Por Altamiro Borges
Eliane Cantanhêde, sempre ela, voltou a se despir na sua coluna da Folha. Depois do seu entusiástico apoio à “massa cheirosa do PSDB” e da sua militância aguerrida contra os governos Lula e Dilma, agora ela até parece uma advogada de defesa da multinacional Chevron, responsável pelo grave vazamento de petróleo na Bacia de Campos. Veja o que ela escreveu hoje (22):
As “patriotadas” do “fora, Yankees”
“Não é hora de disseminar patriotadas e resgatar o velho ‘fora, Yankees!’. Acidentes acontecem e o vazamento de petróleo no litoral do Rio é bem menor, por exemplo, do que o da British Petroleum no golfo do México, em 2010”. No artigo, a colunista da Folha até critica os erros da poderosa empresa – nem dava para ser de outra maneira –, mas se esforça para evitar radicalismos.
Cantanhêde também defende que a multinacional seja punida. “Aqui não é a casa da mãe Joana”, apesar dos “nossos escândalos e bizarrices”. Mas deixa implícito que o castigo deve ser brando. “A punição é um alerta para a Chevron e para grandes empresas que são bem-vindas para parcerias no Brasil, mas com direitos e deveres, não só para sugar petróleo e lucros”. Belas palavras!
Multa de R$ 260 mi é irrisória
A Chevron realmente vai precisar de bons advogados – e de “colunistas” da mídia – para se defender do criminoso vazamento no Campo do Frade. A multinacional poderá ser punida em mais de R$ 260 milhões – valor que inclui as multas do Ibama por crimes ambientais, as autuações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e as reparações cobradas pelo governo do Rio de Janeiro.
Além disso, a ANP avalia a possibilidade de proibir a Chevron, a quarta maior petroleira do mundo, de participar da exploração do petróleo do pré-sal. “O que vamos examinar é o projeto dela de chegar ao pré-sal legalmente... Eu pessoalmente acho que ela incorreu num erro sério que pode prejudicar esse intento”, argumenta Haroldo Lima, diretor-geral da ANP.
BP foi multada em US$ 20 bilhões
Apesar dos temores da colunista da Folha, as punições previstas até agora não representam grandes danos para a multinacional, não expressam qualquer “patriotada”. O faturamento diário da empresa equivale a US$ 542 milhões – cerca de R$ 960 milhões. Na verdade, as multas são irrisórias, ridículas. Os R$ 50 milhões de multa do Ibama representam 5,2% do seu faturamento diário - uma merreca!
Tiete dos EUA, a “advogada” Cantanhêde deve saber que os “yankees” são bem mais rígidos nas punições, nas suas “patriotadas”. Em abril de 2010, quando do vazamento de 4,9 milhões de barris de petróleo da British Petroleum, no golfo do México, a empresa foi multada em US$ 20 bilhões! A Chevron não tem do que reclamar! O Brasil ainda é um paraíso das multinacionais.
A preocupação dos entreguistas
Se a soberania nacional fosse realmente valorizada, a multinacional ianque deveria ser mais duramente penalizada. Além do vazamento criminoso, ela ainda omitiu informações e demonstrou total incompetência na solução do acidente. Há ainda denúncias de que a Chevron utiliza trabalhadores ilegais nas suas plataformas. E o pior: há suspeitas de que ela tentou explorar, ilegalmente, o pré-sal.
Não é para menos que o “New York Times” destacou no sábado passado que os executivos da Chevron temem “multas e prisões”. Já o “Wall Street Journal” afirmou que o vazamento “pode complicar a prospecção” da empresa no Brasil. O caso é grave e deve preocupar vários entreguistas nativos com prestígio na mídia e na política. É o caso de José Serra, velho amigo de Cantanhêde!
Serra, amigo da Chevron
Segundo documentos do WikiLeaks, na campanha do ano passado o candidato tucano prometeu a Patrícia Pradal, diretora da Chevron, que mudaria os contratos do pré-sal para beneficiar a empresa: “Deixa esses caras [do PT] fazerem o que quiserem. Nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava. E nós mudaremos de volta”. O vazamento no Rio abalou vários privatistas e entreguistas nativos!
