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Depois de 20 anos de trabalho na CNN, Octavia Nasr foi demitida por ter escrito em seu Twitter (http://twitter.com/octavianasrcnn) uma nota onde lamentava a morte de Hussein Fadlallah, guia espiritual do Hezbollah: “Sad to hear of the passing of Sayyed Mohammed Hussein Fadlallah.... One of Hezbollah's giants I respect a lot”. (Triste ao saber do falecimento de Sayyed Mohammed Hussein Fadlallah ... Um dos gigantes do Hezbollah que eu respeito muito ).
A mensagem de Nasr gerou intenso protesto nos Estados Unidos e a CNN capitulou prontamente. A empresa justificou a atitude pelo comprometimento da credibilidade de Nasr junto aos espectadores da emissora. Parisa Khosravi, vice-presidente-sênior da CNN International, afirmou em um memorando interno citado pelo Times que contatou a editora e "decidimos de comum acordo que ela irá deixar a companhia. Ela não atendeu a nossos padrões editoriais”.
A simplificação do entendimento americano de que alguém que admire um membro de destaque do Hezbollah é rebatida pela importância da figura de Fadlallah. Este estava longe dos padrões estabelecidos como “do mal”. Discordava da guerra santa de Osama bin Laden e dos talibãs, era a favorável à adoção de um regime islâmico no Líbano, se a vontade popular assim determinasse.
Além disso, há que pensar que talvez Nasr o admirasse por seus decretos religiosos tolerantes em relação às mulheres. Ele, por exemplo, proibiu a ablação do clitóris e autorizou às mulheres rezar com as unhas pintadas.
Não obstante, Israel e o s EUA o consideravam apenas mais um terrorista do Hezbollah.
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