Hoje, com 728 mil pessoas inscritas em seu canal no YouTube e mais de 89 milhões de visualizações de seus 62 vídeos, ele descobriu que o poder, nos dias de hoje, é de quem produz – e não de quem apenas distribui – conteúdo. "Pela primeira vez, não é mais preciso ser da Globo para fazer sucesso", disse Porchat, numa entrevista à Folha. "Não estou esnobando, gosto muito de trabalhar lá, mas posso me dar ao luxo de não querer escrever para a Globo e isso não acabar com a minha carreira".
Porchat ainda é roteirista do seriado "A grande família", mas aposta cada vez mais na internet. Ele e sua equipe recusaram convites da própria Globo e do canal Multishow. Assim como ele, outros humoristas, como Felipe Neto, do canal Parafernalha, têm conseguido viabilizar comercialmente canais próprios na internet.
Esse fenômeno retrata a grande transformação da mídia nos dias atuais. Antes da internet, eram as emissoras que ditavam o que deveria ser visto – e em que horário. Hoje, com a internet, é o telespectador quem está no comando. Mesmo no Brasil, as pessoas já passam mais tempo na internet do que diante da televisão e, se isso não bastasse, os novos televisores inteligentes, com acesso à internet, permitem que, cada vez mais, o YouTube, do Google, se torne quase tão familiar quanto um canal aberto.
A libertação dos artistas, no mundo do entretenimento, ocorrerá, paralelamente, à libertação dos jornalistas no mundo da informação – editores e repórteres, cada vez mais, criam seus próprios blogs ou mesmo veículos de comunicação. Na era digital, os custos de produção são menores e não há barreiras de entrada a novos empreendedores. Para quem tem dúvida, basta uma questão. O que hoje faz mais sucesso: Zorra Total, exibido em horário nobre na Globo, ou Porta dos Fundos?
Abaixo, alguns dos melhores vídeos da turma de Fábio Porchat:
Na lata
Sobre a mesa
Rola
Entrevista