Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sábado, 26 de janeiro de 2013

DILMA ENCONTROU SEU OVO DE COLOMBO


*Rui Falcão é o candidato majoritário à presidência do PT; deve liderar o partido na campanha pela reeleição da Presidenta Dilma Rousseff, em 2014.
Um país sobressaltado pelo alarme de colapsos iminentes compõe a tônica das manchetes nos últimos meses. O conjunto evoca um ritual de  extrema-unção econômica, diariamente renovado. Um Brasil aos cacos. A vigília das carpideiras contrasta com o diagnóstico de sinal predominantemente oposto emitido do exterior. A diferença soma US$ 65,3 bi: montante do investimento estrangeiro produtivo que ingressou no país em 2012  - à revelia das advertências estampadas nas manchetes. A oposição que politiza até o serviço de meteorologia reclama que o governo 'politizou' o desconto tarifário'. A reclamação  procede. Mas peca pela incoerência. Quando desdenha da confiança internacional no país e exacerba a incerteza intrínseca ao cálculo econômico, o conservadorismo sabe o que está fazendo. Está fazendo política econômica. Uma política econômica destinada a impedir que o país cresça. O governo Dilma inspirou confiança quando saltou o lacre conservador da mídia e falou direto à Nação na última 5ª feira. De forma assertiva e clara liquidou a queda de braço em torno da questão tarifária. Escancarou os interesses insuflados na 'emergência elétrica'. Dilma fez política econômica falando à Nação. E encontrou o ovo de Colombo de seu governo. Não pode mais desperdiçá-lo no preparo de 2014.(LEIA MAIS AQUI)


MIRIAM LEITÃO VIU SEMELHANÇAS ENTRE DILMA E O GENERAL MÉDICI



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Segundo a colunista do Globo, retórica da presidente ao falar do corte das contas de luz foi semelhante à do militar que presidia o país na época em que ela foi presa



247 - Quando o general Emilio Garrastazu Médici presidia o País, a jovem Dilma Rousseff experimentava as agruras da prisão. Hoje, a jornalista Miriam Leitão, colunista do Globo, enxerga paralelos entre ela e o militar que conduzia a repressão. Leia:
Dilma, preste atenção: o país é de todos, por Miriam Leitão
Miriam Leitão, O Globo
A mensagem da parte final da fala da presidente Dilma Rousseff lembrou o princípio usado na propaganda oficial do governo Médici. Confundiu crítica, ou análise que contrarie o discurso oficial, com falta de amor à pátria. Misturou governo e nação.
Como sabem os que combateram o regime, entre eles a própria presidente, governos são sempre temporários e não são a encarnação da país.
Discordar de uma decisão governamental, apontar riscos, não é torcer contra. Só governos de índole autoritária fazem esse tipo de interpretação. Se esse for o tom da campanha da presidente por mais um mandato será lamentável.
Convocar rede nacional de TV e rádio para o início extemporâneo de campanha eleitoral é irregular. A rede está à disposição do governante para assuntos de interesse coletivo e para informações úteis para a população.
Convocá-la para anunciar a queda do preço da energia faz sentido, o que transformou a natureza do pronunciamento foi o tom escolhido pelo marqueteiro da presidente, na segunda metade do texto lido por ela, de ataque a todos os que não cultuam o governo. Seria, segundo diz a peça publicitária, coisa de gente sem fé no Brasil.
A primeira parte foi apresentação entusiasmada da sua visão da conjuntura, o que é normal. Depois, virou palanque fora de época. Mas, por uma questão de método, nenhum gestor, público ou privado, deve acreditar na inexistência de risco de curto, médio e longo prazos em qualquer projeto.
A queda do preço da energia tem o benéfico efeito de reduzir o custo das empresas, aumentando a competitividade do país, e de diminuir o peso da luz no orçamento das famílias. Ótimo.
O problema é que a medida teria que vir com uma campanha de redução do consumo, porque neste exato momento o baixo nível dos reservatórios está exigindo o uso das térmicas que encarecem a energia. Portanto, quanto maior for a demanda, mais alta fica a conta a ser paga mais tarde.
Se a redução do preço for entendido como um estímulo ao consumo, num momento de escassez, o resultado será o oposto do que busca o programa.
Parte da redução do preço será coberta por recursos do Tesouro, o que, no final das contas, é dinheiro de todos nós. Parte é resultado da antecipação do fim dos contratos com as empresas. A elas foi dado um prazo exíguo e duas opções: permanecer com o mesmo contrato até a sua expiração ou renová-lo por 30 anos com uma indenização pelo investimento ainda não amortizado. Os cálculos do que seria pago às empresas foram abaixo do que se esperava.
Algumas recusaram e isso não as faz inimigas do país, integrantes do pessoal “do contra”. Foi uma decisão gerencial. Se o próprio governo ofereceu dois caminhos é porque ambos eram possíveis e tinham perdas e ganhos. A maioria das que aceitaram a fórmula do governo é de estatais federais.
Há vários fios desencapados no setor de energia e seria bom se o governo tivesse uma atitude mais sóbria em relação ao tema.
O atraso nas linhas de transmissão, principalmente as que estão sob a responsabilidade da Chesf, é uma das inúmeras frentes de trabalho. O setor de transmissão precisa de muito mais investimento para renovação das linhas e modernização de sistemas obsoletos. As empresas têm que investir mais, e a maneira como foi conduzido esse programa as descapitalizou.
A queda das ações torna difícil buscar recursos no mercado de capitais e limita o endividamento.
As hidrelétricas construídas muito longe dos centros de consumo exigirão um enorme esforço para não se reproduzir, em grande escala, o que está acontecendo com os parques eólicos: começarem a gerar antes de estarem prontas as linhas de transmissão. O custo total para o país de não usar os parques eólicos pode chegar a R$ 1 bilhão.
Há dentro do governo relatórios alertando para vários desses riscos. De vez em quando a imprensa consegue capturar um. Ou há gente “do contra” infiltrada ou o governo deveria avaliar esses alertas internos com mais atenção.
Há fatos intrigando especialistas ouvidos pelo governo que podem indicar que há sistemas de previsão internos que precisam ser aperfeiçoados. Tudo isso deveria estar sendo analisado com cuidado. Mas o governo preferiu transformar a energia em bandeira política e entregou o tema ao maniqueísmo próprio dos marqueteiros das campanhas eleitorais.

FOX DEMITE SARAH PALIN. A ONDA 


CHEGA AO 

BRASIL?


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