Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Mensalão: Lula e Dilma arrasam com o PSDB

CNT/Sensus: Lula teria 69,8% das intenções de votos contra Aécio; Dilma teria 59% dos votos.


O Conversa Afiada não acredita em pesquisas.

Publica-as para irritar os tucanos que nelas acreditam.

Com o merválico ataque do PiG (*) no mensalão e tudo, ainda assim, os dois maiores líderes do trabalhismo arrasam com os ilustres adversários da Privataria – e Privataria II – a obra que se seguirá do Amaury Ribeiro Júnior.

É o que demonstra a pesquisa da Sensus.

Que horror !

Saiu na Folha (**):

Se fosse candidato, Lula teria 70% das intenções de votos, diz CNT/Sensus



ERICH DECAT
DE BRASÍLIA

Se as eleições presidenciais de 2014 fossem hoje, o ex-presidente Lula teria 69,8% das intenções de votos segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta sexta-feira (3).

Em segundo lugar na pesquisa aparece o senador Aécio Neves (PSDB-MG) com 11,9% das intenções de votos seguido do governado de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 3,2%.

Num primeiro cenário apresentado pela pesquisa aos entrevistados apenas os nomes dos três foram postos como possíveis candidatos. Entre aqueles que não responderam ou que não votaria em nenhum dos três estão 15,2% dos entrevistados.

Num segundo cenário em que o nome de Lula é trocado pela atual presidente Dilma, ela também vence os outros dois possíveis concorrentes.

De acordo com a pesquisa, Dilma teria 59% dos votos contra 14,8% de Aécio e 6,5% de Eduardo Campos. Não souberam responder ou não votaria em nenhum dos três 19,7% dos entrevistados.

Se a disputa fosse apenas entre Dilma e Aécio, os números também são favoráveis à petista. Ela teria 63,8% contra 21,5% do tucano. Não souberam responder ou votariam branco/nulo 14,6% dos entrevistados

(…)



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Mídia esconde que maioria aprova cotas “raciais” nas universidades

Muitos se surpreenderão com este post já a partir do título porque o que revela vai de encontro à luta da elite branca brasileira e da mídia que controla para impedirem uma política pública que está revertendo situações esdrúxulas como a de médicos negros serem raríssimos no país, praticamente inexistindo em regiões como São Paulo.
As cotas para negros nas universidades são uma “política afirmativa” de inspiração norte-americana que está fazendo pela maioria dos brasileiros – que é negra ou descendente de negros – o mesmo que fez nos Estados Unidos, país em que negros ocupam muito mais cargos e profissões de maior prestígio e melhor remunerados.
Sempre aparece alguém que se surpreende com a informação de que a maioria dos brasileiros é negra porque este povo foi acostumado pela mídia a pensar que os brancos são maioria no Brasil, já que a televisão distorce a proporção de negros em novelas, telejornais e na propaganda, relegando-os ao esporte e à música.
Vale notar que é provável que os negros sejam muitos mais do que apenas 50%, pois alguns, para se livrarem do estigma da “raça” que faz o negro ganhar salários menores e ser preterido em empregos, declaram-se brancos. Como o Censo do IBGE se baseia em autodeclaração de etnia pelos entrevistados, a população negra deve ser ainda maior.
Esse fato explica outra realidade. Devido aos racistas se valerem de alguns poucos negros que superaram a discriminação, chegaram aos estratos de maior renda e passaram a defender pontos de vista do entorno social branco sobre questões como cotas “raciais” nas universidades, a impressão que fica é que nem os negros querem essa política pública, quando, em verdade, é exatamente o oposto.
A maioria esmagadora dos negros, para não dizer a quase totalidade deles, apóia as cotas “raciais” em universidades. E isso não é uma opinião, mas um fato apurado por algumas das raras pesquisas de opinião sobre o assunto que mostram que a maioria da população brasileira, que é negra, apóia as cotas com a colaboração de reduzido contingente de brancos.
O instituto de pesquisas de opinião Datafolha sondou a visão da sociedade sobre a política afirmativa de cotas para negros nas universidades durante raras oportunidades na década passada e constatou essa realidade que, aliás, é um dos fatores que sustentaram o apoio da maioria dos brasileiros ao PT ao menos nas últimas duas eleições presidenciais.
Pesquisas Datafolha levadas a campo em 2006 e 2008 detectaram, respectivamente, que 65% e 62% dos brasileiros apoiam cotas para negros em universidades públicas apesar de considerarem que tal política pública é humilhante e geradora de reações racistas, o que não impede essa maioria de considerar que cotas são a única forma de um contingente significativo de negros chegar ao ensino superior.
Alguns poucos negros adotaram os interesses dos brancos ao serem aceitos em seus círculos sociais após conseguirem cursar o ensino superior, formarem-se e ganharem dinheiro. E a mídia, que serve à elite branca que quer reservar vagas nas universitárias públicas (e gratuitas) aos seus filhos, instrumentaliza esses que esqueceram as origens.