Eliane Cantanhêde, sempre ela, voltou a se despir na sua coluna da Folha. Depois do seu entusiástico apoio à “massa cheirosa do PSDB” e da sua militância aguerrida contra os governos Lula e Dilma, agora ela até parece uma advogada de defesa da multinacional Chevron, responsável pelo grave vazamento de petróleo na Bacia de Campos. Veja o que ela escreveu hoje (22):
As “patriotadas” do “fora, Yankees”
“Não é hora de disseminar patriotadas e resgatar o velho ‘fora, Yankees!’. Acidentes acontecem e o vazamento de petróleo no litoral do Rio é bem menor, por exemplo, do que o da British Petroleum no golfo do México, em 2010”. No artigo, a colunista da Folha até critica os erros da poderosa empresa – nem dava para ser de outra maneira –, mas se esforça para evitar radicalismos.
Cantanhêde também defende que a multinacional seja punida. “Aqui não é a casa da mãe Joana”, apesar dos “nossos escândalos e bizarrices”. Mas deixa implícito que o castigo deve ser brando. “A punição é um alerta para a Chevron e para grandes empresas que são bem-vindas para parcerias no Brasil, mas com direitos e deveres, não só para sugar petróleo e lucros”. Belas palavras!
Multa de R$ 260 mi é irrisória
A Chevron realmente vai precisar de bons advogados – e de “colunistas” da mídia – para se defender do criminoso vazamento no Campo do Frade. A multinacional poderá ser punida em mais de R$ 260 milhões – valor que inclui as multas do Ibama por crimes ambientais, as autuações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e as reparações cobradas pelo governo do Rio de Janeiro.
Além disso, a ANP avalia a possibilidade de proibir a Chevron, a quarta maior petroleira do mundo, de participar da exploração do petróleo do pré-sal. “O que vamos examinar é o projeto dela de chegar ao pré-sal legalmente... Eu pessoalmente acho que ela incorreu num erro sério que pode prejudicar esse intento”, argumenta Haroldo Lima, diretor-geral da ANP.
BP foi multada em US$ 20 bilhões
Apesar dos temores da colunista da Folha, as punições previstas até agora não representam grandes danos para a multinacional, não expressam qualquer “patriotada”. O faturamento diário da empresa equivale a US$ 542 milhões – cerca de R$ 960 milhões. Na verdade, as multas são irrisórias, ridículas. Os R$ 50 milhões de multa do Ibama representam 5,2% do seu faturamento diário - uma merreca!
Tiete dos EUA, a “advogada” Cantanhêde deve saber que os “yankees” são bem mais rígidos nas punições, nas suas “patriotadas”. Em abril de 2010, quando do vazamento de 4,9 milhões de barris de petróleo da British Petroleum, no golfo do México, a empresa foi multada em US$ 20 bilhões! A Chevron não tem do que reclamar! O Brasil ainda é um paraíso das multinacionais.
A preocupação dos entreguistas
Se a soberania nacional fosse realmente valorizada, a multinacional ianque deveria ser mais duramente penalizada. Além do vazamento criminoso, ela ainda omitiu informações e demonstrou total incompetência na solução do acidente. Há ainda denúncias de que a Chevron utiliza trabalhadores ilegais nas suas plataformas. E o pior: há suspeitas de que ela tentou explorar, ilegalmente, o pré-sal.
Não é para menos que o “New York Times” destacou no sábado passado que os executivos da Chevron temem “multas e prisões”. Já o “Wall Street Journal” afirmou que o vazamento “pode complicar a prospecção” da empresa no Brasil. O caso é grave e deve preocupar vários entreguistas nativos com prestígio na mídia e na política. É o caso de José Serra, velho amigo de Cantanhêde!
Serra, amigo da Chevron
Segundo documentos do WikiLeaks, na campanha do ano passado o candidato tucano prometeu a Patrícia Pradal, diretora da Chevron, que mudaria os contratos do pré-sal para beneficiar a empresa: “Deixa esses caras [do PT] fazerem o que quiserem. Nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava. E nós mudaremos de volta”. O vazamento no Rio abalou vários privatistas e entreguistas nativos!
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