Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
Mostrando postagens com marcador escorpião. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador escorpião. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 11 de julho de 2014

A direita é prisioneira de seu próprio ódio


wall

Quando parte da torcida de convidados, socialites e gente em condições de pagar um bom dinheiro pelo ingresso – e todos tinham o direito de estar lá – xingaram grosseiramente a presidenta Dilma Rousseff, um impulso incontrolável fez Aécio se solidarizar com a estupidez, para depois voltar atrás, advertido pelos marqueteiros de que “pegava mal”.

Pegou, todos sabem.


Agora, parece que essa força estranha o leva à mesma atitude.

Governo Dilma pagará por tentar se apropriar da Copa, diz Aécio Neves“, noticia a Folha.

Claro que não é um problema pessoal do candidato tucano, de natureza uma pessoa afável, em condições normais.

Mas Aécio está, mais que nunca, incorporado pela mente coletiva da direita brasileira, que desde a UDN sente “saudades prévias” de um país formado por ilhas de elite e um oceano de excluídos.

O que se traduz, na prática, em ilhas de “modernidade” e um oceano de atraso, o que é, em si, a negação do papel a que o Brasil pode –  não apenas pode mas, necessariamente deve – assumir de grande nação.
Por isso, para estas mentes é impossível entender o Brasil como um ente coletivo, que pertence a todos – indistintamente – e onde, por consequência, os desafios e as conquistas pertencem a todos.

E, claro, também as derrotas.

A Copa, para eles, só era de todos quando foram badalar a conquista de sua realização, em 2007.

Depois, quando vieram as dificuldades, os problemas, os atrasos e, sobretudo, os protestos, ela passou a ser “do Governo Dilma”.

De todos era só o time do Felipão, unanimidade nacional.

Justamente quem perdeu de 7 a 1 o jogo, numa Copa, salvo detalhes, impecavelmente bem organizada.

Ninguém hesitou em “apropriar” ao governo os atrasos e preços de obras sob a responsabilidade de governos estaduais, muitos deles sob a responsabilidade de governantes do PSDB.

Mal disfarçavam, nos discursos e nos “mercados” financeiros, sua esperança num fracasso que nos desmoralizasse como país organizado e capaz.

E desta Copa, como país, saímos assim, embora muito deprimidos – sim, esta é a palavra, e não humilhação – pela derrota inédita em campo.

E nele, e apenas nele, perdemos feio, como não podemos perder por nossas qualidades.

Por isso que a direita brasileira – sim, é ela – quem tenta, da forma mais torpe, se apropriar da frustração com um resultado de jogo de futebol para transferi-la para a política, como faz agora.

Ela não se contém, porque odeia a ideia de um Brasil só, que joga, perde e ganha junto.

Como ganhamos e perdemos, no campo, todos juntos.

E como ganhamos e perdemos na vida, na imensa vida, fora do campo.

Este ódio arrasta seus porta-vozes à insanidade de se tornarem urubus pós-Copa como foram urubus pré-Copa.

O povo brasileiro não está com ódio, está triste. Muito triste.

Quem tem ódio é uma elite que não hesita tentar se apropriar da  tristeza do povo para que esqueçamos que o futuro é adiante, não para trás.

E o resultado disso, creiam, não é diferente do que teve o  ”vai tomar no c…” vip do jogo de abertura.

O Brasil do povão, embora eles creiam e façam o possível para que seja o contrário, é um país civilizado.

Apesar dos sentimentos selvagens desta gente, que é incapaz de sentir por este povo até mesmo o  que sente  um americano, o jornalista Matthew Futterman, do Wall Street Journal, reproduzido no Diário do Centro do Mundo.

“(…)não compre a história de que esta perda vai deixar alguma cicatriz indelével em um país tentando desesperadamente prosperar em uma série de áreas que não têm nada a ver com futebol. Essa ideia é um pouco humilhante para os brasileiros, que são a coleção de almas mais acolhedoras com que eu me deparei.”

É por isso que as almas mesquinhas e odiosas, Matthew, vão perder feio na disputa pelo coração dos brasileiros.

Porque têm a natureza do escorpião e morrem de seu próprio veneno.