*'A resposta será a reeleição de Dilma" (Lula, no evento dos '10 aos do PT', sobre as críticas do tucano Aécio Neves ao partido, anabolizadas pelo dispositivo midiático conservador)
Mesmo em fileiras da esquerda há quem pense que o passado passou.É melhor não revolver o sangue, o grito, o medo, a dor.O desamparo dos lábios cerrados em comissuras retesadas no instante em que nem soluçar conseguiria mais restituir a compostura humana a corpos e almas que padeceram e pereceram nas mãos do aparato repressivo da ditadura militar brasileira. Mesmo em fileiras progressistas há quem pense assim. Com certo conformismo diante do gosto amargo de uma anistia que absolveria Sergio Paranhos Fleury, se vivo ele fosse. Mas toda ordenação se esfarela quando o próprio esquecido emite um uivo de horror. E diz ser preferível a morte à angústia de um passado que não passa. Um relato de Luciano Martins Costa ('Morrer aos poucos'; leia nesta pág) irradiou esse desespero silenciosamente pela internet nos últimos dias. E contagiou quem leu. Narrava o suicídio de Carlos Alexandre Azevedo.Filho de um jornalista e de uma pedagoga da resistência à ditadura nos anos 70, ele foi torturado pela equipe de Fleury. Tinha um ano e oito meses de idade. Da dor que o trincou por dentro, ele nunca mais se recuperou. A exemplo de Frei Tito, outra vítima do bando de Fleury, que se matou na França, em 1974, Carlos Azevedo saiu da vida por não suportar mais a contradição incomoda que argui a anistia referendada pelo STF em 2010: ser ao mesmo tempo uma cicatriz aberta, e uma página virada da história política brasileira. (LEIA MAIS AQUI)
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