Lula diz vai participar todos os dias do programa de TV de Dilma
Agência Brasil
Lula disse ainda que “os capitalistas” brasileiros nunca souberam conduzir a economia do país. “A elite não sabia o que era capitalismo. Precisou que um metalúrgico socialista chegasse ao poder para ensinar a fazer capitalismo neste país. Nós dissemos para o FMI [Fundo Monetário Internacional] que estávamos cansados de gritar 'fora FMI'. Devolvemos US$ 16 bilhões para eles e hoje eles nos devem US$ 14 bilhões que nós emprestamos para ajudar a salvar da crise as economias dos Estados Unidos e da Europa”.
“A mesma elite que levou Getúlio Vargas a dar um tiro no coração, matou Jânio Quadros e fez João Goulart renunciar. Eu disse a essa elite que eu não estarei no gabinete lendo o jornal deles, mas na rua, com o povo brasileiro que vai decidir o destino desse país”.
O presidente disse que sempre acreditou que Dilma iria construir um leque de alianças até maior do que ele conseguiu reunir nas suas campanhas de 2002 e 2006. “Dilma tem apoio de todas as centrais sindicais, da União Nacional dos Estudantes (UNE), dos estudantes secundaristas, de todas as conferências e movimentos. Eu vejo que ela continua construindo esses apoios”.
Lula disse que o PT gaúcho deve continuar com a política de alianças. “O PT aqui começou a perder quando começou a adotar uma postura de autosuficiência e de pouca humildade. Estou alegre de ver o nosso querido Collares [ex-governador pelo PDT] fazendo campanha para a Dilma e para o Tarso Genro”.
Pela primeira vez, Lula discursou depois de Dilma, que se mostrou mais descontraída no comício em Porto Alegre do que em eventos anteriores de campanha. Lula também buscou valorizar a mulher e disse que quem sabe “gerar, parir e administrar” outro ser humano terá sensibilidade suficiente para conduzir o país. “Gerir esse país não pode ser apenas com a sabedoria da cabeça. Tem que misturar a sabedoria da cabeça com a sensibilidade do coração”.
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