Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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domingo, 24 de outubro de 2010

Quebra de sigilo dos tucanos: Às favas a verdade factual


Nunca na história eleitoral brasileira a mídia nativa mostrou tamanho pendor para a ficção

- por Mino Carta, na CartaCapital

Há quatro meses CartaCapital publicou a verdade factual a respeito do caso da quebra do sigilo fiscal de personalidades tucanas. Está claro que a chamada grande imprensa não quer a verdade factual, prefere a ficcional, sem contar que em hipótese alguma repercutiria informações veiculadas por esta publicação. Nem mesmo se revelássemos, e provássemos, que o papa saiu com Gisele Bündchen.

Furtei a expressão verdade factual de um ensaio de Hannah Arendt, lido nos tempos da censura brava na Veja que eu dirigia. Ela é o que não se discute. Diferencia-se, portanto, das verdades carregadas aos magotes por cada qual. Correspondem às visões que temos da vida e do mundo, às convicções e às crenças. Às vezes, às esperanças, às emoções, ao bom e ao mau humor.

Por exemplo: eu me chamo Mino e neste momento batuco na minha Olivetti. Esta é a verdade factual. Quatro meses depois da reportagem de CartaCapital sobre o célebre caso, a Polícia Federal desvenda o fruto das suas investigações. Coincide com as nossas informações. O sigilo não foi quebrado pela turma da Dilma, e sim por um repórter de O Estado de Minas, acionado porque o deputado Marcelo Itagiba estaria levantando informações contra Aécio Neves.

Nesta edição, voltamos a expor, com maiores detalhes, a verdade factual. E a mídia nativa? Desfralda impavidamente a verdade ficcional. Conta aquilo que gostaria que fosse e não é. Descreve, entre o ridículo e o delírio, uma realidade inexistente, porque nela Dilma leva a pior, como se a própria candidata petista fosse personagem de ficção. Estamos diante de um faz de conta romanesco, capaz talvez de enganar prezados leitores bem-postos na vida, tomados por medos grotescos e frequentemente movidos a ódio de classe.

Ao sabor do entrecho literário, pretende-se a todo custo que o repórter Amaury Ribeiro Jr. tenha trabalhado a mando de Dilma. Desde a quarta 20, a Folha de S.Paulo partiu para a denúncia com uma manchete de primeira página digna do anúncio da guerra atômica. Ao longo do dia, via UOL, teve de retocá-la até engatar a marcha à ré.

Deu-se que a Polícia Federal entrasse em cena para confirmar com absoluta precisão os dados do inquérito e para excluir a ligação entre o repórter e a campanha petista.

O recorde em matéria de brutal entrega à veia ficcional cabe, de todo modo, à manchete de primeira página de O Globo de quinta 21, obra-prima de fantasia ou de hipocrisia, de imaginação desvairada ou de desfaçatez. Não custa muito esforço constatar que o jornal da família Marinho acusa a PF de trabalhar a favor de Dilma, com o pronto, inescapável endosso do Estadão. Texto da primeira página soletra que, segundo “investigação da PF, partiu da campanha de Dilma Rousseff a iniciativa de contratar o jornalista”. Aqui a acusação se agrava: de acordo com o jornalão, o diretor da PF, Luiz Fernando Corrêa, a quem coube apresentar à mídia os resultados do inquérito, é mentiroso.

Seria este jornalismo? Não hesito em afirmar que nunca, na história das eleições brasileiras pós-guerra, a mídia nativa permitiu-se trair a verdade factual de forma tão clamorosa. Tão tragicômica. Com destaque, na área da comicidade, para a bolinha de papel que atingiu a calva de José Serra.

A fidelidade canina à verdade factual é, a meu ver, o primeiro requisito da prática do jornalismo honesto. Escrevia Hannah Arendt: “Não há esperança de sobrevivência humana sem homens dispostos a dizer o que acontece, e que acontece porque é”. Este final, “porque é”, há de ser entendido como o registro indelével, gravado para sempre na teia misteriosa do tempo. A verdade factual é.

Dulcis in fundo: na festa da premiação das Empresas Mais Admiradas no Brasil, noite de segunda 18, o presidente Lula contou os dias que o separam da hora de abandonar o cargo e deixou a plateia de prontidão para as palavras e o tom do seu tempo livre pós-Presidência. Não mais “comedido”, como convém ao primeiro mandatário. E palavras e tom vai usá-los em CartaCapital. Apresento o novo, futuro colunista: Luiz Inácio Lula da Silva.

Por enquanto, ao presidente e à sua candidata não faltou na festa o apoio de dois qualificadíssimos representantes do empresariado. Roberto Setubal falou em nome dos seus pares. Abilio Diniz, de certa forma a representar também os consumidores, em levas crescentes na qualidade de novos incluídos.

