Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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domingo, 8 de dezembro de 2013

Até a mídia conhece a Veja e não acredita nela…


 Autor: Fernando Brito
tuminhali2A revista Veja tem um mérito.
Ninguém se engana com ela.
Nem a sofrível imprensa brasileira, sempre ávida por um escândalo que envolva Lula ou Dilma.
Este final de semana ela publica uma longa matéria sobre o que chama de “livro-bomba” do delegado Romeu Tuma Júnior, filho do falecido delegado, também, Romeu Tuma.
Tuma descreve o que seria uma “fábrica de dossiês” no Ministério da Justiça do governo Lula, no qual foi, por composição política, secretário.
A revista o apresenta como um herói e até o episódio em que o chinês Li Kwok Kwen, o Paulo Li, foi preso pela Polícia Federal por contrabando, ação na qual foram gravados telefonemas comprometedores seus àquele que seria um dos chefes da “máfia chinesa”, que traficava mercadorias e pessoas.
E assim, en passant.
Os jornais não deram muita bola à matéria da Veja, que repercutiu mais nos seus próprios blogs: Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes e Ricardo Setti.
Por curiosidade, ao ver Tuma, que saiu escorraçado do Governo, ser tratado como herói, fui ver, pela tag do seu blog, o que falava antes sobre ele. Um trechinho:
Se Tuma Jr. tivesse sido flagrado apenas a debater a compra de traquitanas eletrônicas justamente com um contrabandista de traquitanas eletrônicas, a coisa já não cheiraria bem. Mas há mais do que isso: visivelmente, os dois — leia post com trecho de reportagem do Estadão — se mostram muito interessados na regularização de vistos dos chineses no Brasil. E-mails indicam que a estrutura do próprio ministério foi contaminada por essa relação muito especial.
Você é amigo do contrabandista Paulo Li? Não é!
Eu sou amigo do contrabandista Paulo Li? Não sou!
Tuma Jr. é amigo do contrabandista Paulo Li? É!
De nós três, quem é que não poderia ser, no que concerne à política de estado, amigo do contrabandista Paulo Li? Ora, Tuma Jr!!! Afinal, leitor, eu e você não temos a obrigação funcional de combater Paulo Li. Tuma Jr. tem. Em vez disso, franqueou-lhe as salas do poder. Apresentava-se como assessor do delegado.
E não é que Tio Rei tem razão? Achei a imagem do cartão de visitas fajuto de Paulo Li, se apresentando como assessor do Secretário Nacional do MJ. Só isso já daria cana por falsa qualidade. Mas Li foi assessor, sim, de Tuma. Antes, na Assembleia paulista.
Mas quando este tipo resolve se apresentar com um livro cheio de acusações ao Governo, a Lula e a Gilberto Carvalho, sem nenhuma prova que não o que diz que é sua memória e o “testemunho” post-mortem de seu pai – leia aqui o ótimo artigo de Paulo Nogueira, noDiário do Centro do Mundo, sobre o assunto – a revista encampa sua história sem mais nem menos.
Uma armação tão evidente que a única coisa concreta em que vai resultar é em processos muito justos de indenização a todos aqueles que o delegado Tuminha calunia. A começar pelo que Gilberto Carvalho já está preparando para ajuizar.
O ministro deveria acionar também a Veja. E usar o Reinaldo Azevedo como testemunha de

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