O editorial em que o Estadão declara publicamente o apoio a José Serra, a uma semana da eleição, destina sete linhas ao que seriam as qualidades do candidato tucano e nove parágrafos a atacar o presidente Lula e sua gestão, aprovados por 80% dos brasileiros segundo a pesquisa Ibope divulgada ontem.
Para o Estadão, os progressos sociais e econômicos do governo Lula são um “mal a evitar”. O jornal dos paulistas quatrocentões afirma que Lula tem o “mau hábito de perder a compostura quando é contrariado”, que preside um governo “moralmente deteriorado”, que se transformou em “chefe de facção”, que se entrega a “autoglorificação” e que “atropela as leis”.
É incrível como a visão das elites é preconceituosa e oposta ao que percebe e sente a população. Lula é recebido com um sorriso no rosto onde quer que vá,e o povo se sente muito bem representado por ele. Ao contrário dos candidatos historicamente apoiados pelo Estadão, todos paulistas, à exceção de Collor, por falta de opções, Lula é um presidente popular, de bem com o país que preside, e que só encontra hostilidades da parte dos que perderam algum poder com sua chegada à Presidência.
Lula vai deixar para seu sucessor, que certamente não será o candidato do Estadão, um país infinitamente melhor do que recebeu do ex-candidato do Estadão. E ao contrário do que diz o jornmal, jamais atentou contra a democracia, mesmo com a campanha impiedosa que sofreu durante os oito anos de seu governo pelo Estadão e seus similares. O Estadão não é a favor de Serra, como as econômicas sete linhas de seu editorial comprovam, mas contra Lula. Contra o Brasil que dá certo, popular e nacionalista.
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