Esse memorável encontro não apareceu na agenda oficial
Saiu na Folha (**), pág. A7:
“Dilma tem reuniões não registradas em sua agenda oficial.”
“Encontros com ministros, governador e empresário estão entre os compromissos não divulgados pela Presidência”.
“Secretaria de Imprensa do Planalto não quis informar quais pessoas de fora do Governo foram recebidas por ela.”
Quando o Presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu o “empresário” Daniel Dantas (ele ainda não tinha sido apanhado no ato de passar bola) para detonar a diretoria da Previ que poderia prejudicá-lo na gestão da Brasil Telecom, não consta que o histórico encontro – registrado pela Folha – estivesse na agenda oficial.
Foi um dos momentos “Péricles de Atenas” do Governo do Farol de Alexandria.
Nenhum Presidente ou Presidenta revela na agenda pública todos os encontros que tem.
O motorista de taxi em frente ao Palácio do Planalto reclama: ela não sai de lá antes das dez da noite.
O motorista fica lá, à espera de trabalho.
Os repórteres da Folha (**) deveriam fazer o mesmo: trabalhar até as 10 da noite e descobrir quem a Presidenta recebe.
O estilo reservado da presidenta incomoda o PiG (*).
O PiG não sabe por onde bater.
Quando veio a tragédia de São Paulo e do Rio, o PIG se comportou de forma exemplar.
A tragédia de São Paulo é culpa de Deus ou da chuva.
Clique aqui para ler “A culpa é do Cerra, diz CPI”.
Na do Rio, a culpa é do Lula.
Sempre com o objetivo de fazer a chuva do Rio respingar na Dilma.
O Globo insiste: agora, na primeira página: achou um funcionário demissionário do Ministério de Ciência e Tecnologia para acusar a mãe do PAC (quem é a mãe do PAC ?) de, terminantemente, se recusar a instalar alertas nos morros do Espanhol e do Caleme.
Foi ela, a Dilma.
É um caso de duplo assassinato, segundo o Globo, que voltou a ser, como nos bons tempos do Roberto Marinho, “um jornal policial, de crime”.
“Nada vai dar certo”, é a nova senha do PiG para derrubar a Dilma.
O PiG (*) vai chegar lá, mas por enquanto, está desnorteado.
Como bater na presidenta ?
Lula se expunha.
Falava.
Viajava.
Dava entrevista a todo mundo.
Na entrada, na saída e no meio da viagem.
A Dilma trabalha até as dez da noite.
Calada, mineira.
Não dá para acusá-la de não trabalhar, como faz o Estadão, a plataforma do ódio contra Lula.
Ela quase não fala em público.
Falam os ministros.
Mas, bater em Ministro não é tão eficaz quanto bater nela, própria.
O Fernando Henrique, desde os tempos de senador (sempre suplente) não podia ver um “pau de luz” de televisão.
Os repórteres (e as repórteres) da Globo que chegavam ao Senado e queriam entrevistá-lo (e sempre queriam) e não o achavam diziam à equipe: acende o pau de luz que ele aparece !
E ele aparecia, com aquele “sorriso de aeromoça”, como dizia o Antonio Carlos Magalhães.
Clique aqui para ler “Alô, alô Cerra, Dantas e Tony Palocci, o livro do Amaury vem aí”.
A Dilma está atrás da moita.
Espera o PiG botar a cabeça para fora e ver a maneira de tratar com ele.
E como o PiG precisa de dez “reportagens” diferentes por dia para derrubar a Dilma, quem sofre é o PiG.
Vai ser muito interessante ver o desfecho dessa batalha.
Porque, como prometeu o grande herói do PiG, Thomas Jefferson, na edição do Globo de 29 de setembro de 2010, “nós vamos incendiar este país. Esse Governo (Dilma) vai dar manchete todos os dias”.
Thomas Jefferson, como se sabe, foi um dos pilares da candidatura de Padim Pade Cerra.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
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