A mídia nativa não deu eco, obviamente, a estes pronunciamentos muito significativos.

Mino Carta é diretor de redação de CartaCapital. Fundou as revistas Quatro Rodas, Veja e CartaCapital. Foi diretor de Redação das revistas Senhor e IstoÉ. Criou a Edição de Esportes do jornal O Estado de S. Paulo, criou e dirigiu o Jornal da Tarde.redacao@cartacapital.com.br 

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Por que o Itaú e o PiG (imprensa golpista) querem afundar a Petrobrás ?




Lula constrói plataformas; o FHC e o Serra afundavam



O Itaú foi um dos responsáveis globais pelo lançamento das ações da Petrobrás, naquela que foi a maior – e bem sucedida – operação de lançamento de ações da História do Capitalismo.

Ou seja, o Itaú acreditou tanto na qualidade da empresa que lançava aquelas ações que saiu pelo mundo a vender aquelas ações.

Jogou o seu prestígio e disse: Eu, Itaú, acho que você deveria comprar ações da Petrobrás. Ou você, amigo investidor, acha que eu seria capaz de lhe vender ações da Merposa ?

Não, os cliente do Itaú compraram ações da Petrobrás, porque confiam no Itaú, na sua posição predominante no mercado de bancos brasileiros.

Comprou ações da Petrobrás pelas mãos do Itaú, porque acreditou na tradição do Banco e se lembrou do Dr Olavo Setúbal, construtor do Itaú.

O Dr Olavo não seria capaz de vender aquilo em que não acreditasse.

Nem seria possível imaginar que o Dr Olavo vendesse ações da Petrobras para depois derrubar o valor das ações e comprar, de novo, na baixa.

Inimaginável !

Pois, amigo navegante, como esse mundo dá voltas.

Uma semana depois de vender – com abosluto sucesso – as ações da Petrobrás, o Itaú vem aos cliente e diz:

Olha, mano, desculpa !

Eu vendi Merposa para vocês.

Forget about it !

Sobre as ações da Petrobrás, minha atitude agora é a mesma da Bláblárina Silva: neutra.

E vocês fiquem com o mico !

Diz o Estadão, na pág B1: “Petrobrás perde (sic) R$ 28 bilhões com relatórios de bancos – leia-se Itaú – PHA – e boatas”.

Boatos são já anunciados aqui, neste Conversa Afiada: a Veja vem aí com uma “reportagem devastadora” sobre a Petrobrás. A Veja descobriu o áudio do grampo e o Demóstenes e o Gilmar DESPINAFRAVAM a Petrobrás.

Ontem o Presidente Lula foi ao Rio lançar plataforma P-57 (**), construída aqui, com trabalhadores brasileiros, engenheiros brasileiros, tecnologia brasileira.

O Governo Serra/FHC comprava plataforma em Cingapura e dava emprego aos trabalhadores de Cingapura.

Lula foi ao Rio inaugurar as obras de ampliação do Cenpes, um centro de pesquisas da Petrobrás, onde brasileiros, associados à Universidade Federal – pública, portanto – , desenvolvem o que o Brasil tem a ninguém mais tem: tecnologia para explorar o pré-sal.

Amigo navegante: você comprará mais alguma ação que o Itaú oferecer ?

A propósito, acompanhe essa troca de e-mails entre o Stanley Burburinho – o reparador de iniqüidades – e a Lucia Hippolito, que v0tou na Bláblárina e agora, provavelmente, votará no Serra –clique aqui para ler “por que a Globo trocou de candidato”.

Olá, Stanley


Obrigada por sua preocupação. Na verdade, tirei dois dias de folga, terça e quarta. Estava completamente afônica. Mas na quinta-feira já estava de volta ao batente.


abs e mais uma vez obrigada pela audiência fiel


Lucia Hippolito


De: Stanley Burburinho [mailto:stanleyburburinho@gmail.com]

Enviada: qui 7/10/2010 18:30

Assunto: O Sardenberg e a Petrobrás


O Sardenberg vem falando a semana inteira na CBN sobre a Petrobrás.


Ele acabou de dizer agora na CBN que “acharam alguma irregularidade”

na Petrobrás.


Vamos ver se vai bater com a capa da Veja ou Época do próximo fim de

semana, que estão dizendo que vai atacar a Dilma. Acho que ele está

preparando terreno para a Veja ou a Época.


A Sra. Hippolito ontem tirou folga. Coincidiu com a reunião de cúpula do PSDB.

Em tempo: segundo amiga navegante, frase atribuída ao Presidente Lula, ontem, no Rio: “Essa Veja quer … a Petrobrás para eleger o Serra”.

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) A P-57 teve um índice de nacionalização de 70%. Clique aqui para ler no blog do Nassif.