247 - Responsável maior pela transformação do Brasil numa república bananeira, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é alvo de uma nova denúncia às vésperas do golpe, que será votado no domingo 17.
O empresário Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, revelou em delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato, que as empresas ligadas à construção do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, teriam que pagar R$ 52 milhões em propinas [cerca de ou 1,5% do valor total dos Certificados de Potencial de Área Construtiva (Cepac)] a Cunha.
O delator entregou aos investigadores um planilha revelando 22 depósitos que somam mais de US$ 4,6 milhões e que teriam sido efetuados em contas indicadas por Cunha entre agosto de 2011 e setembro de 2014. Somente a Carioca Engenharia teria que desembolsar R$ 13 milhões, conforme aponta reportagem publicada no blog do jornalista Fausto Macedo, do Estadão.
O empresário afirmou que "em nenhum momento Eduardo Cunha lhe disse que as contas eram de titularidade dele", mas assegurou ter "certeza de que todas estas contas foram indicadas pela deputado Eduardo Cunha; que tampouco o depoente chegou a perguntar a Eduardo Cunha sobre o titular das referidas contas".
NEW YORK TIMES:
HONESTA, DILMA
PODE SER
AFASTADA
POR CRIMINOSOS
Reportagem de capa do maior jornal do mundo destaca o caráter surreal do processo de impeachment que corre no Brasil; segundo o NYT, a presidente Dilma Rousseff corre o sério risco de ser afastada por um processo dominado por corruptos e por abusos aos direitos humanos; texto cita o próprio vice-presidente da República, Michel Temer, que assume o lugar de Dilma caso o processo seja aprovado no Congresso, como possível envolvido no esquema de corrupção da Lava Jato; destaca o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como réu da corte suprema do País por suspeita de ter recebido 40 milhões de dólares em propina, e ainda o deputado Paulo Maluf (PP-SP), outro defensor do impeachment, alvo de processos nos Estados Unidos por ter desviado mais de 11,6 milhões de dólares
247 – O maior jornal do mundo, The New York Times, publicou uma reportagem com chamada de capa que destaca como é absurdo o processo de impeachment que corre no Brasil contra a presidente Dilma Rousseff.
Nas palavras da publicação, um processo conduzido por parlamentares corruptos, dominado por abusos aos direitos humanos, contra uma presidente que não é alvo de investigação alguma.
A matéria, assinada por Simon Romero e Vinod Sreeharsha, cita o próprio vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), que assumirá o lugar de Dilma caso o processo seja aprovado no Congresso Nacional, como possível envolvido no esquema de corrupção da Operação Lava Jato.
Outros que recebem destaque, com direito a foto-legenda, são o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apontado como réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de ter recebido 40 milhões de dólares em propina. Além do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), outro defensor do impeachment, alvo de processos nos Estados Unidos por ter desviado mais de 11,6 milhões de dólares.
Pelo The New York Times, se o golpe passar, teremos a nova República dos bananas. Enquanto no Brasil a mídia familiar apoia o impeachment, o maior jornal do mundo denuncia um golpe absurdo.
Confira aqui a íntegra da reportagem no site do NYT, em inglês.
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