Conar: Propaganda de cerveja terá de ser mudada


do Instituto Mídia Étnica , sugestão de Luana Tolentino
O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) determinou que o grupo responsável pela produção da Devassa altere o polêmico anúncio da cerveja Devassa Negra. Segundo o órgão, a propaganda continha informações e associações ambíguas de teor racista e sexista.  A decisão foi comunicada na última quarta-feira (29) à Ouvidoria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), em resposta ao processo instaurado e encaminhado pelo órgão ao Conar e ao Ministério Público.
Além de evidenciar o corpo da mulher negra, o conteúdo continha a seguinte frase: “É pelo corpo que se reconhece a verdadeira negra. Devassa negra encorpada. Estilo dark ale de alta fermentação. Cremosa com aroma de malte torrado”. O Conar entendeu que as infrações cometidas pela publicidade estão previstas nos artigos do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária.
Para o ouvidor da Seppir, Carlos Alberto de Souza e Silva Júnior, houve a propagação de veiculação de uma imagem deturpada da mulher negra. “A frase utilizada na peça associa a imagem de uma mulher negra à cerveja, reforçando o processo de racismo e discriminação a que elas estão submetidas historicamente no Brasil e que é caracterizado, entre outras manifestações, pela veiculação de estereótipos e mitos sobre a sua sexualidade”, considerou.

Atuação do Conar

O Conar é uma organização não governamental cujo objetivo é impedir a publicidade enganosa ou abusiva que cause constrangimento ao consumidor ou a empresas. O órgão é formado por publicitários e profissionais de outras áreas. A missão principal é o atendimento à denúncias de consumidores, autoridades, associados ou formuladas pelos integrantes da própria diretoria. Todas as denúncias passam pela avaliação do Conselho de Ética, com garantia de direito de defesa aos responsáveis pelo anúncio. Uma vez que seja confirmada a denúncia, a organização recomenda alteração ou suspensão completa da veiculação do anúncio.
Fonte –  Ibahia
Leia também:
Fátima Oliveira: Duvanier Paiva Ferreira morreu à míngua

quinta-feira, 1 de março de 2012

PHA: “Querem me pegar na calada da noite”

Malcolm não era !

O prezado amigo navegante Igor Felippe envia essa entrevista que o ansioso blogueiro deu em homenagem a Malcom X – clique aqui para ir ao vídeo em que Malcolm se refere aos negros da casa; e aqui para ler Marcos Rezende, que falou dos negros da Casa Grande.

Paulo Henrique Amorim: “Querem me pegar na calada da noite”


Jorge Américo

Da Radioagência NP


Paulo Henrique Amorim nega que houve condenação judicial e diz que combate à tese de que não existe racismo no Brasil motivou processo. Ele era acusado de racismo por Heraldo Pereira, da Rede Globo, pelo uso da expressão “negro de alma branca”.


Teve desfecho, no último dia 15 de fevereiro, um processo judicial iniciado em 2010, no qual o jornalista Heraldo Pereira acusava o colega Paulo Henrique Amorim de racismo. Após um acordo de conciliação, Amorim terá de se retratar publicamente por ter usado a expressão “negro de alma branca” para se referir ao repórter da Rede Globo, em um texto publicado no blog Conversa Afiada.


Além da retratação, Amorim doará R$ 30 mil para uma instituição de caridade e retirará do ar o texto que gerou o processo. Em entrevista à Radioagência NP, ele nega que tenha havido condenação judicial, como divulgado pela imprensa, e assegura que Heraldo Pereira reconheceu que não houve conotação racista em sua declaração.


Amorim explica que usou a expressão “negro de alma branca” para designar “os negros que se omitem diante da situação de minoridade e de inferioridade social e econômica da grande maioria da população negra brasileira”. Entre outras análises, Amorim interpreta a ação judicial como “uma reação daqueles que se sentem incomodados com sua postura de combate à tese de que não existe racismo no Brasil”.


