247 – Uma reportagem publicada no início da semana passada pelo jornalista Renan Antunes de Oliveira no DCM (leia aqui) viralizou nas redes sociais. Ela mostrava o que seria o verdadeiro triplex: a mansão dos irmãos Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto Marinho, donos da Globo, numa área de proteção ambiental em Paraty. Essa mesma reportagem foi depois reforçada por novas descobertas, como a de que estaria registrada em nome de uma empresa controlada por offshores do Panamá, uma delas ligada à Mossack & Fonseca, investigada na Lava Jato (leia texto de Helena Stephanowitz na Rede Brasil Atual).
A reportagem de Renan Antunes, assim como as suítes publicadas em outros veículos da internet, naturalmente, não repercutiram na chamada imprensa familiar. Um dos motivos, o tradicional pacto de não agressão entre os donos da mídia no Brasil.
No entanto, nesta terça-feira, a cartunista Laerte furou o bloqueio, na página A2 da Folha de S. Paulo. Em seu espaço, ela propôs uma permuta entre a mansão dos Marinho e o "triplex de Lula" no Guarujá – sim, entre aspas, porque não pertence ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Embora não seja propriedade do ex-presidente, o imóvel "fubango" (na definição de Marco Aurélio Garcia) no Guarujá (SP) tem sido uma das principais peças da campanha movida pela Globo para desconstruir o mito Lula. Nesta quarta-feira 17, o ex-presidente Lula está convidado a depor sobre o caso, mas o promotor Cássio Conserino já adiantou que irá indiciá-lo.
No entanto, com sua charge, que foi um ato de protesto e rebeldia editorial, Laerte denunciou a hipocrisia da sociedade brasileira
Nenhum comentário:
Postar um comentário
comentários sujeitos a moderação.