Amazonas 247 - Mais um caso para envergonhar o Brasil. Uma médica teria se recusado a atender uma criança no Hospital e Pronto Socorro da Criança da Compensa, na Zona Oeste de Manaus, possivelmente por ela ser negra. Absurdo é relatado no
portal do Geledés Instituto da Mulher Negra.
A médica identificada pela polícia como Socorro Pereira foi presa em flagrante após negar atendimento à criança e chamar sua mãe de "macaca, suja, pobretona e preta velha".
Ainda de acordo com os policiais, a médica plantonista estava conversando no corredor com uma mulher e a mãe da menina que precisava de atendimento se aproximou para saber quando ela iria atender sua filha, que estava vomitando e com diarreia. Socorro teria respondido de forma ofensiva e a expulsou da unidade com a criança.
Ao perceber a presença dos policiais, a médica se recusou a se identificar e agiu também de forma agressiva contra os militares. Ela foi levada para prestar esclarecimentos no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e mordeu a orelha de um dos policiais.
Em depoimento, contudo, Socorro Pereira negou o fato e disse que a mãe foi grosseira ao questionar o atendimento e que decidiu sair sozinha da unidade, sem que ela a expulsasse.
E para aumentar o absurdo, os outros médicos saíram em favor da pediatra e deixaram de atender os pacientes por alguns minutos.
Secretaria de saúde informa que abriu sindicância para apuração
Em nota à imprensa, a Secretaria de Estado da Saúde (Susam) informa que determinou instalação de comissão de sindicância para apurar as circunstâncias do "incidente".
"Mediante o resultado dos trabalhos da comissão serão adotadas as medidas administrativas cabíveis, mas enquanto durar a apuração a referida médica está afastada do atendimento. A Susam destaca que, no momento do incidente, 12 médicos estavam de plantão na unidade e que o atendimento transcorria normalmente. A Susam reitera o seu compromisso com a Política Nacional de Atendimento Humanizado do SUS, cujas diretrizes devem ser seguidas por todas as unidades de saúde e profissionais que atuam na rede", informa o comunicado.
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