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A Prefeitura não sabe em que mãos está o processo de sindicância contra Bianca Abinader | O Caso Bianca Abinader
A Prefeitura não sabe em que mãos está o processo de sindicância contra Bianca Abinader
A sindicância pela qual passa a médica Bianca Abinader, a segunda em um ano, sumiu dos arquivos da SEMSA. Na Assessoria Jurídica, de onde o processo saiu a caminho da sub-secretaria Executiva, ninguém sabe onde a papelada está. Na sub-secretaria, onde o processo deveria ter chegado, nada chegou. No departamento de Gestão do Trabalho, ninguém sabe de nada.
No âmbito administrativo e no serviço público, uma sindicância é como um processo criminal. Acusado de uma irregularidade, o servidor é submetido a intimações, precisa depor, testemunhas são ouvidas e diligências são feitas. Todo o processo é doloroso e humilhante.
Como em 2010, quando passou pelo primeiro processo, Bianca já depôs na sindicância de 2011. A comissão que a investiga já reuniu dados, ouviu testemunhas e fez diligências. Cada fato desse gera material, que vai sendo reunido e é então analisado para que seja produzido um relatório final.
Todo esse material simplesmente sumiu. A SEMSA não sabe onde está.
Mas alguém parece saber onde o processo está. O radialista Ronaldo Tiradentes, autor da denúncia que levou à instauração da sindicância de 2011 (e também o autor da denúncia que gerou a sindicância de 2010), anuncia para os próximos dias que o relatório vai reaparecer, e cheio de “provas robustas” contra a médica.
No microblog Twitter, a credibilidade do radialista precisa ser respeitada. Em todas as vezes em que anunciou aos seus 54 seguidores as movimentações dos processos internos da SEMSA sobre Bianca, Ronaldo nunca errou. Foi assim quando anunciou vídeos que logo depois publicaria no site da Central Brasileira de Notícias (CBN), foi assim quando anunciou que Bianca sofreria nova investigação, foi assim quando os pedidos da médica era indeferidos pela Secretaria Municipal de Saúde.
Ronaldo vem recebendo ajuda da Prefeitura sempre que precisa, quando o assunto é Bianca, uma servidora concursada da cidade de Manaus, funcionária estatutária da Prefeitura. Pressionou servidores da assessoria jurídica do órgão para que as sindicâncias fossem instauradas. Pressionou diretores e funcionários das casas de saúde por onde Bianca vem passando desde 2010.
Sem protocolar nenhum pedido de informações sobre a médica junto à SEMSA, teve acesso à folha financeira de Bianca, ao pedido de transferência da UBS do Morro da Liberdade, ao indeferimento do pedido de retorno, ao pedido de redução de carga horária e à decisão da direção da SEMSA pela instauração das sindicâncias. Nenhuma dessas informações pode sair do órgão sem um pedido formal protocolado, e absolutamente nenhum protocolo, assinado por Ronaldo Tiradentes, existe na SEMSA.
Às 8:04 da noite de ontem (terça), o radialista anunciou no Twitter: “SEMANA QUE VEM TEM A SINDICÂNCIA SEMSA 2011, QUENTINHA E MUITO INTERESSANTE. AGUARDE PARA DIVULGAR EM SEGUNDA MÃO. TÔ NA FRENTE“
Diante do fato de que a Prefeitura perdeu um de seus processos, e de que o acusador de Bianca anuncia para os próximos dias que exatamente o relatório do processo sumido trará “provas robustas” contra Bianca, o que deduzir de toda a trama?
Em ferereiro deste ano, depois de atender um de seus pacientes e se sentir mal no próprio consultório, a médica fechou a porta por 10 minutos, antes de atender o próximo paciente. Ao reabrir o consultório, foi abordada por sua chefe, que tinha em mãos um documento manuscrito, com a assinatura de cinco pacientes do posto do São José, que lhe acusavam de não atendê-los. A autora da denúncia, acompanhante de um paciente, teve o nome deletado na versão eletrônica da denúncia, depois de digitada. As testemunhas foram procuradas pelo blog O Caso Bianca Abinader, e expontaneamente deram depoimentos sobre o que realmente aconteceu na manhã do dia 21 de março. Essa é mais uma história que vai ser contada neste blog, em texto, vídeo e com documentos, brevemente.
Com a vida profissional e pessoal violentada pelo 16º mês seguido, Bianca não tem mais condições emocionais de trabalhar em paz. Perseguida por Ronaldo na Zona Norte (na comunidade Campo Dourado), na Zona Sul (Morro da Liberdade) e na Zona Leste (São José), e diante dos indícios de que a Prefeitura, sua empregadora, vem cedendo às pressões do radialista para perseguí-la em seu ambiente de trabalho, Bianca pediu licença não remunerada de 2 anos.
Seu pedido foi protocolado no dia 28 de março, e até ontem, às 6:19 da noite, essa informação permanecia como deve ser, interna, e passível de consulta única e exclusivamente sob pedido formal junto à Prefeitura. Mesmo Bianca, a maior interessada em seus pedidos, só tem acesso a eles oficialmente. Como deve ser.
