Reportagem da revista Carta Capital deste fim de semana revela que o interino Michel Temer pode ter sido grampeado pelo deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na reunião fora da agenda que ambos tiveram no Palácio do Jaburu; no encontro, Cunha teria lembrado Temer sobre "antigas parcerias", citando a Lei dos Portos, votada em 2013 depois que o deputado conseguiu incluir um trecho que favoreceria o grupo Libra, que atua em Santos; depois disso, a Libra doou R$ 1 milhão para Temer – "dinheiro recebido pelo peemedebista em uma empresa aberta por ele para gerenciar recursos que repassaria a candidatos amigos"; na conversa, Temer teria percebido a arapuca de Cunha e reagido aos gritos com o parlamentar
247 – Uma reportagem da revista Carta Capital,
 do jornalista André Barrocal, publicada neste fim de semana, revela que
 o interino Michel Temer pode ter sido grampeado pelo deputado afastado 
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na reunião fora da agenda que ambos tiveram no 
Palácio do Jaburu.
 No encontro, Cunha teria
 lembrado Temer sobre "antigas parcerias", citando a Lei dos Portos, 
votada em 2013 depois que o deputado conseguiu incluir um trecho que 
favoreceria o grupo Libra, que atua em Santos.
 Depois disso, a Libra 
doou R$ 1 milhão para Temer – "dinheiro recebido pelo peemedebista em 
uma empresa aberta por ele para gerenciar recursos que repassaria a 
candidatos amigos." 
Na conversa, Temer teria percebido a armadilha e, por isso, estaria tenso, às vésperas do impeachment.  "Ao
 sentir que poderia cair numa arapuca, o presidente em exercício teria 
reagido aos gritos com Cunha, no relato de uma pessoa ligada a Temer. 
Teria o deputado afastado gravado o interino em alguma outra 
oportunidade?", questiona a reportagem.
Barrocal lembra, ainda, que Cunha conseguiu mudar a lei para favorecer o grupo Libra. "A
 versão original da lei, proposta por medida provisória, proibia a 
renovação de contratos de arrendamento por terminais inadimplentes com o
 poder público. Era o caso de Libra, que há anos tenta na Justiça rever 
seu contrato com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), um 
feudo político de Temer. Uma dívida bilionária, em valores atuais", diz 
ele. "Graças a Cunha, a Câmara 
inseriu na Lei um dispositivo que retirava o veto à renovação de 
contratos por inadimplentes. Mais: incluiu a possibilidade de litígios 
contratuais serem resolvidos em comissão de arbitragem, ou seja, longe 
dos tribunais, com membros indicados pelas partes.""
Leia, aqui, a íntegra da reportagem.
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