“Agenda” de fontes “em off” da Globo e da Veja coincide com a agenda do sargento do atentado ao Riocentro
O jornal “O Globo”, depois de abafar por 30 anos muitas informações sobre o atentado do Riocentro, publicou alguns nomes do caderninho de telefones que o sargento Guilherme Pereira do Rosário guardava no bolso, quando a bomba que ele levava para o Riocentro, explodiu em seu colo.
O jornalão diz que os agentes dos serviços de inteligência da ditadura, após a redemocratização, partiram para empresas particulares de vigilância, segurança, contra-informação, arapongagem.
Faltou explicitar que muitos deles fazem parte do submundo das famosas fontes “em off” de dossiês que chegam às redações do PIG (Partido da Imprensa Golpista), nem sempre verídicas e quase sempre usada contra gente do governo Lula.
O próprio jornal “O Globo” de hoje, chega a citar um caso recente:
Da comunidade de informações, a caderneta de telefones de Guilherme do Rosário trazia, por exemplo, o nome de Wilson Pinna, agente da Polícia Federal aposentado. Entre 1979 e 1985, Pinna trabalhava no Dops, na coleta e análise de informações. Era um dos que, por exemplo, iam a assembleias, protestos, comícios e outras reuniões para ver quem dizia o quê. Pinna chegou a, por exemplo, coordenar a análise de informações do movimento operário da época.
Aposentado da PF em 2003, Wilson Pinna foi exonerado, em 2009, de cargo comissionado que ocupava na assessoria de inteligência da Agência Nacional de Petróleo (ANP), após ter sido acusado pela Polícia Federal como o autor do falso dossiê contra o então diretor do órgão, Victor de Souza Martins, irmão do então ministro da Comunicação Social, Franklin Martins. Pinna foi denunciado na 2ª Vara Federal Criminal do Rio pelos crimes de interceptação telefônica ilegal e quebra de sigilo fiscal.
Wilson Pinna disse não se lembrar de ter conhecido Guilherme do Rosário, mas, segundo ele, podem ter se encontrado em algum dos cursos da área de inteligência feitos pelo agente federal, como aulas no DOI, no CIE e no Cenimar.
O referido falso dossiê, foi amplamente explorado em “reporcagens” da revista Veja, amplificadas no Jornal Nacional da TV Globo.
Dizia de forma sensacionalista que era um “relatório da Polícia Federal”, chegando a dizer que “Segundo o jornalista [Diogo Mainardi], as investigações não teriam ido adiante graças a interferências políticas no trabalho da Polícia Federal.”.
Depois de passar mais de duas semanas enxovalhando a honra alheia, e procurando atingir a imagem do governo, forjando um escândalo inexistente com base em um dossiê falso, o próprio JN foi obrigado a voltar atrás e confessar a mentira, ainda que através de um texto ardiloso, para dissimular o absurdo como o assunto foi noticiado originalmente:
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