Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 12 de novembro de 2013

PETROBRAS: UMA ODE À POLÍTICA ! Se Vargas ficasse só com o Jango, a Standard Oli vencia a batalha do petróleo brasileiro.

Na ante-sala do gabinete da Presidente Graça Foster há uma singela mesa de madeira em que Vargas assinou em 3 de outubro de 1953 a Lei 2004, que criou a Petrobras.

E a reprodução do Diário Oficial com a assinatura dos ministros.

Faz parte da exposição dos 60 anos da empresa, no prédio na Avenida Chile, no Rio.

Além dos militares, assinaram a Lei 2004 Tancredo Neves (Justiça), Vicente Rao (Relações Exteriores), Oswaldo Aranha (Fazenda), João Cleofas (Agricultura), Antonio Balbino (Educação), José Américo (Viação) e João Goulart (Trabalho).

O único do PTB, o partido de Getúlio, era Jango – clique aqui para ler “PiG falsificou a autópsia política de Jango”.

Os outros eram da base aliada de Vargas no Congresso.

Muitos deles da oposição, como Cleofas e José Américo, que pertenceram à UDN.

E o próprio Aranha, um dos heróis da Revolução de 1930, mas que, por vezes, associou-se à UDN e aos interesses americanos no Brasil.

Invariavelmente contra a Petrobras esteve, sempre, Assis Chateaubriand, um campeão do PiG (*).

E, se, agora, o PiG e Cerra defendem a Chevron, na época Chatô defendia a Standard Oil.

Dá no mesmo.

Chatô chegou a dizer :

“Estamos militando num trágico equivoco, ao pensar que, pondo nas mãos de brasileiros, de brasileiros tupinambás, de brasileiros tupiniquins, de brasileiros guaicurus, os negócios de petróleo do Brasil, ficaremos mais garantidos das influencias estranhas. Puro engano.”

E mais, dizia o Ataulfo (**), quer dizer o Chatô (mal comparando …):

“… o movimento suposto nacionalista, no fundo, se fia na mesma linha russa (comunista – PHA) de combate aos que nos podem ajudar … Onde o caráter espoliador ? Na Venezuela, no Canadá, no Irã, o que existe ou existiu foi um esplêndido esforço de cooperação !”

(Como se sabe, depois disso o Irã e a Venezuela estatizaram o petróleo …)

(Extraído de “A Batalha do Petróleo Brasileiro” – Mário Victor, Civilização Brasileira, 1970, coleção “Retratos do Brasil”.)
A Bláblárina é contra o petróleo.
Prefere a energia derivada do cuspe.
Seu parceiro, o Dudu Campriles, na entrevista coletiva que concedeu à Folha (***) já avisou que pretende tirar a Petrobras da exploração do pré-sal.
Deve ser para entregar à Standard Oil.
(Ah !, o que diria o Vovô Miguel ?)
(Além de detonar a Lei do Salário Mínimo, que garante aumentos reais.)
Mas, o objetivo aqui é concentrar no embustério – diz um amigo navegante – da Bláblárina.
Ela não tem base social, massa, povo atrás dela.
Não fala pela maioria dos evangélicos.
Nem pela maioria dos ambientalistas, já que nem todos são contra a hidreletricidade ou bagrólogos radicais.
Há ambientalistas sensatos, que ainda não pediram asilo à Big House.
A Bláblárina só tem uma base eleitoral.
É a dos que são contra a política.
Os que negam a política.
(Não incluir aí o Dudu dos Severinos e Inocêncios, que faz política desde o nascimento do avô no Crato.)
São os black blocs travestidos de doentes infantis do transportismo, devidamente capturados pela Globo Overseas.
A negação da Política é a apologia da ditadura.
Da tirania, do pensamento único.
De ir pra cima, pular sobre as instituições, como tentou a Blablá, para aprovar a Rede no TSE.
Lula faz política.
Vargas fez política.
E só conseguiu criar a Petrobras porque fez política.
Porque, se ficasse só com o PTB, o Chateaubriand teria vencido a batalha do petróleo.
O que, no fundo, é o secreto desejo da turma do “qualquer um deles serve, desde que não seja a Dilma”.






Paulo Henrique Amorim
A mesa singela testemunha uma obra-prima a Política !

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia. E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.

(***) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores. 

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