Apesar de o Brasil ter razões óbvias para estar aborrecido com a petroleira americana Chevron, o vazamento que a cada vez mais evidente imperícia da empresa causou motiva reflexão sobre quanto o país progrediu, pois o episódio insinua superioridade técnica e financeira da Petrobrás e revela postura soberana das instituições brasileiras em relação a uma poderosa transnacional que há uma década talvez nem fosse incomodada.
De acordo com o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, a Chevron está sendo punida devido à falta de equipamento adequado para estancar o vazamento, tendo sido obrigada a pedi-lo emprestado à Petrobrás, e por esconder informações, o que, mais do que desrespeito pelas leis brasileiras, pode ter relação com problemas econômicos que afetam o país-sede da empresa, sem falar em sua incapacidade técnica e falta de transparência.
Mas não é só isso. Vai ficando cada vez mais claro que chegou o momento de o Brasil começar a agir como potência não só do ponto de vista econômico, mas, também, do ponto de vista estratégico, pois lhe faltam os meios de patrulhar as suas cobiçadas águas territoriais e isso tira do país as condições de fazer valer a sua soberania por meios não-diplomáticos, o que toda grande nação precisa ter como fazer, se for o caso.
Recentemente, a imprensa noticiou o progressivo sucateamento do poderio bélico do país, se é que se pode chamá-lo assim. A defesa do território nacional seco também está ameaçada pela incapacidade da Força Aérea Brasileira de patrulhar e até de chegar rapidamente a eventuais zonas de conflito fronteiriças devido à obsolescência de suas aeronaves de caça. Enquanto isso, a compra das novas aeronaves empaca sem que se tenha notícia de quando será efetuada.
Nesse aspecto, a politização do assunto compra de novos caças pela imprensa, ano passado, terminou por fazer o governo congelar as tratativas. Devido à mesma imprensa querer determinar de que nacionalidade seriam as armas – que, obviamente, queria que fossem as fabricadas pelos Estados Unidos – o governo retrocedeu e a situação de fragilidade estratégico-militar foi se agravando.
O país tem recursos para se armar. É, atualmente, um dos mais desarmados da América Latina apesar de seus recursos financeiros serem muito maiores do que os de seus vizinhos. E é a política que o mantém inferiorizado belicamente, o que lhe retira também as condições estratégico-militares de seguir pleiteando o tão ambicionado assento definitivo no Conselho de Segurança da ONU.
Está faltando coragem ao governo de pôr o tema em pauta.
O episódio Chevron mostrou a importância e o peso do Brasil hoje no mundo. A poderosa transnacional foi devidamente enquadrada, teve suas atividades suspensas e, preocupada, manifestou-se no sentido de se submeter plenamente às determinações e demandas nacionais. O mundo leva o Brasil cada vez mais a sério, entende cada vez mais a sua importância. É preciso que o país também se leve a sério.
Posted by eduguim
De acordo com o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, a Chevron está sendo punida devido à falta de equipamento adequado para estancar o vazamento, tendo sido obrigada a pedi-lo emprestado à Petrobrás, e por esconder informações, o que, mais do que desrespeito pelas leis brasileiras, pode ter relação com problemas econômicos que afetam o país-sede da empresa, sem falar em sua incapacidade técnica e falta de transparência.
Mas não é só isso. Vai ficando cada vez mais claro que chegou o momento de o Brasil começar a agir como potência não só do ponto de vista econômico, mas, também, do ponto de vista estratégico, pois lhe faltam os meios de patrulhar as suas cobiçadas águas territoriais e isso tira do país as condições de fazer valer a sua soberania por meios não-diplomáticos, o que toda grande nação precisa ter como fazer, se for o caso.
Recentemente, a imprensa noticiou o progressivo sucateamento do poderio bélico do país, se é que se pode chamá-lo assim. A defesa do território nacional seco também está ameaçada pela incapacidade da Força Aérea Brasileira de patrulhar e até de chegar rapidamente a eventuais zonas de conflito fronteiriças devido à obsolescência de suas aeronaves de caça. Enquanto isso, a compra das novas aeronaves empaca sem que se tenha notícia de quando será efetuada.
Nesse aspecto, a politização do assunto compra de novos caças pela imprensa, ano passado, terminou por fazer o governo congelar as tratativas. Devido à mesma imprensa querer determinar de que nacionalidade seriam as armas – que, obviamente, queria que fossem as fabricadas pelos Estados Unidos – o governo retrocedeu e a situação de fragilidade estratégico-militar foi se agravando.
O país tem recursos para se armar. É, atualmente, um dos mais desarmados da América Latina apesar de seus recursos financeiros serem muito maiores do que os de seus vizinhos. E é a política que o mantém inferiorizado belicamente, o que lhe retira também as condições estratégico-militares de seguir pleiteando o tão ambicionado assento definitivo no Conselho de Segurança da ONU.
Está faltando coragem ao governo de pôr o tema em pauta.
O episódio Chevron mostrou a importância e o peso do Brasil hoje no mundo. A poderosa transnacional foi devidamente enquadrada, teve suas atividades suspensas e, preocupada, manifestou-se no sentido de se submeter plenamente às determinações e demandas nacionais. O mundo leva o Brasil cada vez mais a sério, entende cada vez mais a sua importância. É preciso que o país também se leve a sério.
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