Vitor Abdala - Rio de Janeiro
O crescimento de 6,3% nos investimentos foi o principal destaque da demanda interna do país em 2013. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o principal motivo do aumento foi a alta da demanda por máquinas e equipamentos, que cresceu 10,2% no ano passado.
"Os investimentos foram a grande diferença, já que, em 2012, eles tinham caído 4%. O governo fez várias linhas de financiamento [como as do BNDES]. Programas imobiliários, como o Minha Casa, Minha Vida também contribuíram", disse a pesquisadora de Contas Nacionais do IBGE Rebeca Palis.
O consumo das famílias também teve impacto importante sobre a economia brasileira. Houve crescimento de 2,3%, o décimo consecutivo, puxado pelo aumento de 2% da massa salarial real e de 8,5% nas operações de crédito para pessoa física.
Apesar disso, o ritmo de aumento de consumo continua caindo. Em 2012, por exemplo, a alta havia sido 3,2%. Entre os motivos que levaram à redução do ritmo estão o aumento da inflação e da taxa de juros que impactam, respectivamente, o poder de compra e as operações de crédito.
O setor externo contribuiu de forma negativa para a demanda do Produto Interno Bruto (PIB), pois as importações cresceram 8,4%, enquanto as exportações aumentaram apenas 2,5%. Entre os fatores que levaram ao déficit da balança comercial estão o aumento das importações de petróleo e de máquinas e equipamentos, além de um gasto maior de turistas brasileiros no exterior.
Segundo as Contas Nacionais, divulgadas hoje pelo IBGE, houve leve aumento da taxa de investimento PIB, de 18,2%, em 2012, para 18,4%, em 2013. Já a taxa de poupança caiu de 14,6% do PIB em 2012 para 13,9% em 2013.
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