Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quarta-feira, 9 de maio de 2012

A BANCA AMEAÇA O BRASIL COM SECA DE CRÉDITO

*CRISE SE AGRAVA NA EUROPA: nesta 4ª feira, a partir das 8:30hs, economistas da Rede Desenvolvimentista debatem os impactos da crise global no Brasil e AL; assista online:  http://www.rtv.unicamp.br/aovivo/canal3/   ** Grécia: mercados se vingam das urnas; Bolsa de Atenas tem a maior queda em 20 anos** Merkel sobre o arrocho fiscal contestado por gregos e franceses: "É inegociável"**Serra nervoso: obscurantismo do candidato que questiona direitos dos gays, criminaliza o aborto e mistura Estado e Religião causa rejeiçaõ em intelectuais tucanos, que se aproximam do petista Fernando Haddad  
O  Estado brasileiro coordenou a queda da Selic, cortou os juros nos bancos estatais e assumiu o risco de reformular a poupança, tirando o piso de apoio da espiral rentista. Acuada nessas frentes, a banca dissimulou sua resistência em silêncio, mas decidiu boicotar a estratégia no cerne: recusa-se a expandir o crédito, um dos requisitos para mitigar o contágio da economia brasileira pela recessão mundial que se agrava na Europa. Nesta 3ª feira, o sindicato dos bancos, a Febraban, abriu o jogo pelos jornais. As declarações do  economista -chefe da instituição, Rubens Sardenberg, excretavam uma postura desafiadora de boicote que não poderia ficar sem respostas. "Você pode levar um cavalo até a beira do rio, mas não conseguirá obrigá-lo a beber água", disse Sardenberg. O coice revoltou a Presidenta Dilma.(LEIA MAIS AQUI)

Banqueiros “batem cabeça” sobre juro, recuam e se comprometem em elevar crédito

Relatório da Febraban divulgado na segunda-feira (7) gerou novo mal-estar com governo federal, ao prever que bancos não aumentarão crédito disponível, apesar dos cortes de juro. No fim da tarde de terça-feira (8), para apaziguar os ânimos, entidade divulga nota dizendo que seus membros "estão comprometidos com expansão do crédito". É o segundo embate entre Febraban e governo federal em menos de um mês.

São Paulo – A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou no fim da tarde desta terça-feira (8) uma nota oficial de três parágrafos em que anuncia que seus associados, entre eles Itaú Unibanco e Bradesco, “estão comprometidos com a expansão vigorosa e saudável do crédito”.

O comunicado tenta apaziguar mais um mal-estar entre a entidade e o governo federal, desta vez gerado por um relatório, divulgado na segunda-feira (7), no qual os bancos afirmam que o atual ciclo de corte de juros não aumentará o volume de crédito disponível no mercado.

A justificativa seria a cautela das instituições diante da crise internacional e do aumento da inadimplência no mercado interno. “Você pode levar um cavalo até a beira do rio, mas não conseguirá obrigá-lo a beber água”, diz um trecho do relatório, assinado pelo economista-chefe da entidade, Rubens Sardenberg.

Produzido semanalmente a partir de consultas a executivos de 31 bancos brasileiros, o relatório, chamado Informativo Semanal de Economia Bancária (Iseb), aponta que realmente diminuiu a expectativa de aumento das operações de crédito no país, de 16,6% na divulgação da semana passada, para 16,2% nesta semana. O dado para 2013 permaneceu constante, em 16%.

Sem fazer referência ao documento, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse, ao participar de uma audiência pública no Senado, que o governo tem monitorado as operações de crédito dos bancos e que, com juros menores, o volume aumentará.

“Isso começou em abril. Os números vão mostrar em maio essa retomada”, explicou, apostando também em recuo da inadimplência. “As novas operações terão inadimplência menor pela queda da Selic e pelo aumento de renda das famílias”, disse ele.

O constrangimento entre Febraban e governo federal é o segundo em um curto período. Há quase um mês, o presidente da entidade, Murilo Portugal, esteve em Brasília e disse que, para que houvesse corte de juros, o governo precisava fazer sua parte, reduzindo impostos e o compulsório - a parcela dos depósitos que é retida pelo Banco Central.

A cobrança gerou indignação no Ministério da Fazenda, que considera não haver justificativa técnica para o país ser um dos campeões mundial de spread bancário. A escalada de cortes de taxas no Banco do Brasil e na Caixa, porém, tornou a resistência breve. Para não perder mercado, os bancos privados baixaram os juros – ainda que para segmentos de clientes e pacotes de serviços específicos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

comentários sujeitos a moderação.