Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

FORÇA EDU - BEIJÃO NO CORAÇÃO DA VITÓRIA

Em meio à correria e a dureza desta reta final de campanha, parei por alguns minutos para poder partilhar uma narrativa de quem, sobre o assunto, se mantinha sempre silencioso e discreto.
Eduardo Guimarães, com quem não tenho relações pessoais, faz tempo tornou-se referência na internet para aqueles que consideram que é direito do cidadão ter acesso à informação equilibrada, verdadeira, honesta.
Mas Eduardo é mais do que um homem com razões e princípios corretos. É alguém que vai além deste dever e impunha, como um Quixote eletrônico a lança da honradez em um combate desigual contra o gigante da (des)informação.
Faz tempo que, através de leitores comuns, eu sabia que Eduardo Guimarães tinha uma filha com problemas de saúde. Sempre pediram-me discrição, e ele próprio nunca explicitou o problema aos seus leitores como forma de granjear simpatia e solidariedade. É um homem decente demais para fazê-lo.
Mas não como um lamento, como uma angústia, como um gemido de piedade.
Fez – que bom! – numa explosão de alegria. Alegria de quem enfrentou por mais de uma década a maldição inexorável de uma doença que acomete um filho. Doença que agora – e nem mesmo ele ainda o crê totalmente – está sendo vencida, como quem vence ao invencível. Sua filha – que lindo nome,  Victoria – está superando o que parecia intransponível.
Na campanha política que enfrentamos, todos os dias, surgem coisas sórdidas, coisas sujas, manipulações terríveis. Mas, em meio a elas- que maravilha! – surge alguém como Edu que nos é capaz de dar um momento como este, de solidariedade, de fé,  de convicção de que é possível, com amor e dedicação, vencer a fatalidade.
O homem, segundo a sua natureza, – quem o diz é Victor Hugo – diante do desconhecido, ajoelha-se ou o enfrenta. É o ananke, o desafio, o impossível que só o amor humano é capaz de vencer. Eduardo é daqueles que sabem afrontar o impossível. São homens como ele, que servem a mim e a muitos – que mal começamos a enfrentar a adversidade-  de exemplos do que a grandeza de um ser humano – muito além dos nossos corpos frágeis e corações minúsculos – é capaz de atingir.
Eduardo, que a tua Victoria, contra todos os sábios e fatalistas, se torne plena. Não me move, ao te dizer isso senão aquilo que apenas nós, que somos pais e mães, podemos sentir.
Que se torne grande e linda a sua Victoria. Nós, que amamos, já vencemos. Porque a vitória do amor não é nada além do próprio amar. E seu prêmio não é para quem ama, mas é a felicidade – do jeito que for possível ser feliz, por quanto tempo for – daquele que é amado.
Um abraço solidário de quem, num dia complexo como o de hoje, teve um momento de extrema felicidade com a vitória da tua Victoria.

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