E mais uma vez Ronaldo, sem nenhum pedido formal de consulta, estampou em seu Twitter a informação do pedido de licença. Então, hoje (quarta) pela manhã, pouco mais de 12 horas depois do anúncio do radialista tuiteiro, estava lá, na UBS Amazonas Palhano, no São José, uma funcionária da SEMSA, que vinha entregar pessoalmente à médica a notícia de que seu pedido foi — mais uma vez — indeferido pela secretaria, com o argumento de que, respondendo a nova sindicância, não podia entrar de licença até que o processo esteja concluído, e o relatório divulgado. A sindicância foi instaurada em 21 de fevereiro, com base numa publicação de Ronaldo em seu blog, intitulada “Bianca Abinader – a funcionária pública que não gosta de trabalhar”. O relatório deveria estar pronto 30 dias depois, prorrogáveis por mais 15.
O indeferimento foi assinado no último dia 6 de abril, quatorze dias atrás, mas só chegou às mãos de Bianca hoje. É que Ronaldo, seu acusador e aparentemente quem faz a SEMSA funcionar quando o assunto é a Bianca Abinader, esteve de férias. Em seu blog no site oficial da rádio CBN sob o título “Férias para o blogueiro”, disse, exatamente no dia 6 de abril:
“Caros amigos, Nos próximos 10 dias estarei de férias (até 16.04.11). Mas como costumo carregar pedras enquanto descanso, ficarei sempre atento aos fatos da nossa terrinha.“
A SEMSA não se mexeu durante as férias de Ronaldo. O radialista e blogueiro voltou a Manaus no dia 16, e logo colocou a máquina pra funcionar. Aparentemente mandando e desmandando no órgão público, descobriu sem pedido oficial que Bianca pediu sua licença, descobriu que a licença seria indeferida e também descobriu que um processo interno da SEMSA vai reaparecer como mágica na semana que vem, depois da Páscoa, cheio de “provas robustas” contra a médica.
Enquanto isso, ninguém na Prefeitura de Manaus, onde Bianca Abinader entrou por concurso público e onde trabalha com 99% de aprovação dos pacientes, sabe o paradeiro do processo de sindicância de 2011.
Já que a Prefeitura parece não saber nada e Ronaldo parece saber de tudo, a sugestão do blog O Caso Bianca Abinader é que a SEMSA pergunte ao próprio Ronaldo Tiradentes onde está o processo de Bianca. Ronaldo já deu provas de que quando o assunto é Bianca Abinader, sempre acerta nas suas previsões.
Quando essas previsões não se cumprem, como no relatório de 2010, Ronaldo, a Prefeitura e a imprensa de Manaus se calam.
Servidores da Assessoria Jurídica, do GETRAB e das casinhas de saúde por onde Bianca vem tentando trabalhar há mais de um ano começaram a falar. Aqui também vamos publicar as histórias de coação e intimidação sofridas por vários funcionários da Prefeitura.
No âmbito administrativo e no serviço público, uma sindicância é como um processo criminal. Acusado de uma irregularidade, o servidor é submetido a intimações, precisa depor, testemunhas são ouvidas e diligências são feitas. Todo o processo é doloroso e humilhante.
Como em 2010, quando passou pelo primeiro processo, Bianca já depôs na sindicância de 2011. A comissão que a investiga já reuniu dados, ouviu testemunhas e fez diligências. Cada fato desse gera material, que vai sendo reunido e é então analisado para que seja produzido um relatório final.
Todo esse material simplesmente sumiu. A SEMSA não sabe onde está.
Mas alguém parece saber onde o processo está. O radialista Ronaldo Tiradentes, autor da denúncia que levou à instauração da sindicância de 2011 (e também o autor da denúncia que gerou a sindicância de 2010), anuncia para os próximos dias que o relatório vai reaparecer, e cheio de “provas robustas” contra a médica.
No microblog Twitter, a credibilidade do radialista precisa ser respeitada. Em todas as vezes em que anunciou aos seus 54 seguidores as movimentações dos processos internos da SEMSA sobre Bianca, Ronaldo nunca errou. Foi assim quando anunciou vídeos que logo depois publicaria no site da Central Brasileira de Notícias (CBN), foi assim quando anunciou que Bianca sofreria nova investigação, foi assim quando os pedidos da médica era indeferidos pela Secretaria Municipal de Saúde.
Ronaldo vem recebendo ajuda da Prefeitura sempre que precisa, quando o assunto é Bianca, uma servidora concursada da cidade de Manaus, funcionária estatutária da Prefeitura. Pressionou servidores da assessoria jurídica do órgão para que as sindicâncias fossem instauradas. Pressionou diretores e funcionários das casas de saúde por onde Bianca vem passando desde 2010.
Sem protocolar nenhum pedido de informações sobre a médica junto à SEMSA, teve acesso à folha financeira de Bianca, ao pedido de transferência da UBS do Morro da Liberdade, ao indeferimento do pedido de retorno, ao pedido de redução de carga horária e à decisão da direção da SEMSA pela instauração das sindicâncias. Nenhuma dessas informações pode sair do órgão sem um pedido formal protocolado, e absolutamente nenhum protocolo, assinado por Ronaldo Tiradentes, existe na SEMSA.
