Desde então, veio crescendo uma onda entre empresários, com o seguinte discurso: falta diálogo com o Palácio do Planalto, a confiança foi abalada e investimentos poderão cair. Em entrevista exclusiva ao 247, concedida ontem, a presidente Dilma devolveu a bola, com um recado claro. "A relação é de cooperação, mas nem o empresário pode querer subordinar o Estado, nem o Estado pode subordinar o empresário" (leia aqui)
Nesta sexta, o grupo Odebrecht, de Emílio, venceu o leilão do aeroporto do Galeão com um lance espetacular: R$ 19 bilhões – o que representou um ágio de 293% e uma proposta R$ 5 bilhões acima do que o que foi ofertado pelo segundo colocado.
O número deixa claro que Emílio tinha medo de perder pela segunda vez a oportunidade de entrar nos aeroportos. Na primeira leva de leilões, quando foi derrotada nas disputas de Viracopos (SP) e Brasília (DF), a Odebrecht tentou pressionar o governo a anular os resultados, com o argumento de que os vencedores não tinham experiência no negócio. Não conseguiu.
Desta vez, também agiu nos bastidores para que o leilão impedisse a participação dos vencedores dos leilões anteriores. Conseguiu parcialmente.
Na hora da abertura dos envelopes, o lance da Odebrecht explicitou que o grupo colocou a mão no bolso – pagando R$ 5 bilhões a mais do que o segundo colocado – porque tinha pavor de perder mais uma.
Moral da história: o diálogo em patamares mais institucionais bem ao País e ao Tesouro Nacional.
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