Radioagência NP: Paulo Henrique, há muita especulação sobre o resultado da audiência. O que foi acordado de fato?


Paulo Henrique Amorim: Eu estou muito satisfeito com o resultado da audiência porque eu fiz várias concessões com um único objetivo: obter dele a declaração formal, a consideração formal, atestar que a expressão não foi usada nem no sentido ofensivo nem no sentido racista. Eu ganhei o que eu queria. Eu, o Heraldo, os nossos advogados e o juiz assinamos um documento, um termo de conciliação no qual ele reconhece, assina e atesta que eu não usei a expressão no sentido ofensivo nem no sentido racista.


Radioagência NP: Com que sentido você utilizou a expressão “negro de alma branca”?


PHA: Eu utilizei a expressão “negro de alma branca” no sentido de designar aqueles negros que não lutam pelos negros. Os negros que se omitem diante da situação de minoridade e de inferioridade social e econômica da grande maioria da população negra brasileira. São os “negros de alma branca” aqueles que se  esquecem da escravidão, do legado da escravidão. Esses são os “negros de alma branca”


Radioagência NP: Isto quer dizer que não houve condenação por racismo?


PHA: O que está acontecendo é uma utilização fraudulenta de uma notícia que surgiu originalmente no portal Terra, dizendo que eu tinha sido condenado. Não pode haver condenação numa ação que se encerra com o termo de conciliação. Se o réu e o autor da ação fazem um acordo, não há condenação – por definição.


Radioagência NP: Como você avalia a cobertura da imprensa, em geral, nos casos envolvendo racismo?


PHA: A imprensa cobre o racismo de uma maneira subserviente, de uma maneira leniente e finge que não vê, a tal ponto que o diretor de jornalismo da maior rede de televisão da América Latina escreveu um livro dizendo que nós “não somos racistas” e que é contra as cotas raciais nas universidades porque no Brasil não tem negro, no Brasil tem pardos. Logo, não precisa de cotas para negros. Ele dá o tom ideológico, político, doutrinário, é o guardião da fé dessa instituição.


Radioagência NP: Então, o alvo da tua crítica foi o diretor de jornalismo da Rede Globo?


PHA: Isso é um sentido muito claro do meu texto e o que está sendo julgado não é o fato de eu ser racista ou não. O que está sendo julgado é a minha liberdade de me exprimir para condenar as ideias desse nocivo pensamento que se encerra no livro desse pseudo-antropólogo chamado Ali Kamel. Eu me insurgi foi contra ele, contra esse livro “Não Somos Racistas”, e dei o Heraldo como o exemplo do negro que concorda com essa tese de que não há racismo no Brasil. O que ele [Heraldo] está tentando fazer é se utilizar de um artifício, de um malabarismo judicial, provavelmente com o apoio de algum ministro, alguma sumidade, que queira me pegar na calada da noite da Justiça. E isso não vai acontecer.


De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.


29/02/12


Confira o texto que selou o acordo de conciliação entre os jornalistas Heraldo Pereira e Paulo Henrique Amorim:


“RETRATAÇÃO DE PAULO HENRIQUE AMORIM CONCERNENTE À AÇÃO 2010.01.1.043464-9 , que reconhece Heraldo Pereira como jornalista de mérito e ético; que Heraldo Pereira nunca foi empregado de Gilmar Mendes; que apesar de convidado pelo Supremo Tribunal Federal, Heraldo Pereira não aceitou participar do Conselho Estratégico da TV Justiça; que, como repórter, Heraldo Pereira não é e nunca foi submisso a quaisquer autoridades; que o jornalista Heraldo Pereira não faz bico na Globo, mas é empregado de destaque da Rede Globo; que a expressão ‘negro de alma branca’ foi dita num momento de infelicidade, do qual se retrata, e não quis ofender a moral do jornalista Heraldo Pereira ou atingir a conotação de ‘racismo’.”

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Serra vai para o Canadá!


Serra lamentou a falta de reconhecimento por trabalhar muito, competir 
honestamente, orgulhar-se de gerar empregos e não ter vergonha da riqueza
HIGIENÓPOLIS - Após anunciar que não vai disputar a prefeitura de São Paulo, José Serra declinou de participar da minissérie Brado Retumbante. "Cansei de atuar. Vou para o Canadá", limitou-se a dizer a assessores próximos.

