Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Comentarista da Globo News ameaça Dilma antes do debate da Record


No final da tarde de domingo, poucas horas antes do debate entre Dilma Rousseff e Aécio Neves na TV Record, mais uma vez um jornalista da Globo atuou descaradamente a serviço do candidato tucano contra a candidata petista. Para variar.
Gerson Camarotti, comentarista político da Globo News e repórter especial do Jornal das Dez, da mesma emissora, divulgou informação surpreendente: Aécio teria recebido do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) “relatório detalhado” com o conteúdo das delações premiadas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.
Segundo supostos “relatos” que o jornalista teria recebido, haveria no tal “relatório” um “tópico específico” em que integrantes da cúpula petista seriam citados como “participantes de esquema de desvio de recursos da estatal”.
A partir daí, Camarotti enviou um recado a Dilma e à sua equipe:

Aécio decidiu guardar esse relatório como uma munição reserva para o terceiro debate entre os presidenciáveis, que acontece hoje à noite. E vai usá-lo caso haja golpe abaixo da cintura preparado pela campanha da petista Dilma Rousseff, candidata à reeleição
A informação, se confirmada, constituiria um escândalo. Como Aécio poderia ter recebido dados que Dilma vem pedindo à Justiça e que esta tem lhe negado?
E o pior: quem, na Polícia Federal ou na Justiça ou no Ministério Público, faria um relatório com tópico específico contra o PT e, o que é mais grave, entregaria ao adversário de Dilma na disputa eleitoral?
Se Aécio tivesse sacado tais informações durante o debate, teria sido um escândalo. Por certo daria curso a um inquérito policial para descobrir quem, na PF, na Justiça ou no MP, entregara a Álvaro Dias documentos sigilosos, sob evidentes intenções políticas.
Aconteceu o debate da Record e Aécio não denunciou coisa alguma. Ora, se tivesse dados comprometedores contra o PT, por que não derrubar Dilma no debate apresentando-os publicamente?
De posse de tais informações, teria vencido facilmente o debate. Dilma não teria o que responder. E mais: esses dados, hoje, ocupariam as manchetes de toda imprensa, gerando forte desgaste para o PT a poucos dias da eleição em segundo turno.
O que aconteceu com Aécio? Por que não usou os dados?
Até prova em contrário, o que se pode deduzir é que Aécio não recebeu relatório algum de Álvaro Dias. Ou alguém acredita que, tendo informações prejudiciais à adversária, ele não usaria?
A postagem de Camarottí soa mais como ameaça a Dilma para que fosse ao debate sob pressão. Contudo, segundo avaliação da ultra tucana Eliane Cantanhêde, da Folha de São Paulo e da mesma Globo News, a intimidação contra Dilma não funcionou. Ela estaria “serena”.

Sim, Dilma estava serena e confiante, como diz a colunista tucana. Talvez por saber que as pesquisas CNT/MDA, Datafolha e Vox Populi de hoje mostrariam que ela está ultrapassando Aécio.
Aliás, a 125ª pesquisa CNT/MDA, divulgada na manhã desta segunda-feira (20), mostrou Dilma com 50,5% dos votos válidos e Aécio, com 49,5%. Por a CNT ser controlada pelo ex-vice de Aécio no governo de Minas, Clésio Andrade, a pesquisa é um ótimo sinal. Para Dilma.

Por que Aecínico suava tanto? O que perdeu a eleição também se achava o Machão do pedaço; no caso, da Califórnia…


Debate Recorde: Aécio saiu menor do que entrou; Dilma, com elevado domínio dos temas, foi implacável na pontuação de diferenças e comparação de resultados;um ponto alto foi a defesa da Petrobrás, quando acusou claramente a prática tucana de desmerecer, denegrir e desvalorizar estatais para depois privatizar; vocês venderam ações da Petrobrás a preço de banana.


Debate Recorde: Dilma levou Aécio às cordas várias vezes,nas comparações entre governos do PSDB e PT; vocês fizeram 11 escolas técnicas; nós, 422

Debate Recorde : Dilma emparedou Aécio no caso do baixo investimento na área da saúde em Minas; ao ler a denúncia de um desembargador do estado, acusou o tucano de computar vacina em cavalo como investimento em saúde.



Kennedy sorria e o Aecínico, também chamado de Nixon, suava em bicas



Quem assistiu ao debate na Record percebeu alguns traços no rosto do Aecínico.

Apertava os olhos a tal ponto que parecia ser míope.

Os lábios também se cerravam com força.

E ele suava.

Tinha a barba espessa, fechada, escura, e o suor reforçava a impressão de estar cansado, tenso e com medo.

A barba, a expressão fechada e o suor o transformaram em Richard Nixon – que ele provavelmente não sabe quem foi.

