Governo brasileiro comunica oficialmente o lançamento do nome do ex-ministro José Graziano da Silva à sucessão de Jacques Diouf, na direção-geral da FAO. Um dos arquitetos das políticas sociais que marcaram o governo Lula, entre elas a prioridade à segurança alimentar, batizada de Fome Zero, Graziano terá como principal adversário o ex-chanceler espanhol, Miguel Ángel Moratinos, afastado há três meses por uma reforma ministerial, mas que desfruta de apoios dentro do governo Zapatero. O lançamento de uma candidatura européia à direção da FAO, principal órgão formulador de políticas contra a fome no mundo, transforma a sucessão num confronto entre a tradicional hegemonia dos interesses europeus/norte-americanos nas instituições internacionais e a aspiração dos países pobres e em desenvolvimento por maior representação e poder. Governos do Mercosul (Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela) e integrantes da Unasul apoiam o nome de Graziano. A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP, que inclui Angola, Cabo Verde, Timor Leste, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, além do Brasil) também deverá endossar a indicação brasileira. A eleição, na qual votam 192 países, ocorrerá entre junho e julho.
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