Fontes da TV Globo chegaram a afirmar que o político ensaiava um tom didático e professoral para o personagem presidencial quando Ricardo Waddington anunciou que as pesquisas com o público apontavam para outro perfil - precisava ter sotaque mineiro.

Sérgio Guerra, presidente do PSDB, afirmou que José Serra ficará em Vancouver "até o PSDB se reerguer ou a próxima Era Glacial chegar. O que acontecer primeiro".

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Professor de Princeton diz que Obama é negro de alma branca



  

Prof. West, quando o negro ainda não tinha branca a alma

Obama é o mascote negro dos oligarcas.

Um fantoche dos grandes empresários.

À sua escolha :
http://www.youtube.com/watch?v=a-K4rUeNAGE&feature=related

O professor Cornel West é infatigável defensor da causa dos negros americanos.

Está longe de ser mascote, fantoche ou negro de alma branca, aquele tipo que, negro, não milita ou combate a favor dos negros.

Daqueles negros que são contra as cotas raciais nas universidades.

Como o juiz negro da Suprema Corte americana, Clarence Thomas, cuja mulher dirige movimentos associados ao Tea Party.

Quando era professor de Harvard, West escreveu um importante livro em parceria com o colega Mangabeira Unger (em Harvard, levam Mangabeira a sério; no Brasil, ele não fez por merecer o tratamento).

O livro é uma agenda progressista para os Estados Unidos.

(Mangabeira tem a mania de governar o mundo – e o Brasil. Ele é autor do famoso “Manga-Bacha”, em parceria, com quem, hoje, se inclina para o movimento religioso neolibelê: Edmar Bacha.)

West teve a ousadia de enfrentar o todo-poderoso reitor de Harvard, Larry Summers.

Summers tinha sido Ministro da Fazenda do Governo Clinton e ajudou a desmontar – com o jenio Alan Greenspan – o sistema de regulação dos bancos.

Depois, Summers foi assessorar Obama e deu no que deu.

Summers é um dos protagonistas do filme “Inside Job” (Trabalho por Dentro), que trata os patifes de Wall Street pelo que são: patifes.

Nesta quinta-feira, saiu na Folha (*), pág. 2:

KENNETH MAXWELL

Raça e Obama

O presidente Obama recebeu, recentemente, críticas muito severas do professor Cornel West, da Universidade Princeton. Professor de religião e estudos afro-americanos, ele apoiou Obama em sua campanha presidencial e discursou em defesa de sua candidatura no Apollo Theater, no Harlem, em Nova York.

Mas, em abril, alegou que Obama se havia transformado em “um mascote negro dos oligarcas de Wall Street e um títere negro dos plutocratas corporativos, e agora se tornou comandante da máquina de matança norte-americana, e se orgulha disso”.

West, conhecido filósofo, ativista e palestrante negro, decerto não representa a opinião da maioria dos negros norte-americanos.

Mas West é uma voz significativa entre os negros. Ele diz que Obama, o primeiro presidente negro do país, tem “medo dos negros livres” e “predileção por brancos e judeus”.

Mas ele está certo sobre uma coisa. A eleição de Obama não tornou a vida mais fácil para a maioria dos negros nos EUA. Os de classe média continuam singularmente otimistas quanto ao futuro, mas 40% das crianças negras do país vivem na pobreza.

Ainda que os negros representem 12,9% da população, só 1,9% da cobertura noticiosa os têm por foco …


Este post é uma singela homenagem a Ali Kamel, que escreveu o livro “Não somos racistas” para condenar as cotas raciaias.
Presta também singela homenagem a um repórter da Globo que processa este ansioso blogueiro e conta com a ajuda – na qualidade de “isenta” testemunha – do ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (**).
O acima não-citado faz uma pirueta para processar o ansioso blogueiro por “racismo”.
Já o ex-Supremo Presidente Supremo não surpreende.
Tem o hábito de tentar censurar a imprensa pela via judicial.
E perder.
Já perdeu para este ansioso blogueiro.
E para o Leandro Fortes e a Carta Capital.
Ele só ganha – todas – no PiG (***).
O acima não-citado repórter será – mesmo com a isenta testemunha – devidamente derrotado, no momento em que a Justiça se pronunciar.

em tempo: amigo navegante: passa pela cabeça de alguém que o Obama ocupe o aparelho da Justiça e processe West por “racismo” ? Mal comparando …

Clique aqui para ler as 37 ações contra este ansioso blogueiro e apreciar a edificante galeria do “Diz-me quem te processa e dir-te-ei quem és”.

