Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 6 de novembro de 2012

SANTAYANA E AS ARMAS DA ELEIÇÃO AMERICANA


*Argentina: a alforria das redações** projeto de lei cria "cláusula de consciência" que protege o jornalista de se submeter a imposições editoriais que afrontem  suas convicções éticas ou morais** Mais 6 assassinatos na madrugada desta 3ª feira em SP: PSDB diz que tem o controle **EUA vão às urnas tendo como  favorito um Obama tão frágil quanto foi o seu governo(leia as análises nesta pág) 

A GRANDE OBRA DE FERNANDO HADDAD

A principal peça da resistência conservadora às políticas sociais consiste em negar a sua pertinência. Para isso é necessário esconder os pobres e naturalizar os abismos urbanos. Em São Paulo isso foi feito com afinco nos últimos anos. A perversão do interesse político tem falado mais alto, a ponto de subtrair da pobreza paulistana repasses de R$ 354 milhões por ano pelo não cadastramento de dezenas de milhares de miseráveis no Bolsa Família. Evidências de uma penalização instrumentada são tantas que romper o casulo conservador já trará alento imediato à capital. Nada substitui, porém, a tarefa de devolver à cidade o comando do seu destino; isso quem faz é a participação democrática da população. Abrir canais para que moradores pobres e de classe média possam discutir  problemas comuns e pactuar prioridades  é a grande obra que se espera do novo prefeito que toma posse em janeiro. (LEIA MAIS AQUI)


“Nossa cultura militarizou-se desde Eisenhower – escreve O’Donnel – e os civis, não os serviços armados, são a causa principal disso”…

s tucanos entregaram as armas, com a pusilanimidade do PiG

Conversa Afiada reproduz artigo de Mauro Santayana do JB online: 

ESTA TERÇA-FEIRA E O MUNDO



por Mauro Santayana

Seria muito melhor que assim não fosse, mas do resultado das eleições norte-americanas de hoje dependerá o futuro imediato do mundo. As pesquisas mostram que Obama parece vitorioso, quando se trata dos votos populares, mas no sistema norte-americano é preciso que ele disponha da maioria do colégio eleitoral – o que é outra coisa. Basta lembrar que, em 2000, Al Gore obteve meio milhão de votos diretos a mais do que Bush, mas a estranha recontagem de votos na Flórida, aprovada por uma Suprema Corte engajada na direita, garantiu os sufrágios dos delegados eleitores daquele estado a Bush.

Os resultados dessa violência judiciária são os que conhecemos: atentado às Torres Gêmeas; a invasão do Iraque e do Afeganistão; milhares de soldados ianques e de seus aliados  mortos; centenas de milhares de civis chacinados naqueles países e nos outros que se seguiram;  o retorno da barbárie de Estado, com os seqüestros de suspeitos no mundo inteiro, pelos agentes da CIA, Guantánamo, Abu Ghraib e outros centros de tortura e morte. São os estigmas de um tempo orgulhoso de seus amplos conhecimentos científicos. Uma época em que o iluminismo se dissolve nas trevas da selvageria.

Muitos são os estudos sobre a relação entre o mito e a realidade na formação espiritual dos Estados Unidos. Esses estudos remontam aos passageiros do Mayflower, animados pela visão teológica do contrato dos homens com Deus e com o destino, fundado na Última Ceia de Jesus com seus discípulos. The convenants se chamava a seita protestante chefiada por William Bradford, o líder dos peregrinos que chegaram em 1620 à baía de Plymouth, e fundaram a colônia que deu origem política à Nova Inglaterra. Os convenants, reconhecem os historiadores, eram uma dissidência – ou heresia – de esquerda no anglicanismo, e com essa orientação Bradford governou diretamente a comunidade, durante 30 anos. A mesma orientação seguiu John Winthrop, na Colônia de Massachusetts, um pouco mais ao norte.

O melhor dos Estados Unidos surgiu ali, na Baía de Massachusetts,  com a educação universalizada, as decisões tomadas democraticamente, o trabalho persistente e a solidariedade. O pior, também, com o fanatismo religioso, a repressão ao amor não convencional, a caça às bruxas. Não é por acaso que Arthur Miller recorre às feiticeiras de Salém a fim de explicar o irracional processo do macarthismo, em sua peça clássica, The Crucible, de 1952.

Uma análise mais acurada da história dos Estados Unidos encontrará na palavra escrita o grande vetor de seu desenvolvimento. No primeiro século, foram a Bíblia e os textos religiosos impressos que construíram o mito, ao qual se ajustava a realidade. No século 18, foram os textos jornalísticos, inspirados na filosofia moral e política inglesa, fundada no pensamento greco-romano. Esses textos impressos na Nova Inglaterra – alguns deles traduzidos para o entendimento popular, como os de Thomas Payne, entre os quais o mais lúcido de todos, The Common Sense -  mobilizaram as colônias para a autonomia.

Meditados e discutidos, foram  o germe da Declaração da Independência e da Constituição de 1787. A partir de então, os papéis impressos se encarregam de fazer a realidade norte-americana, na reconstrução mítica da História,  e na projeção ficcional da contemporaneidade de cada tempo. Tratou-se de um processo dialético, no qual a ficção e a contrafacção histórica alimentaram a realidade e  essa realidade induzida realimentou o mito. E, nisso, chegamos às eleições de hoje.

