247 - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ganhou musculatura após presidir a sessão que aprovou a abertura do processo de impeachment contra presidente Dilma Rousseff neste domingo (17). Apesar de ser réu na Operação Lava Jato por acusações de corrupção e lavagem de dinheiro, cresce na Câmara o entendimento de que ele deve ser beneficiado com algum tipo de anistia.
Além ser réu em diversas ações que tramitam no Supremo Tribunal federal (STF), Cunha responde a processos no Conselho de Ética da Casa por quebra de decoro parlamentar, o que pode levar à cassação do mandato do peemedebista.
"Eduardo Cunha exerceu um papel fundamental para aprovarmos o impeachment da presidente. Merece ser anistiado", disse o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), aliado de Cunha na Casa. Além do clima favorável, junto a diversos parlamentares, Cunha também tem se beneficiado das substituições no colegiado.
Na semana passada, o deputado Fausto Pinato (PP-SP), primeiro relator do caso no colegiado e adversário de Cunha, renunciou ao posto. A vaga ficou com a deputada Tia Eron (PRB-BA), que assim como Cunha faz parte da bancada evangélica.
"É um presidente que fez essa Casa produzir como nunca, que limpou as gavetas de projetos que estavam parados, tem minha admiração e meu respeito", afirmou ela ao assumir a vaga no Conselho.
Apesar disso, parlamentares do PSOL e Rede, autores da representação contra Cunha no colegiado, ainda apostam na saída do peemedebista. "Vamos manter nossa posição de enfrentamento", disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ)
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