Revista Fórum - Povo recebeu o pronunciamento oficial do presidente Michel Temer (PMDB) em rede nacional de rádio e televisão, feito na véspera de Natal, com panelaço em diversas cidades do Brasil como São Paulo, Rio, Salvador, Brasília, Recife, Porto Alegre, Bauru e Feira de Santana, de acordo com relatos nas rede sociais.
Com um pronunciamento feito num tom otimista e completamente alheio ao que se passa em volta, o presidente "decorativo" fez um balanço da sua gestão e enfrentou "imensos desafios" nos primeiros meses de governo, mas que tem trabalhado "dia e noite para fazer as reformas necessárias" para o País voltar a crescer. Segundo ele, o Brasil está "no caminho certo" e o próximo Natal "será muito melhor do que este".
O cúmulo do cinismo de Temer foi encerrar a sua fala homenageando o cardeal dom Paulo Evaristo Arns, falecido no dia 14 de dezembro. Com uma conduta política pra lá de conhecida por todos, com uma vida de luta contra governos golpistas, Dom Paulo jamais apoiaria Temer e o seu governo.
Na capital fluminense, foi possível ouvir o som das panelas em boa parte da zona sul, como no Botafogo e em Copacabana, mas também em bairros como a Tijuca. Em São Paulo, houve panelaço em boa parte da região central e também nas zonas Sul e Oeste, em locais como Perdizes, Pompeia e Pinheiros.
"O Brasil tem pressa, e eu também. Nesses poucos meses do nosso governo, muito já foi feito. Com os esforços que fizemos, a inflação caiu e voltou a ficar dentro da meta, o que vai colocar um freio na carestia que você sente no supermercado", disse o presidente.
Temer afirmou que no próximo ano o País retomará investimentos e diminuirá o número de desempregados. "Precisamos crescer. Trabalhamos para voltar a crescer. Vamos crescer. Desta vez, um crescimento sustentável e responsável. Estamos mudando as estruturas do nosso País."
No vídeo, ele lembrou da aprovação recente no Congresso da PEC que limita os gastos públicos e da lei que moraliza e dá transparência à administração das estatais, além da reforma do ensino médio, que foi aprovada apenas na Câmara e aguarda análise do Senado. O presidente também afirmou que começou a preparar o terreno para a reforma da Previdência, tema espinhoso que deverá ser analisado pelos parlamentares no início do ano que vem.
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