Richard Nixon foi vice de Eisenhower e concorreu à eleição de 1961 contra um jovem milionário, bonitão, John Kennedy.

Nixon fez a carreira como anti-comunista feroz e inescrupuloso – tinha o apelido de “Tricky Dicky” (“Dick”é o apelido de Richard) – Ricardinho Pilantra.

Seria um nosso Aecínico, que desviou verba da Saúde e da Educação, que não usou o bafômetro e deu a chave do aeroporto ao titio ?

O nosso Tricky Aécio faz carreira no anti-comunismo, contra o Porto de Mariel e ameaça invadir a Bolívia para erradicar a cocaína que os coxinhas do Leblon e de Higienópolis consomem.

A eleição de 1960 dos Estados Unidos foi a primeira a realizar um debate entre candidatos a Presidente.

Foram quatro debates, e o decisivo, que deve ter dado a vitória a Kennedy foi o primeiro.

Tricky Dicky chegou em cima da hora, porque estava em campanha.

(O Aecínico passou o dia na Zona Sul do Rio, ovacionado pelos coxinhas lacerdistas…)

Nixon não fez a barba à tarde.

O debate foi à noite.

E se recusou a usar maquiagem …

Era o Machão da Califórnia…

Do outro lado, o bonitão, queimado de praia, sorridente.

Tricky Dicky se saiu tão mal, que , ao final, a mãe lhe telefonou para saber se ele estava doente.

Quem sabe o mesmo não aconteceu com o nosso Tricky, ontem (19/10), num telefonema da Mamãe ou da Irmãzinha da SECOM ?

O debate foi produzido por “Don” Hewitt, que, em 1968, lançou o programa “60 Minutes”, que está no ar até hoje, no início das noites de domingo da CBS, como um campeão de audiência.

“Don” inventou a tela dividida, a “split screen”, para mostrar os dois e isso foi fatal para o Aecínico (quer dizer, Nixon).

De um lado, a confiança, a certeza, a exuberância; de outro, os olhos apertados e o suor …

O suor.

“Don” dizia que o mais importante num programa de jornalismo da televisão é o texto.

E, não, a imagem.

O “60 Minutes” está aí para provar que ele sabia das coisas.

Mas, num debate de candidatos a Presidente, a imagem vale mil palavras.

Ainda mais se um dos candidatos sua …

E aperta os olhos…

E os lábios…

Em tempo: Kennedy morreu assassinado. Nixon, eleito mais tarde, saiu da Casa Branca fugido da Polícia; e “Don” morreu em 2009, aos 87 anos.


Paulo Henrique Amorim

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Pesquisas qualitativas mostraram que Dilma ganhou o debate da TV Record

Dois episódios nos bastidores do debate na Record:

1) Indio da Costa (DEM-RJ), candidato a vice na chapa presidencial tucana, acompanhando o debate, comentou nos corredores da emissora, sobre o desempenho de José Serra (PSDB): “Não está indo bem”, afirmou contrariado. “Estão fazendo pesquisa qualitativa. Na hora em que ele [Serra] fala, dizem: ‘O filho da … não responde’”, emendou o vice. (Do portal Ig)

2) A jornalista Conceição Lemes (do Viomundo), levantou a informação de que pesquisas qualitativas , feitas pelo PT durante o debate, indicaram que Dilma ganhou o debate. Não foi a melhor performance, mas o suficiente para ganhar dos outros.

Comentário:
Debates na TV, com 1 ou 2 minutos para falar de cada pergunta, exigem mais cálculo do fígado. Dilma foi calculista. Pautou suas falas nas agenda positiva do governo: 14,5 milhões de empregos, ProUni e Reuni, política de valorização real do salário mínimo todo ano, sucesso da Petrobras na capitalização para o pré-sal, defesa do governo Lula.

Ela poderia ter trucidado os adversários nas respostas da agenda negativa que perderia o debate, porque a pauta do debate para os outros dias da semana seria a agenda negativa.

Pode não ser do jeito que a gente gosta, mas é assim que funciona quando se lida com uma imprensa demo-tucana traiçoeira e golpista a espera de qualquer coisa que possa deturpar.

Marina foi beneficiada pela melhor exposição e por perguntas mais confortáveis, mas não conseguiu produzir uma boa agenda positiva, pelo contrário despertou desconfianças em como seria de fato um governo dela. O mais grave é que caiu do muro da terceira via para demarcar seu território no campo de oposição ao governo Lula. Pode ter ganho votos anti-lulistas num primeiro momento, mas angariou desconfiança e antipatia do eleitor lulista, que poderia vê-la como terceira via. No "day-after" do debate, ou seja, nos dias seguintes, tende a perder mais do que ganhou.