Paulo Henrique Amorim
*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews  e da CBN se refere a Ele.

(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

“CPMF” de rico vem aí. Metrô do Cerra vai fechar

 





Saiu no Valor, pág. A7:

“Financiamento da saúde opõe PT a PMDB”

Petistas são favoráveis à criação da Contribuição Social da Saúde (CSS) para financiar a Emenda 29 que trata da Saúde e pemedebistas são contra.

O “imposto do cheque” só não foi aprovado ainda na Câmara por causa de um destaque do DEMO, que tira a base de financiamento do tributo.


A CPMF caiu no Senado com um trabalho generoso do Farol de Alexandria (que a criou em seu Governo), do então líder dos tucanos Arthur Virgilio Cardoso (que disse que ia dar uma surra no Lula e perdeu a eleição para o Senado, no Amazonas) e o presidente da FIE P (*).
Foram esses três que tiraram o remédio da boca das crianças.
Foi a maior vitória dos DEMO-tucanos contra o Nunca Dantes no Congresso.
E não se vê um único DEMO ou tucano se vangloriar de tal feito.
O Padim Pade Cerra (des)governava São Paulo e realizou algumas obras inesquecíveis.
O Robanel dos Tunganos, com a ajuda providencial do Paulo Preto.
E o metrô, que o Ministério Público estadual quer mandar fechar (leia o Em tempo).
O Padim sabia que a CPMF era necessária ao seu próprio Governo.
E ficou em cima do muro.
Rico no Brasil não paga imposto, como demonstrou no Tijolaço o Fernando Brito.
Rico no Brasil paga menos imposto que nos Estados Unidos.
O mega-rico Warren Buffett escreveu no New York Times que era uma vergonha: que rico americano tinha que pagar mais imposto.
Aqui, vai pagar.
A Emenda 29 vai ser aprovada com uma “CPMF só para rico”.
Até para que a Receita Federal e a Polícia Federal possam localizar o “bahani”, como se diz em São Paulo, o “por fora”.
Com o fim da CPMF, por obra do Farol, do Virgilio (vou dar uma surra no Lula) e do presidente da FIE P, ficou mais fácil lavar o “bahani”.



Em tempo: segundo a Folha (**), na pág. C5, Ministério Público Estadual pediu o fim do contrato do metrô do Governo Cerra.

Existe um “vício de ilegalidade” na licitação da obra da linha 5-lilás.

Um dia antes da abertura da “licitação”, em 20 de abril de 2010, o repórter Ricardo Feltrin anunciou quem ia ganhar a “licitação”.

A Folha (**) mostrou que se conheciam os vencedores SEIS MESES antes de abrir os envelopes.

Esse  Padim …


Paulo Henrique Amorim


(*) Este Conversa Afiada chama a FIESP de FIE P. Sem o “s”. É uma tentativa de identificar o verdadeiro propósito da campanha da FIE P contra a CPMF. Apagar o “S” de “$”.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Breivik ‘mora’ em Higienópolis e odeia ‘gente diferenciada’


