Foto: Divulgação
Organização de Julian Assange lista mais de 150 empresas acusadas de espionar pessoas via internet e celular; o Brasil está entre elas, com a companhia Suntech Intelligence, que estaria monitorando informações pessoais ilegalmente
Lucas Reginato _247 – Mais de um mês após anunciar que seria forçado a parar as atividades, o Wikileaks resolveu atacar, nesta quinta-feira, o que eles batizaram de “Arquivos espiões” – uma relação de documentos de vinte cinco países que denunciam o uso de informações privados por empresas de comunicação.
O Brasil e a Colômbia são os únicos países da América Latina que aparecem no “mapa da espionagem” publicado no site da organização. Entre as mais de 150 companhias denunciadas pelo mundo, aparece a Suntech Intelligence, empresa de Florianópolis que atua há 15 anos no mercado de inteligência da comunicação, retenção de dados legais e gerenciamento de redes. Segundo as denúncias, eles estariam monitorando ilegalmente o acesso à internet, ligações telefônicas e mensagens de texto.
“Parece coisa de Hollywood”, avisa o comunicado da organização fundada pelo jornalista australiano Julian Assange. Segundo o site, essas informações obtidas são usadas com objetivo financeiro ou político.
A tecnologia, que normalmente é construída nos países de primeiro mundo, acaba sendo usada por governos de nações subdesenvolvidas para a manutenção de ditaduras e vigilância de sua população. Na Primavera Árabe, por exemplo, que acabou mudando o rumo do governo já estabelecido por décadas em alguns países, os manifestantes usavam as redes sociais e os telefones para marcarem a hora e o local dos protestos. Após a queda dos ditadores de Líbia e Egito, por exemplo, descobriram a presença de empresas europeias que trabalhavam monitorando as telecomunicações desses países. Mas a espionagem não se limita a regimes ditatoriais, chegando a envolver países bastante desenvolvidos, como Suíça e Dinamarca. Outros que constam da lista são Canadá, Estados Unidos, China, França e Nova Zelândia.
Para uma sociedade cada vez mais conectada, a notícia trazida pelo Wikileaks definitivamente não é boa. A indústria estaria desregulada e, devido a isso, com espaço para abusar dos poderes que possui através do uso cada vez mais constante da tecnologia. Pessoas físicas podem ser, por exemplo, secretamente rastreadas se estiverem carregando um telefone celular, mesmo que este esteja desligado.
Embora tenha anunciado uma pausa nas atividades há algumas semanas, devido a um boicote das operadoras de cartão de crédito, que bloquearam doações à organização, o Wikileaks afirmou que ainda tem muitos outros documentos a serem liberados. Já são 287 arquivos, entre catálogos, manuais, listas contábeis e mesmo alguns vídeos. Eles mostram como, às vezes, as empresas trabalham sem a preocupação de não invadir a privacidade de terceiros, mas como se fosse natural e, mais do que isso, o objetivo delas. O idealizador do site está em prisão domiciliar na Inglaterra, acusado de quatro crimes de agressão sexual cometidos na Suécia. Neste mês, Assange teve negado o recurso que apresentou para evitar sua extradição ao país. Ele ainda tem direito a um novo recurso.
O Brasil e a Colômbia são os únicos países da América Latina que aparecem no “mapa da espionagem” publicado no site da organização. Entre as mais de 150 companhias denunciadas pelo mundo, aparece a Suntech Intelligence, empresa de Florianópolis que atua há 15 anos no mercado de inteligência da comunicação, retenção de dados legais e gerenciamento de redes. Segundo as denúncias, eles estariam monitorando ilegalmente o acesso à internet, ligações telefônicas e mensagens de texto.
“Parece coisa de Hollywood”, avisa o comunicado da organização fundada pelo jornalista australiano Julian Assange. Segundo o site, essas informações obtidas são usadas com objetivo financeiro ou político.
A tecnologia, que normalmente é construída nos países de primeiro mundo, acaba sendo usada por governos de nações subdesenvolvidas para a manutenção de ditaduras e vigilância de sua população. Na Primavera Árabe, por exemplo, que acabou mudando o rumo do governo já estabelecido por décadas em alguns países, os manifestantes usavam as redes sociais e os telefones para marcarem a hora e o local dos protestos. Após a queda dos ditadores de Líbia e Egito, por exemplo, descobriram a presença de empresas europeias que trabalhavam monitorando as telecomunicações desses países. Mas a espionagem não se limita a regimes ditatoriais, chegando a envolver países bastante desenvolvidos, como Suíça e Dinamarca. Outros que constam da lista são Canadá, Estados Unidos, China, França e Nova Zelândia.
Para uma sociedade cada vez mais conectada, a notícia trazida pelo Wikileaks definitivamente não é boa. A indústria estaria desregulada e, devido a isso, com espaço para abusar dos poderes que possui através do uso cada vez mais constante da tecnologia. Pessoas físicas podem ser, por exemplo, secretamente rastreadas se estiverem carregando um telefone celular, mesmo que este esteja desligado.
Embora tenha anunciado uma pausa nas atividades há algumas semanas, devido a um boicote das operadoras de cartão de crédito, que bloquearam doações à organização, o Wikileaks afirmou que ainda tem muitos outros documentos a serem liberados. Já são 287 arquivos, entre catálogos, manuais, listas contábeis e mesmo alguns vídeos. Eles mostram como, às vezes, as empresas trabalham sem a preocupação de não invadir a privacidade de terceiros, mas como se fosse natural e, mais do que isso, o objetivo delas. O idealizador do site está em prisão domiciliar na Inglaterra, acusado de quatro crimes de agressão sexual cometidos na Suécia. Neste mês, Assange teve negado o recurso que apresentou para evitar sua extradição ao país. Ele ainda tem direito a um novo recurso.
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