As maiores empresas fornecedoras de merenda escolar do país montaram um cartel para fraudar uma licitação de R$ 200 milhões aberta pela prefeitura de São Paulo, segundo suspeita o Ministério Público, após analise de telefonemas e conversas entre funcionários do Grupo Geraldo J. Coan. Os executivos foram grampeados, supostamente, a mando de diretores da própria empresa para monitorar seu quadro de funcionários.
As escutas clandestinas foram arquivadas em CDs confiscados na sede da J. Coan, em Tietê (SP), no dia 1.º de julho do ano passado, durante batida realizada pela promotoria, com apoio da polícia militar paulista. Entre 12 de abril e 9 de maio de 2009, foram interceptadas 1.513 ligações. Algumas gravações que teriam sido feitas em 2006, pouco antes da renovação do contrato da merenda escolar com a prefeitura, mostram um encontro entre empresas fornecedoras de merenda.
Os promotores examinam a amplitude das conversas e as revelações contidas nas gravações acerca dos certames em prefeituras de pelo menos cinco Estados – São Paulo, Minas, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Maranhão. Um procedimento foi aberto para o início da investigação criminal pelo Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Sorocaba (SP) para investigar crime de escuta clandestina e violação da lei.
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