Às 8:04 da noite de ontem (terça), o radialista anunciou no Twitter: “SEMANA QUE VEM TEM A SINDICÂNCIA SEMSA 2011, QUENTINHA E MUITO INTERESSANTE. AGUARDE PARA DIVULGAR EM SEGUNDA MÃO. TÔ NA FRENTE“
Diante do fato de que a Prefeitura perdeu um de seus processos, e de que o acusador de Bianca anuncia para os próximos dias que exatamente o relatório do processo sumido trará “provas robustas” contra Bianca, o que deduzir de toda a trama?
Em ferereiro deste ano, depois de atender um de seus pacientes e se sentir mal no próprio consultório, a médica fechou a porta por 10 minutos, antes de atender o próximo paciente. Ao reabrir o consultório, foi abordada por sua chefe, que tinha em mãos um documento manuscrito, com a assinatura de cinco pacientes do posto do São José, que lhe acusavam de não atendê-los. A autora da denúncia, acompanhante de um paciente, teve o nome deletado na versão eletrônica da denúncia, depois de digitada. As testemunhas foram procuradas pelo blog O Caso Bianca Abinader, e expontaneamente deram depoimentos sobre o que realmente aconteceu na manhã do dia 21 de março. Essa é mais uma história que vai ser contada neste blog, em texto, vídeo e com documentos, brevemente.
Com a vida profissional e pessoal violentada pelo 16º mês seguido, Bianca não tem mais condições emocionais de trabalhar em paz. Perseguida por Ronaldo na Zona Norte (na comunidade Campo Dourado), na Zona Sul (Morro da Liberdade) e na Zona Leste (São José), e diante dos indícios de que a Prefeitura, sua empregadora, vem cedendo às pressões do radialista para perseguí-la em seu ambiente de trabalho, Bianca pediu licença não remunerada de 2 anos.
Seu pedido foi protocolado no dia 28 de março, e até ontem, às 6:19 da noite, essa informação permanecia como deve ser, interna, e passível de consulta única e exclusivamente sob pedido formal junto à Prefeitura. Mesmo Bianca, a maior interessada em seus pedidos, só tem acesso a eles oficialmente. Como deve ser.
E mais uma vez Ronaldo, sem nenhum pedido formal de consulta, estampou em seu Twitter a informação do pedido de licença. Então, hoje (quarta) pela manhã, pouco mais de 12 horas depois do anúncio do radialista tuiteiro, estava lá, na UBS Amazonas Palhano, no São José, uma funcionária da SEMSA, que vinha entregar pessoalmente à médica a notícia de que seu pedido foi — mais uma vez — indeferido pela secretaria, com o argumento de que, respondendo a nova sindicância, não podia entrar de licença até que o processo esteja concluído, e o relatório divulgado. A sindicância foi instaurada em 21 de fevereiro, com base numa publicação de Ronaldo em seu blog, intitulada “Bianca Abinader – a funcionária pública que não gosta de trabalhar”. O relatório deveria estar pronto 30 dias depois, prorrogáveis por mais 15.
O indeferimento foi assinado no último dia 6 de abril, quatorze dias atrás, mas só chegou às mãos de Bianca hoje. É que Ronaldo, seu acusador e aparentemente quem faz a SEMSA funcionar quando o assunto é a Bianca Abinader, esteve de férias. Em seu blog no site oficial da rádio CBN sob o título “Férias para o blogueiro”, disse, exatamente no dia 6 de abril:
“Caros amigos, Nos próximos 10 dias estarei de férias (até 16.04.11). Mas como costumo carregar pedras enquanto descanso, ficarei sempre atento aos fatos da nossa terrinha.“
A SEMSA não se mexeu durante as férias de Ronaldo. O radialista e blogueiro voltou a Manaus no dia 16, e logo colocou a máquina pra funcionar. Aparentemente mandando e desmandando no órgão público, descobriu sem pedido oficial que Bianca pediu sua licença, descobriu que a licença seria indeferida e também descobriu que um processo interno da SEMSA vai reaparecer como mágica na semana que vem, depois da Páscoa, cheio de “provas robustas” contra a médica.
Enquanto isso, ninguém na Prefeitura de Manaus, onde Bianca Abinader entrou por concurso público e onde trabalha com 99% de aprovação dos pacientes, sabe o paradeiro do processo de sindicância de 2011.
Já que a Prefeitura parece não saber nada e Ronaldo parece saber de tudo, a sugestão do blog O Caso Bianca Abinader é que a SEMSA pergunte ao próprio Ronaldo Tiradentes onde está o processo de Bianca. Ronaldo já deu provas de que quando o assunto é Bianca Abinader, sempre acerta nas suas previsões.
Quando essas previsões não se cumprem, como no relatório de 2010, Ronaldo, a Prefeitura e a imprensa de Manaus se calam.
Servidores da Assessoria Jurídica, do GETRAB e das casinhas de saúde por onde Bianca vem tentando trabalhar há mais de um ano começaram a falar. Aqui também vamos publicar as histórias de coação e intimidação sofridas por vários funcionários da Prefeitura.
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