Além da diferença óbvia quanto a métodos, alguém sabe explicar a diferença ideológica entre o terrorista norueguês Anders Behring Breivik e os três mil moradores do bairro paulistano de Higienópolis que não querem dividir espaços públicos do seu bairro – que bem poderia ser um Estado ou um país – com “gente diferenciada”?
Tenho visto pessoas que reconheceram o “direito” dos moradores do bairro paulistano de não quererem pessoas “diferenciadas” onde vivem criticarem Breivik por exigir o mesmo “direito”. No fundo, portanto, é tudo a mesma coisa: o incômodo com pessoas de outras etnias, de outros credos, nascidas em outras partes, é o mesmo.
Ah, mas alguém dirá que Breivik é racista porque criticou a miscigenação no Brasil. É mesmo, é? Então ele é diferente, por exemplo, dos paulistanos de classe média alta – e, sobretudo, dos ricos – dos bairros nobres de São Paulo que chamam nordestinos (negros e mestiços) de “baianos” e que os dizem “raça indolente e burra”?
Alguém aqui tem a coragem de negar que, durante a vida, conheceu várias pessoas do Sul e do Sudeste do Brasil – não só, mas principalmente – que chegam a pregar que não se dê emprego a “baianos” ou “paraíbas” porque pessoas que cabem nesse preconceito não seriam confiáveis, não teriam inteligência ou não gostariam de trabalhar?
Cena meio recente: durante comemoração do aniversário de uma moça de classe média em um amplo apartamento de um bairro nobre de São Paulo, grupo de sete pessoas (três homens e duas mulheres de meia idade, uma jovem e uma mulher idosa) conversam sobre separatismo. Isso mesmo: querem separar o Estado do resto do país.
A garota diz que não suporta “baianada”, ao que os mais velhos aderem. “Baianada” seriam os costumes de qualquer nordestino descendente de negros, sobretudo se tiver sotaque pronunciado. Fala-se da cultura (música, forma de se comunicar, gosto por roupas), mas não só. Sobretudo, falam sobre degenerescência genética.
Faça um teste: procure se lembrar de onde já leu ou ouviu “idéias” como a do extremista norueguês de direita Anders Breivik sobre etnias (cor da pele e traços físicos) ou sobre a cultura de outro povo.
Reflita: o demente europeu, ao dizer que a “mistura de raças” no Brasil é responsável pela nossa suposta “falta de coesão interna”, mentiu? Não é verdade que setores da sociedade brasileira não aceitam conviver ou sequer dar emprego a “baianos”, a “paraíbas” ou a “veados”?
Qual é a diferença entre Breivik e a deputada carioca Myriam Rios, que exibiu outra das características do congênere ideológico europeu, a homofobia, pregando que se neguem empregos a homossexuais? Quantas pessoas por aqui, da mesma forma que Breivik, concordaram, sobretudo na internet, com o “perigo gay” dito pela deputada?
Não é verdade que há falta de coesão no Brasil entre a etnia indo-européia, de um lado, e, por exemplo, a afro-brasileira de outro lado? Não é verdade que há uma intolerância aberta e assumida à orientação homossexual igualzinha à de Breivik?
Sim, resta a diferença de que a maioria desses setores da sociedade brasileira não transforma seus preconceitos contra “gente diferenciada” em ações violentas. Todavia, a maioria não é o todo, ou seja, há uma minoria capaz de ações como a do terrorista noruguês, no Brasil. E, apesar de ainda agir em baixa escala, age.
É provável que alguém como o psicopata norueguês que viva em Higienópolis e odeie “gente diferenciada” tenha assinado o manifesto dos moradores do bairro pedindo que o Estado não construísse uma estação de metrô ali para não atrair esse tipo de gente. Será então que Breivik mentiu sobre falta de coesão interna no Brasil?
Ele apenas constatou o preconceito de setor minoritário da sociedade brasileira que separa etnias e culturas, pois todos sabem onde negros, homossexuais e nordestinos não entram.  A solução é a lei ser dura com pessoas como aqueles três mil moradores de Higienópolis que, como Breivik, odeiam “gente diferenciada”.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Estudo diz que Lula superou FHC e reconhece herança maldita



