Conselho de Segurança da ONU aprova zona de exclusão aérea contra Kadafi e autoriza o uso 'de todas as medidas para proteger civis'. Brasil, Alemanha, China, Índia e Rússia se abstiveram. Enquanto isso, no Bahrein, sob ocupação de tropas da Arábia Saudita, forças de repressão mobilizam tanques e helicópteros contra milhares de pessoas que tomaram as ruas há vários dias pedindo o fim da monarquia e liberdades democráticas. Mais seis civis foram mortos nas últimas horas. Governado por uma autocracia sunita, o Bahrein, distante 25 quilômetros da Arábia Saudita, é uma espécie de guarita de segurança dos poços de petróleo do Golfo e serve como estacionamento para a V Frota norte-americana. Seus bancos compõem um braço do imenso paraíso fiscal regional, reunindo depósitos da ordem de US$ 200 bilhões. Essa coalizão de interesses decretou a lei marcial contra o movimento de oposição xiita, etnia que compõe a maioria esmagadora da população. A ONU não autorizou uma zona de exclusão aérea contra o Bahrein, tampouco considerou pertinente o uso de 'todas as medidas' para proteger seus civis.
(Carta Maior; 6º feira, 18/03/2011)
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