Para facilitar futuras referências, vou deixar registradas nesse post, as principais características desses cidadãos que vivem nesse pedaço do Brasil, que convencionou-se chamar de Bélgica.
Renda
Eles têm renda acima de 20 mínimos, classe A segundo as classificações, o que lhes dá acesso, como diria o professor Julio Groppa Aquino, ao pacote existencial: shopping, academia, condomínio fechado e escola privada. Eu acrescentaria ainda o plano de saúde, a TV paga e a internet banda larga.
Consumo
Embora tenham equipamentos sofisticados como TVs de plasma, home-theather, vídeo-games e computadores de última geração, não enxergam nenhum mal ao consumir CD, DVDs, jogos e softwares piratas.
Como são aspirantes da alta sociedade, são eles que compram os produtos de marcas de luxo falsificadas, como bolsas, relógios, jóias e roupas.
Impostos
Eles se acham os únicos que pagam impostos no país. Para dar uma aliviada, licenciam seus carros em outros estados, compram recibos médicos, omitem dados na declaração de IR e sempre conhecem algum doleiro.
Corrupção
Estão sempre indignados com a corrupção. São os primeiros a oferecer uma graninha para o guarda e a pagar “taxas de urgência” para burlar qualquer fila.
Trânsito
Para eles, esse é o maior problema do país. É difícil o tema não ser abordado em uma roda de amigos. Reclamam principalmente da “indústria de multas” que só serve para arrecadar. Quando elas chegam, o jeito é transferir os pontos para algum parente ou procurar uma “empresa especializada”.
Como o rodízio atrapalha, alguns recorrem a uma fita isolante para adulterar a placa, mas só em casos urgentes.
Parar em fila dupla, cruzar o sinal vermelho, parar em cima da faixa de pedestres, fechar o cruzamento e estacionar em vagas reservadas são atitudes corriqueiras, plenamente justificadas pelo estresse.
Para equipar o veículo, admitem comprar peças no mercado paralelo, pois as originais são muito caras.
Quando em desespero, podem destruir o próprio carro ou pagar uma “taxa de sumiço” para obter o dinheiro do seguro.
Empreendedores
Alguns se tornam empresários. Como a competição é terrível, dizem que a carga tributária é um convite à sonegação. Daí nascem algumas necessidades básicas, como registrar a empresa em uma cidadezinha do interior, comprar produtos subfaturados, adulterar a mercadoria e vender sem nota.
Existem os que se arriscam a ter funcionários sem carteira assinada. A maioria acha que isso pega mal e recorre a artifícios como ter funcionários PJ, cooperativas de fachada e a pagar uma parte “por dentro” e outra “por fora”.
Esquerdopata
Leia mais em: ¹³ O ESQUERDOPATA ¹³
Under Creative Commons License: Attribution
É isso aí, alguém precisa fazer o contra-ponto!!
ResponderExcluirEsse pessoal é um equívoco, se acham 'os melhores'!!