"A princípio, ilegal não é. Não é mesmo. Tampouco é antiético. Na condição de ex-presidente da República, Lula pode fazer conferências onde quiser e cobrar por elas o quanto quiser. Se quem paga é pessoa, empresa ou entidade idônea... Respeitada tal condição, Lula também pode viajar à custa de quem quiser. E prestar serviço remunerado a quem quiser. Pode fazer lobby no exterior? Sim. E aqui? Não.
Lula visitou 30 países desde 2011, segundo a Folha de S. Paulo. Vinte deles ficam na África e na América Latina. Na última terça-feira, sob o patrocínio da empreiteira Odebrecht, começou pela Nigéria um novo giro africano. Enquanto presidente estimulou investimentos na África e na América Latina. O Instituto Lula foi criado para ajudar “o desenvolvimento” dos dois continentes. Quase metade das viagens feitas por Lula foi financiada por empreiteiras que tinham interesse nos países visitados por ele", diz Noblat. Entre os grupos supostamente apoiados pela intercessão de Lula, Noblat menciona a Camargo Corrêa, ajudada em Moçambique, a OAS, que teve apoio na Bolívia, e também a Odebrecht.
Noblat, no entanto, reconhece que Lula exerce um papel semelhante ao de ex-presidentes norte-americanos, que passam a representar interesses de grandes empresas depois que deixam o poder. No entanto, ele condena o uso de diplomatas no exterior e o lobby relacionado a assuntos internos. "O Itamaraty assessora Lula em viagens de negócios. E já pagou despesas dele. Dilma ouviu Lula pedir por empresas. Muito feio", diz o jornalista.
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