Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Denúncia que Veja não fez era a que mais valia a pena fazer


Impressiona a ingenuidade alegada pelos seguintes atores: Demóstenes Torres, Marconi Perillo e Policarpo Júnior/Veja. Todos esses alegam que “não sabiam” das atividades criminosas de Carlinhos Cachoeira. Todavia, o que a Polícia Federal vem revelando sobre as atividades criminosas do bicheiro, sua influência imensa nas instituições de Estado, tornam inexplicável a alegada ignorância desses atores.
Tudo fica ainda mais grave quando há um jornalista e um meio de comunicação que se dizem especializados em denunciar corrupção e que criticaram Lula e Dilma incessantemente por dizerem que não sabiam de corrupção no governo federal que em grande parte jamais foi comprovada.
Pergunta: com tanta expertise que Veja diz ter para desvendar corrupção, não é inverossímil que não tenha enxergado a maior matéria sobre o tema na última década? E ao dizer maior matéria, é pela dimensão da corrupção e pela fartura de provas.
A alegação de defensores da Veja de que as escutas da PF comprovariam “apenas” uma relação íntima entre “Poli” e Cachoeira agrava ainda mais a situação da revista porque essa relação entre o criminoso e ela, que alega ser campeã no combate à corrupção, permitiria que soubesse dos crimes que agora diz que desconhecia. Mas o que transparece é que estes foram acobertados para que Veja fosse informada de outros supostos crimes dos políticos aos quais se opõe.
Avaliando tudo que Veja e Demóstenes, ao menos, denunciaram contra adversários políticos sob informações de Cachoeira, pode-se concluir que muito pouco resultou em alguma coisa. O que resultou de reportagens como aquela que acusou José Dirceu de ter montado um “governo paralelo” em um hotel de Brasília? Algum ministro que a Veja “derrubou” no ano passado teve alguma coisa comprovada contra si no nível do que foi comprovado contra Cachoeira?
Ainda no caso dos ministros demitidos, onde estão as comprovações de que as denúncias que Cachoeira informou à Veja procediam? No caso do contraventor, a descoberta pela Polícia Federal do que os “investigadores” Demóstenes Torres e Policarpo Jr. não enxergaram resultou em prisão imediata dos envolvidos, ou seja, o que a Veja, seu editor e o senador “não sabiam” levou o bicheiro e dezenas de outros para a cadeia rapidamente.
Veja e Demóstenes tiveram nas mãos a chave para desmontar um esquema de corrupção imenso, mas trocaram tudo isso por denúncias inconclusivas contra adversários políticos. Fizeram vistas grossas para esquema de corrupção que espanta pela dimensão e gravidade. A grande reportagem investigativa que a Veja poderia ter feito, não fez. No mínimo, essas pessoas e a revista têm que explicar por quê.

Desemprego recorde na Europa atinge 17 milhões de pessoas e  pontua o debate de hoje entre Sarkozy e Hollande, a 4 dias das eleições francesas de 6 de maio (leia a análise de Eduardo Febbro, correspondente em Paris)**  Eleições municipais 2012: "Quem domina a vida urbana? Quem comanda as decisões?" (LEIA a entrevista com David Harvey; nesta pág)** Evo Morales nacionaliza companhia de eletricidade espanhola responsável por 74% do fornecimento na Bolívia** a exemplo da Repsol na Argentina, a subsidiária da Rede Elétrica Espanhola remetia lucros mas investia pouco ** 1º de Maio renasce nos EUA com mobilizações organizadas pelo Occupy Wall Street (LEIA a entrevista com Antoni Negri; nesta pág). DILMA ALINHA O 1º DE MAIO BRASILEIRO À LUTA MUNDIAL CONTRA A DESORDEM FINANCEIRA
Protestos contra a desordem neoliberal unificam o 1º de Maio em toda a Europa (leia nesta pág) na semana decisiva da eleição de domingo na França e na Grécia. Urnas do dia 6 de maio vão testar o grau de discernimento alcançado pelos trabalhadores e por toda sociedade na luta contra a ditadura dos mercados financeiros. No Brasil,  Dilma Rousseff dá ao 1º de Maio o seu conteúdo histórico mais importante nesse momento. Em pronunciamento em rede de rádio e televisão, a  Presidenta aprofunda a principal novidade do seu governo que é politizar a condução da economia justamente ali onde se concentra a disputa pelo poder nos dias que correm: a queda de braço entre a democracia e os mercados financeiros desregulados. (LEIA MAIS AQUI)

(Carta Maior; 4ª feira/02/05/2012)
 
Repúdio mundial a cortes sociais nas mobilizações do 1º de maio


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