Para entender o noticiário sobre Ministério e Lava Jato
1. É blefe a atitude do Ministro da
Justiça José Eduardo Cardozo, de pedir uma investigação para a Polícia
Federal sobre o ativismo político dos delegados da Operação Lava Jato. O
problema da Lava Jato não é o ativismo de delegados no Facebook, mas a
suspeita de armação com a revista Veja na véspera da eleição. Se Cardozo
estivesse falando sério, estaria cobrando a conclusão das investigações
sobre o vazamento,
2. A reportagem do Estadão sobre o
ativismo dos delegados não representou a volta do jornalismo isento.
Visou melar a operação deflagrada hoje, de prisão de altos executivos de
empreiteiras. Na Operação anterior contra a Camargo Correia, os jornais
endossaram o engavetamento do processo. A investigação pegou em cheio
luminares do governo paulista, como Arnaldo Madeira, executivos da
Camargo Correioa e trazia informações preciosas sobre o acerto feito
entre o governo Serra, Ministério Público Estadual e as empreiteiras
para abafar o caso do buraco do Metrô. Nao bate a ideia de que a
operação foi deflagrada para abafar a revelação das preferências
tiucanas dos delegados. Operações como a de hoje levam tempo para serem
montadas.
3. As reportagens sobre quem fica e
quem sai no Ministério Dilma são chutes que misturam avaliações sobre
preferencias de Dilma e, sobretudo, sobre preferências dos repórteres.
Dia desses, saiu uma reportagem dizendo que o MInistro Cardozo chegava
atrasado nos compromissos pela manhã por ficar trabalhando no Ministério
até a meia noite. O Ministro chega às 11 no trabalho, sai às 12h30 para
almoçar, volta às 16 e vai embora por volta das 18hs00. A não ser que
se considere como trabalho conversas amistosas com jornalistas em
restaurantes da moda de Brasília.
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