Colunistas da grande imprensa andaram compondo odes ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (18 de junho de 1931) por conta da comemoração dos seus bem vividos oitenta anos. Alguns textos foram constrangedoramente bajuladores. Esses mesmos colunistas, porém, tratam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com desdém e ironia.
É hora de colocar os pingos nos is. Os colunistas da imprensa ubilicalmente ligada ao projeto de poder do PSDB – ou de seus caciques de cocares mais empenados – podem fazer as suas escolhas políticas, mas precisam parar de mentir ao negarem que o governo Lula foi melhor do que o de FHC e que este legou àquele uma herança maldita.
Para comprovar o que digo, valer-me-ei de fonte desses colunistas. No caso, a fonte é de uso do colunista de O Globo – e mais novo “imortal” da Academia Brasileira de Letras – Merval Pereira, que assina hoje (22/6), naquele jornal, artigo em que dá conta de Estudo institulado “Redução da desigualdade da renda no governo Lula — Análise comparativa”, do professor Reinaldo Gonçalves, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Como faz, ininterruptamente, há anos, o colunista de O Globo se vale de parte daquele estudo para induzir o leitor a acreditar em premissas de um dos dois estudos de que trata este artigo que mostrariam que não houve nenhuma grande distribuição de renda durante o governo Lula e que a que ocorreu teria feito parte de um processo mundial em que o governo anterior “surfou”.
Eis o que interessa do artigo “Desigualdade persiste”, de Merval Pereira:
(…) O Brasil experimenta melhora apenas marginal na sua posição no ranking mundial dos países com maior grau de desigualdade, entre meados da última década do século XX e meados da primeira década do século XXI, já que sai da 4ª posição no ranking mundial dos países mais desiguais para a 5ª posição.
No conjunto dos países que mostram melhores resultados quanto à redução da desigualdade, o Brasil ocupa a 3ª posição, atrás da Venezuela (projeto de orientação socialista) e do Peru (projeto liberal), o que demonstra que os programas sociais não encontraram barreiras ideológicas à sua execução (…)
Merval, como de costume, conta parte da história. Para julgar por si mesmo, o leitor que se sentir preparado para julgar um texto acadêmico complexo, poderá lê-lo clicando aqui. O texto, porém, incorre em um erro básico: ignora os resultados sociais obtidos pelo governo Lula, apesar de reconhecer que a comparação dos resultados tem que obedecer às condições objetivas de cada governo.
Mas, de fato, a conclusão do estudo usado por Merval Pereira é a de que tanto o governo FHC quanto o governo Lula foram fracos em termos de crescimento econômico, o que fez com que a redução da concentração de renda tenha tido desempenho insuficiente nos governos dos dois ex-presidentes, ainda que com larga vantagem para Lula.
O uso desse estudo por um dos que mais se derramaram em declarações de amor pelo ex-presidente tucano por si só derruba qualquer contestação a outro estudo do mesmo acadêmico da UFRJ que produz algumas conclusões que esses colunistas negam reiteradamente, como as de que o governo Lula foi melhor do que o de FHC e de que este legou àquele uma legítima herança maldita.
O estudo “Análise Comparativa do governo Lula – resultados e metodologia”, de autoria do mesmo professor Reinaldo Gonçalves e divulgado em 28 de abril de 2010, não alivia para governo nenhum. Mas, quando chega na comparação entre os governos FHC e Lula, tem que reconhecer que, apesar dos resultados insuficientes dos dois, o de Lula foi melhor. E que poderia ter sido melhor se não fosse a herança que recebeu.
Eis a comparação pura e simples dos dois governos no ranking dos que melhores resultados obtiveram:
(…) O governo FHC ocupa a 28ª posição e o governo Lula a 23ª posição em um conjunto de 29 governos. Vale notar que o governo FHC é o segundo pior da história republicana (só perde para o governo Collor). No conjunto de 6 indicadores o governo Lula tem melhor desempenho que o governo FHC em 5 indicadores (…)
(…) Em defesa do governo Lula pode-se argumentar que parte expressiva do seufraco desempenho decorre da “herança negativa” do governo FHC derivada, principalmente, do desequilíbrio das finanças públicas (…)
A íntegra do estudo que este blog contrapõe ao estudo usado por Merval Pereira pode ser lida aqui.
Como já disse, nenhum dos dois estudos pega leve com governo nenhum. Aliás, ambos são injustamente duros com o governo Lula porque desconhecem um fator crucial, os resultados tanto da distribuição de renda quanto da redução da pobreza ou do crescimento exponencial da influência do Brasil no cenário internacional são solenemente ignorados.
Contrapondo-se os dois estudos com os dados do IBGE, vê-se que, apesar de a redução da desigualdade ter sido apenas mediana em relação ao mundo, dentro da realidade brasileira foi a maior ocorrida nos últimos cinqüenta anos, conforme pode ser constatado no artigo IBGE explica por que a elite odeia Lula, publicado neste blog no mês passado. Jamais houve distribuição de renda igual no período que vai de 1960 a 2010.
Além disso, há que se levar em conta a conjuntura mundial durante a era Lula. FHC recebeu um país com a economia arrumada, ainda que ele tenha sido o responsável por essa arrumação ao fim do governo Itamar Franco, enquanto que Lula recebeu um país altamente fragilizado, sabotado incessantemente pela grande mídia e pela oposição e que enfrentou a maior crise econômica mundial dos últimos oitenta anos.
De qualquer forma, se a coalizão político-midiática que Merval Pereira integra quer usar os dados do professor Reinaldo Gonçalves, certamente tem que endossar as conclusões dele de que o governo Lula foi melhor do que o de FHC e de que este legou uma herança maldita àquele… Certo?