Anuncia o Blog do Noblat que o PSDB tem hoje uma reunião para definir as reações do partido aos documentos expostos no livro de Amaury Ribeiro Júnior.
Dizem que vão processar Amaury, claro.
Nenhuma palavra para negar o que está exposto das mais de 100 páginas documentais do livro.
Os processos, claro, vão dar de cara num instituto chamado “exceção da verdade”, que pode ser usado para provar que é verdadeiro aquilo que o ofendido diz ser calunioso, exceto quando quando o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível; quando os fatos são imputados contra o Presidente da República ou contra chefe de governo estrangeiro ou ainda se o ofendido foi absolvido do crime imputado por sentença irrecorrível.
Como a turma da privatização não está nos três casos – e o livro de Aamaury não atribui fato algum a FHC – ele poderá apelar para a exceção da verdade.
Aliás, foi isso o que lhe deu acesso, judicial, aos documentos da CPI do Banestado, onde estava o mapa da mina das transações da privataria.
Quem sabe se, com a ação do PSDB, Amaury não obtém mais alguns documentos, legalmente, como já fez no seu livro?
A forma do PSDB reagir é fazer o que ele quer, a todo o momento, contra o governo: uma CPI.
Aí, sim, os assuntos podem ser revelados, as pessoas ouvidas, os documentos requisitados e tudo assistido por quem deve ser o juiz destes fatos: o povo brasileiro.
Se não tem o que temer, como dizem, por que não fazer a CPI?
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