Até o colunista da revista Época, Ivan Martins, notou. Eis um parágrafo de um artigo seu sobre suas andanças pelo carnaval do Rio:
"Um registro: ao contrário das previsões, o ministro Joaquim Barbosa não foi um sucesso de carnaval. Em quatro dias no Rio, eu vi apenas uma máscara – repito, uma – do presidente do Supremo..."Sou também testemunha ocular do paticumbum nas ruas do Rio e não vi uma única pessoa usando a tal máscara no carnaval. Não encontrei nenhuma nem a venda nos camelôs que vendem fantasias nas ruas. Provavelmente ficou nas prateleiras das lojas especializadas em artigos carnavalescos.
Os jornalões e revistas incentivaram fabricantes de máscaras e lojistas a despejarem no mercado tais máscaras.
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O encalhe da máscara mostra didaticamente a diferença entre a opinião publicada e a opinião pública.
Para Joaquim Barbosa ficar mais popular falta muito ainda a fazer dentro de sua jurisdição, a começar por julgar o mensalão tucano e ter empenho em tirar da gaveta as falcatruas vindas da Privataria Tucana, que tanto sangrou o patrimônio nacional e tanto sacrifício inútil exigiu do povo trabalhador brasileiro.
Falta o povo poder recuperar a credibilidade no Judiciário, que ainda é visto com a imagem de que o Código Civil é para os ricos e o Código Penal é para os pobres. E não adianta querer citar o "mensalão" como "amostra", enquanto continuar blindando os demotucanos e não corrigir as injustiças cometidas contra petistas, porque só reforça essa ideia, afinal o PT é o partido que representa os interesses dos mais pobres no governo, enquanto os demotucanos sempre representaram os interesses dos banqueiros e dos mais ricos.
Falta o judiciário parar de "punir" os malfeitos de juízes concedendo-lhes como "castigo" a polpuda aposentaria, que seria a dos sonhos de qualquer trabalhador brasileiro.
Falta acabar com regalias como os juízes do Rio se concederem um auxílio moradia de mais de R$ 7 mil por mês e haver contracheques muito acima do teto. Falta apurar a corrupção no judiciário, como a construção de um anexo do Palácio de Justiça do Rio pela construtora Delta, sob suspeita de superfaturamento.
O povo tem medo de entrar nos fóruns de justiça do Brasil e acabar sobrando para ele. O povo sabe que a justiça é rápida contra ele quanto ele atrasa prestações e um banco confisca seus bens, mas é lenta quando você aciona um banco na justiça porque lhe cobrou algo indevido. Que o diga a demora para reaver a tunga nos diversos planos econômicos, há mais de vinte anos.
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