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sexta-feira, 4 de junho de 2010

Murdoch, sócio dos Marinho, quer ditar as regras de TV

Murdoch, sócio dos Marinho, quer ditar as regras de TV
sexta-feira, 4 junho, 2010 às 16:01

Murdoch é dono do maior conglomerado de mídia do mundo
Alertado pelo comentarista Emmanuel Vieira, fiquei sabendo que a operadora de TV por satélite Sky está enviando e-mail a seus assinantes, fazendo campanha contra o Projeto de Lei 29/07, aprovado no último dia 11 de maio, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, e que aumenta o conteúdo nacional das emissoras, além de determinar certas obrigações às operadoras em benefício dos assinantes.
A Sky afirma aos seus assinantes, que “democraticamente discorda do texto atual do capítulo V deste projeto e entende que isto representa um ataque à sua liberdade de escolha.” E do que trata o capítulo V que tanto assusta o magnata das comunicações Rupert Murdoch em sua parceria com a Globo? Simplesmente a obrigação de um maior conteúdo nacional e com parte dele produzido por produtoras independentes brasileiras.
Ou seja, Murdoch, dono de 72% da Sky, e os Marinho, que detêm 28% via Globopar, querem manter aqueles “trocentos” canais que compram a preço de banana lá fora e empurrar para seus assinantes como se estivessem fazendo um grande favor. E não gostam da idéia de mais programas brasileiros e produtores nacionais, movimentando o mercado audiovisual brasileiro, gerando empregos e melhorando sua qualidade.
Murdoch e os Marinho querem tudo. Do jeito que está a mensagem parece que o conteúdo nacional irá dominar os canais por assinatura, quando o PL 29/07 estabelece apenas um mínimo de 3 horas e meia semanais de conteúdo brasileiro a ser veiculado no horário nobre, e que metade dele deverá ser produzido por produtora brasileira independente. Não é nenhuma mudança que arranhe o monopólio de 95% do mercado brasileiro de TV por assinatura via satélite que a Sky passou a ter quando foi comprada pela Directv.
O discurso da “liberdade de escolha” usado pela Sky é o mesmo da “liberdade de imprensa” invocado pela grande mídia. Trata-se de liberdade de empresa para continuarem a fazer o que quiserem.
A Sky ataca em sua mensagem a Ancine, Agência Nacional do Cinema, como quem definirá “o que é ou não qualificado para que a sua família assista’. Procura jogar seus assinantes contra a agência, como se ela não tivesse capacidade de classificação e as operadoras sim. “Não se trata aqui da programação da sua TV por assinatura que você acha que vale a pena ou não”, diz a mensagem. Como assim? Desde quando as operadoras consultam seus assinantes sobre o que gostariam de ver ou não?
Rupert Murdoch é um predador da comunicação no mundo todo, sempre associado aos setores mais conservadores. Nos Estados Unidos, é o dono da Fox, a emissora dos falcões norte-americanos, capaz de usar sua estrutura midiática para justificar qualquer ação belicista, como aconteceu durante os anos Bush. A emissora é, hoje, o símbolo da oposição a Barack Obama na mídia.
Ao receberem tal mensagem, os assinantes não devem se iludir. Murdoch não tem nenhum compromisso com os brasileiros e com o audiovisual nacional. Seu objetivo, sempre, é o de auferir o maior lucro possível, com a menor interferência dos Estados nacionais em seus projetos.