Em texto publicado anteontem na edição online do New York Times, o professor de História da Academia Naval dos Estados Unidos, e ex-oficial da Marinha, Aaron O’Connell, trata da permanente militarização dos Estados Unidos, contra a qual Eisenhower advertira, há 51 anos, e a atribui, entre outras razões, ao mito da superioridade militar norte-americana no mundo.

“Nossa cultura militarizou-se desde Eisenhower – escreve O’Donnel – e os civis, não os serviços armados, são a causa principal disso. Dos congressistas que apelam para o apoio às nossas tropas, a fim de justificar os gastos com as guerras, aos programas de televisão e aos jogos como os “NCIS”, “Homeland” e “Call of Duty” ao vergonhoso e irreal reality show “Stern earn Stripes”, os norte-americanos são submetidos à sua dieta diária de estórias que valorizam o militarismo, enquanto os redatores dessas estórias cumprem a sua tarefa por oportunismo político e seus resultados comerciais”.

O’Connell poderia ir mais atrás em suas reflexões, lembrar “O Destino Manifesto” de John Sullivan e o endeusamento dos assassinos de índios, como o general Custler, e os heróis de fancaria, como Buffalo Bill e os reles assassinos do Oeste, elevados à glória pelas revistas de cinco centavos, entre eles Jesse James, Billy the Kid, Doc Holliday – e, do outro lado, o lendário Wyatt Earp, também muito menor do que a sua lenda.

O’Connell pondera que os veteranos de guerra merecem todo o respeito e o afeto de seus concidadãos, como os merecem também os policiais, os que se dedicam aos trabalhos nas emergências, e os professores. Mas nenhuma instituição, e menos ainda as que são mantidas com o dinheiro dos contribuintes, está imune às críticas.

O mesmo autor cita, ainda, outra frase de Eisenhower, ao assumir a presidência, em 1953: “Cada arma que é fabricada, cada nave de guerra lançada, cada foguete disparado, significa, em seu sentido final,  um roubo contra aqueles cuja fome não foi satisfeita, contra aqueles que têm frio e não foram agasalhados”. 

É conhecido o telegrama do grande magnata do jornalismo ianque, na passagem do século 19 para o século 20, William Hearst, a seu repórter-ilustrador Frederic Remington enviado a Havana – que comunicara ao patrão a inexistência de fatos em Cuba que merecessem cartoons de denúncia contra os espanhóis: “você me forneça os desenhos, e eu fornecerei a guerra”. O envenenamento da opinião pública foi de tal intensidade, pelas duas grandes cadeias de jornais (a de Hearst e a de Pullitzer) que William James, ao falar para os estudantes de Harvard, e se opor à guerra que a imprensa pedia, foi intensamente vaiado.

Um dos mais respeitáveis pensadores do mundo, James – pai da psicologia moderna – comparou os jovens que o insultavam, por pedir a paz, a uma imensa horda de lobos sedentos de sangue. Com esse passado de ambigüidades e conflitos morais e ideológicos, os Estados Unidos vão hoje às urnas. O mais antigo e respeitado jornal americano, o The New York Times, que não se somara ao belicismo de Pullitzer e Hearst, na Guerra da Espanha, declarou seu apoio a Obama. Murdoch, com seus jornais e sua televisão, prefere Mitt Romney.

Romney, em declaração durante a campanha, reafirma a doutrina do direito ao império universal pelos Estados Unidos, a do Destino Manifesto, de 1845,  ao dizer que “Deus não criou este país para que fosse uma nação de seguidores. Os Estados Unidos não estão destinados a ser apenas um dos vários poderes globais em equilíbrio. Os Estados Unidos devem conduzir o mundo ou outros o farão.” 

Se Frederic Remington não houvesse fornecido as imagens falsas de Cuba, Hearst talvez não tivesse conseguido a guerra, e a história dos Estados Unidos no século 20 fosse outra. O governo de McKinley relutara o máximo em seguir os belicistas.

Esta é uma lição para muitos jornalistas brasileiros, que sabem muito bem do que estamos falando. 

FHC: A Imprensa é a minha Justiça! PGR, STF… prá quê?!

Ilustração: A Justiceira de Esquerda
FHC confirma que no seu governo quem faz Justiça, acusa, denuncia, processa é a #MidiaVenal conhecida como imprensa no mundo  e no Brasil por PIG – Globo, Veja, FSP, Estadão, Band – Família Civita, Família Mesquita, Família Frias e seus pitbulls – bonner, poeta, reinaldo azevedo, jabor, merval, noblat, miriam leitão, boris casoy, waack, mainardi et caterva que abertamente cumprem com sua agenda, há décadas,  junto aos partidos de “oposição” que lutam desesperadamente contra o povo brasileiro. #NomeAosBois 
Essa quadrilha ( Para Rosa Weber, pode ser considerada quadrilha apenas a * “reunião estável” com o fim de cometer uma série indeterminada de crimes) midiática (uso indevido das concessões públicas, desrespeitar a Constituição manipulando a opinião pública com mentiras, distorções, omissões da informação; derrubar governos, ministros; interferir em eleições veja reportagem da Record aqui),  sempre “esquece” de dar notícias de interesse nacional seguindo a cartilha de seus “patrões”que não residem por aqui ex: Os 10 maiores Crimes de Corrupção , Mensalão do PT, que vergonha!  , inclusive livros que vendem muito, não merecem a  atenção desta turma: Livro mais vendido do ano, indicado para o Prêmio Jabuti.
*”reunião estável” – PIG há décadas agindo impunemente.





Governo de FHC – O Paraíso na Terra!

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