Após o lançamento do programa Mais Médicos e a consequente chegada de médicos cubanos ao Brasil, a classe médica brasileira vem promovendo um show de horrores. Há menos de um mês, o portal IG fez uma denúncia estarrecedora:
“Grupo com quase 100 mil que se dizem médicos ou estudantes de medicina defende ‘castrações químicas’ a eleitores do PT”
A denúncia do IG espalhou-se como fogo e por certo fez ver a boa parte dos formadores de opinião o movimento nazista que se aglutinou em torno da candidatura Aécio Neves. Para entendimento dos fatos que serão narrados mais adiante, vale rever trecho daquela matéria.
Sobre a comunidade do Facebook “Dignidade Médica”, que propôs “holocausto” e “castrações químicas” contra eleitores do PT, sobretudo nordestinos, para que “não se reproduzam” tem como uma das organizadoras a senhora Patricia Sicchar, que se declara médica da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus em perfil da rede social.
Confira, abaixo, trecho de outra matéria do IG sob o título “Médica de grupo anti-PT minimiza holocausto a nordestinos: ‘é revolução do agir’”.
Como se vê, uma das médicas organizadoras do tal “holocausto” médico contra nordestinos eleitores do PT é servidora da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus, sob responsabilidade do prefeito tucano Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM), líder do PSDB no Senado de 2003 a 2010.
Agora, os médicos manuenses voltam à ribalta com um movimento que pretendem espalhar pelo país. Chegou ao Blog uma denúncia séria contra médicos daquela capital. E o pior: a denúncia sugere que abuso desses médicos contaria com a conivência dos hospitais em que trabalham.
O denunciante enviou ao Blog link de perfil no Facebook de um médico manuense chamado Lano Macedo, que se diz funcionário do Hospital Beneficente Português do Amazonas, que já se envolveu em polêmicas como desrespeitar a “Lei do acompanhante no parto”, conforme denúncia do médico psiquiatra Rogélio Casado.
O tal médico Lano Macedo lidera um movimento de médicos manauenses no Facebook que propõe que a classe médica – e, consequentemente, os hospitais onde aqueles médicos trabalham – boicotem os laboratórios que doaram recursos à campanha da presidente Dilma Rousseff
A confissão dos médicos de que irão deixar de recomendar fabricantes de medicamentos sob razões político-partidárias e ideológicas é um escândalo. E se aquele laboratório tiver medicamento mais conveniente para os pacientes, seja em termos de preço, qualidade ou outro?
Após o episódio “holocausto e castração química”, produzido a partir de organização de médicos de Manaus como o tal Lano Macedo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiu nota condenando os autores daquela barbaridade.
Resta saber o que o CFM tem a dizer sobre essa atitude de médicos de Manaus. E, aliás, deveria investigar – talvez até com participação do Ministério Público – se médicos de outras regiões também estão adotando uma conduta profissional inadequada não só por se misturar com os interesses político-partidários deles, mas por prejudicar seus pacientes.
Por fim, resta saber, também, que atitude o prefeito tucano Arthur Virgílio tomou contra a servidora pública Patricia Sicchar, que se declarou médica da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus e organizou o movimento propondo “castração química” de eleitores do PT.
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