A BBC publica hoje uma reportagem dizendo que “mal tinha sido digerido o resultado do plebiscito que decidiu pela saída da Grã-Bretanha da União Europeia (UE) e começaram a pipocar nas redes sociais relatos sobre episódios de racismo e xenofobia” por toda a Inglaterra (Inglaterra, mesmo, porque Escócia e Irlanda não queriam sair a União Europeia).
É curioso o cinismo dos ingleses.
Logo eles a reclamarem de estrangeiros na Corte.
Espalharam a “Union Jack”, a bandeira do Reino Unido (meio que à força), por todas as latitudes e longitudes como império colonial.
Uma rápida listinha, na Wikipedia das colônias e ex-colônias inglesas (e acho que está faltando) : Austrália, Birmânia;Basutolândia;Borgu;Bornéu ;Camarões;Ceilão;Chipre;;Colónia de Áden;Colônia de Fiji; Colónia de Natal;Colônia de Singapura;Colônia do Rio Orange;Colônia de Roanoke; Guiana; Hong Kong; Ilhas Gilbert e Ellice;Índia ; Malásia; Nigéria; Áden; Uganda;;Quênia; Córsega ;Egito; Rodésia; Rio Orange;Papua;Territórios Árticos Britânicos;Trinidad y Tobago; Kuwait.
Fora, claro, as 13 colônias norte-americanas.
Como disse em seu blog o coleguinha Fernando Molica:
“No fim das contas é mais simples definir os culpados – os imigrantes e a política que permite a chegada de tantos deles. É quase um paradoxo: a adoção sistemática de políticas conservadoras viabiliza uma saída ainda mais conservadora e excludente. Nenhuma novidade, a história está cheia de exemplos de busca de saídas fáceis, quase todas pela extrema direita.”
A mídia mundial, porém, não se descolonizou.
Sobre isso, busquei um vídeo muito interessante, capaz de fazer a gente pensar, do comediante Aamer Rahman, australiano e com pais de Bangladesh, sobre o que poderia ser, mas não é, “racismo reverso”.
Assista. Nada como se colocar no lugar do outro para entender a realidade.
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