos candidatos  poderá decidir uma eleição que praticamente cindiu o país: Keiko e Humala estão virtualmente empatados, com uma ligeira vantagem para Keiko, que vem sofrendo rápida erosão de apoiadores e aumento da taxa de rejeiçã . Humala em contrapartida voltou a crescer na margem. O desfecho do pleito terá desdobramentos para a integração latino-americana: um Peru nas mãos da direita reforçará a frente conservadora encabeçada pelo México e pela Colômbia que pretende instaurar  uma aliança comercial pró-EUA na região, afrontando o cinturão progressista constituído de governos soberanos sob a âncora do Brasil).

(Carta Maior; 2º feira, 30/05/ 2011)