Onde Dilma pode melhorar no debate da Globo?

Não tenho acesso a pesquisas qualitativas, mas pelo "feeling" acredito que Dilma cresce quando começa suas respostas matando o assunto já na primeira frase, e gastando o resto do tempo com argumentação. Foi assim na resposta a Marina Silva (neste vídeo aqui).

Quando ela começa com algo como um Não ou com um Sim (conforme o caso), diante de uma provocação de denúncia ou questionamento, enche de confiança o telespectador.

Quando a resposta começa com argumentações, para só concluir o Sim ou o Não no final, a mensagem perde a força.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dilma participa de debate na TV Record

Quer dizer que o jenio ia virar nos debates …



    Publicado em 27/09/2010
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Na foto, o que o Serra pensava que era
O jenio é mais preparado.

O jenio se expressa melhor.

O jenio tem biografia.

O jenio fez os genéricos, acabou com AIDS, inventou a penicilina, fez o mutirão da próstata, acabou com a peste negra, é engenheiro, economista, editorialista da Folha, especialista em cálculo de porcentagem, o mais consistente, construiu a torre Eiffel, professor da Unicamp, instalou o bondinho do Pão de Açúcar, autor dos livros do David Ricardo, social-democrata, salvou as APAES, desalagou o Jardim Romano – o jenio é um gênio.

Como em 2002, ele ia para o debate da Record, o decisivo, para destroçar a Dilma.

Ia ser impiedoso, fulminante, contundente, feroz, incontrastável  – um Russel Crowe do “Gladiador” combinado com Winston Churchill.

Aí, começou o debate.

Primeiro, a fotografia.

Como diz o Zé Simão, mais importante que a entrevista é a foto.

E o jenio está um caco.

Exausto.

As olheiras se aproximam das gengivas.

Está mais cansado que professor de escola pública de São Paulo.

Este ordinário blogueiro desconfia que ele começa a ter um problema de audição.

No dia 4, ele deveria dar um pulo num Otorrino.

Ele parece o Nixon daquele debate com o Kennedy.

Deus lhe beijou na testa, e concedeu a oportunidade de abrir o debate com a primeira pergunta.

Pelos cálculos (sempre falhos) deste ordinário blogueiro, àquela altura o IBOPE deveria estar na casa dos 15 pontos.

Pau a pau com o Fantástico.

O Serra ia falar para uma audiência gigantesca.

Um público capaz de levá-lo, com sua precisão de raio laser, ao primeiro lugar no Datafalha.

Era bater o pênalti aos 45 minutos do segundo tempo, com o goleiro adversário manco, prostrado ao chão num canto da trave.

Era só correr para o abraço.

A jenialidade se encontrava com a Fortuna.

Aí, o jenio começa.

“Plinio” – ele, jenial, ia interpelar o não-candidato.

Ia fazer escada nas costas do Plínio e subir a rampa do Planalto de costas, tal a oportunidade que se abria à sua frente.

Deus é paulista !

Aí, veio a pergunta jenial: sobre o Irã.

Lá em Marechal, onde este ordinário blogueiro estudou as primeiras letras, o Irã, careca, de pernas tortas, joga um bolão no time dos “casados”.

O Irã.

Agora a Dilma não valia um fósforo queimado.

O Irã que ameaça a Mooca, com uma bomba atômica muti-fásica, pluri-letal. 

Quem mandou ousar competir com o jenio ?

O Irã !

Como a Dilma não tinha pensado nisso ?

E o Irã, Plínio ?

Aí, o Plínio virou o Russel Crowe.

Deixa de ser hipócrita, Serra.

Quer dizer que o Irã não pode ter bomba atômica, mas os Estados Unidos e Israel podem.

Te manca, Serra.

E o Serra foi reduzido à condição de …

O Serra virou … o Serra.

Isso foi aos 5’ do primeiro tempo.

Daí em diante, as olheiras desabavam, a cada bloco.

O jenio perdeu o caminho de casa.

Não dizia mais coisa com coisa.

Até a Bláblárina Silva ousou desmoralizá-lo.

Quando chove, cai uma tempestade, dizem os americanos.

A tempestade foi uma posição que o jenio adotava e fazia com que a iluminação aplicasse uns traços verticais escuros, abaixo das olheiras.

A fotografia é tudo …

No ponto mais alto da audiência, quando o jenio ia destruir a Dilma, ele confirmou o que o grande amigo Fernando Henrique Cardoso preferiu dizer em inglês: bye-bye Serra forever.

Quem nasceu para José Serra não chega a Carlos Lacerda.

O futuro do Brasil está nas mãos do Ali Kamel.

Paulo Henrique Amorim