247 - Indiciado pela Polícia Federal (PF) por lavagem de dinheiro, o ex-ministro e pré-candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, Pimenta da Veiga, alterou sua declaração de Imposto de Renda para justificar o recebimento de R$ 300 mil repassados pelo operador Marcos Valério. Mesmo com a modificação, realizada dois anos depois do pagamento, Pimenta declarou ter recebido o valor de fonte de pessoa física, apesar de o repasse ter sido feito por duas empresas de Valério.
Em 2003, o tucano recebeu quatro depósitos, de R$ 75 mil cada um, das agências de publicidade DNA Propaganda e SMP&B Comunicação. Somente em 2005, ele apresentou uma declaração de bens retificadora do Imposto de Renda. Para a PF, Pimenta quis esconder a origem do dinheiro. Mas como os repasses vieram à tona durante a CPI dos Correios, em 2005, ele fez a retificação. Assim, os impostos sobre o valor foram quitados. A descoberta foi feita no ano passado, quando a PF conseguiu quebrar o sigilo fiscal do ex-ministro das Comunicações no governo FHC.
Em entrevista coletiva, ele disse ter feito a retificação porque seu escritório de advocacia não tinha CNPJ. Pimenta garante que o pagamento de R$ 300 mil é fruto de honorários advocatícios. No entanto, o tucano nunca apresentou documentos que comprovariam a prestação de serviços nas duas vezes em que foi interrogado.
Nesta segunda-feira, o tucano teve a primeira aparição depois de ter sido indiciado por lavagem de dinheiro. Em um evento fechado de pré-campanha, na presença de empresários e aliados políticos, o ex-ministro acusou o governo federal de perseguição política.
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